· O quarto túmulo estava simples. Sem nada. A placa estava quase toda riscada, com apenas um
lá. Seria a
? Eu guardo a tabuleta comigo, havia um Z.
.
Eu encaixei a tabuleta do Z na placa no meio.
Na pedra aparece escrita:
Entalho em pedra o meu último lamento,
Este sentimento, sempre atento, aumento,
As duras penas do meu maior fracasso.
Tudo terminou aqui.
Algumas batalhas são vencidas a sangue e aço,
Mas nas madrugadas ainda busco seu abraço,
Sua morte, uma ode a profecia.
Tudo começou aqui.
Ao teu comando, por sua voz, cada palavra obedecia,
A traição é a máscara da conveniência, disso eu já sabia.
Porque ainda estou aqui?
Neste frenesi, no abismo a cair, tua sombra persegui.
Quando for a hora certa, as portas do destino vão se abrir.
Não tema, velho amigo, o caminho é por aqui.
Há um marcador próximo do fim em cima da porta. Sete ou Oito. Dias? Meses? Anos?
Uma peça do Alaúde apareceu, e foi aqui que comecei a me arrepender da escolha de ter vindo sem o Zain. Fui na direção da peça para tentar agarrá-la envolta em panos, não sei se daria certo, mas o Zain nos mostrou esse lugar, seria justo a peça ficar com ele, mas o Drake, mais uma vez atrapalhando e querendo ser o protagonista de tudo, jogou o escudo para passar a peça para o Cid que, assim que tocou na peça, começou a brilhar e apareceu crescido, parecendo mais velho. Parecia agora ter entre seus 19 anos talvez?
Que arrependimento de ter descido essas tumbas sem o Zain, não sei se ele vai me perdoar. Passei meu tempo todo aqui desvendando esse enigma para o desgraçado do Drake só vir e fazer isso.
O novo Cid diz que só tinha companheiros por serem fortes, não por serem seus amigos... Não parece mais o Cid antigo.
Eu sai, irritado. E esperei lá fora. Passeei olhando pelas estatuas. Na de Lweiss, parei e conversei um pouco, quase como um desabafo, olhando a carta vazia. Não sei, mas esperava que ele respondesse.
Cid perguntou quem o seguiria... Bem, eu já falei que acreditava no Zain e não pretendo trair a confiança dele, ainda mais com o Cid mudado assim, mas fiquei quieto. Talvez não fosse o momento.
Drake veio falar comigo, sobre eu ser misterioso. De verdade, não sei sobre o que ele queria tanto falar, parecia só estar querendo me encher a paciência, mas tentei fazer ele me entender. Não toquei no assunto sobre ele ser bem mais misterioso quando não revela o que quer de verdade, some durante a noite sem avisar ninguém e volta como se nada tivesse acontecido, mas tudo bem. Prefiro acreditar que isso é só ele sendo o insuportável que sempre foi, e agora eu tinha o mais novo Cid (ou devo dizer, o Drake 2) para lidar.
Nós fomos até o Aeródromo para pegar as flores e finalmente voltarmos para a Luneta. Lö subiu no avião com a Puck e sobrevoou a Grande Árvore, ele pareceu realmente muito feliz com isso. Não entendo muito sobre Sekhtins, só sei que o Lö nâo possui asas. Será que a tribo dele sente algum tipo de inveja da outra? Ele também pareceu ter se conectado com a Hynne, e pela primeira vez vi o Lö flertando. É, desse jeito vai sobrar para mim e pro Gugnir sermos os dois solteirões do grupo.
Ele pegou muitas flores e entregou uma para cada, eu prendi a minha nessa página. Fomos até a Anã fazer a cerveja e, sinceramente, é a melhor cerveja que já tomei. Ela insistiu para tirar uma foto comigo e com Drake que, digamos que, só não foi muito confortável.
Voltamos até o Informante, que nos disse que hoje mesmo, no dia 23, ele entregaria a Luneta. Drake sugeriu que pedíssemos para manter um pequeno defeito.
O informante disse saber mais do que o Allin, e disse que para fazerem o que pediram, deveríamos dever algo a ele. Eu achei o cara muito suspeito e me recusei. Lö e Asa também, mas o Drake e o Gugnir aceitaram essa dívida, que poderia surgir a qualquer momento e não poderia ser recusada.
Isso não vai terminar bem.
Fomos direto dormir, acordando as 14h.
Comi uma batata para encher a barriga. O dia promete. Acho que na hora do almoço é o momento que mais sinto falta do Zain aqui conosco.
Caramba, eu estou realmente escrevendo muito sobre ele ultimamente...
O Lö me entregou a luneta, que ele disse ter aparecido no seu colo durante o almoço, dizendo ter visto coisas nela. Ao olhar por ela, vimos coisas em cada pessoa. E a do Morryneus não parava de mudar, algo que não esperava, como a do Cid que estava turva com um misto de vermelho rubro.
Sinceramente, não me pareceu estragada, exceto talvez pela parte do Morryneus, mas agora eu fiquei um pé atrás com o moleque.
Fomos para a casa de banho, para ver o tal "filme". Imagens que se moviam, com som.
Kara estava lá, e Zain também, com mas um grupo de 4 pessoas. Um Hynne, dois humanos e um Moreau Gato que Asa e Lö pareceram reconhecer.
Eles lutavam, batalhavam... Mas era ela... Era a aventura que ela queria, pela qual ela saiu. Eles entraram em uma pirâmide, a mesma que eu vi em minha visão da casa da curiosidade... E lá, a Fenda Vermelha Rubra se abre, um faraó monstruoso sai, eles quase morrem nesse combate, ela ficou a maior parte dessa luta em estado de completo choque. A fenda... Um portal vermelho rubro.
No fim, a câmera focou nela olhando um livro e encostando na fenda. Ela... Ela mudou ali. Ela virou sem o mesmo olhar, como se sua essência tivesse ido embora. A fenda na pirâmide, o Céu vermelho, a Kara se desfazendo.
Assim que o filme acabou, eu fiquei em estado catatônico, em completo choque. Não sabia mais o que pensar... O que fazer... Eu queria gritar, chorar, matar aquele porco desgraçado, mas... Quando olhei em volta, Gug não estava na sala, então eu soube o que tinha acontecido. Me levantei e esperei. Eu fiz uma escolha.
Gugnir voltou ensanguentado, eu finalmente usei minha magia, algo que eu não fazia a décadas. Com um movimento, mudei a aparência dele e saí da sala. Me desculpe Toucinho.