Eles soltaram as mãos e se entreolharam. Zain fez alguns movimentos e instrumentos começaram a voar e tocar, logo seguido por Cid que começou a falar:
Esta é minha ode à dor solitária,
Doces lágrimas florescendo em mim.
Encontro, na tragédia, minha ária –
o canto daqueles que rugirão
sinceros prantos do seu coração;
promessas de fogo e revolução –
a última canção do mundo, assim:
Veja augusto, rei do céu,
o injusto fado cruel,
dos servos, filhos da dor centenária.
Sob impetuosa glória, vencidos –
em pedra tiranos dormem;
para que os homens adornem –
a eulogia aos mestres esquecidos.
Ainda assim, sua chama arde.
Refém de seu amado algoz,
seu fogo ainda punirá os covardes!
Os marcados jamais esquecerão;
preferistes ser traído...
A ter seu orgulho tolhido
num rubro rastro de destruição!
Nesta tormenta feroz,
sem piedade por nós,
a ganância, será o nosso fim.
Culpado, homem, monstro condenado –
assim dita a profecia;
que toda a fé renuncia –
o nosso mundo num rolar de dados.
No final, haverá um homem.
Fiel à sua canção,
moverá multidões para que o aclamem!
Bradará a glória da lenda do bardo;
armado só com virtude...
E com o som do alaúde
a marca da grandeza, fama e fardo!
Em seu olhar força reflete,
Companheiros serão sete,
pequenos, frente à tua decisão.
Perceberá, havia se enganado –
será seu acorde final;
bravo som que expurga o mal –
deixando-lhe de corpo e alma quebrados.