Com um pouco de conversa, Lö convenceu o Sekhtin (que mais tarde descobriríamos que se chama
) a nos deixar passar e, enquanto passávamos, Hans ouviu seu estomago roncando e chamou ele para almoçar. Concordei dizendo que ele já sabia onde estávamos hospedados mesmo.
Saindo pelo corredor, usei o Disfarce Ilusório no Zain para ele parecer estar usando a roupa de sempre, ele me agradeceu. Drake disse que ele deveria devolver o manto depois e, em tom de brincadeira, Zain pediu para ele se aproximar para dizer algo. Drake não veio, então eu fui até ele com Zain no colo, que disse no ouvido dele que iria devolver suja. Drake disse que eu teria que fazer um pau nele se ele não devolvesse limpo e, bem... ele mijou no manto do Drake e na minha mão. Tudo isso para provar um ponto, eu ri da situação, mas caramba, que nojo. Eu poderia ter pelo menos sido poupado disso. Zain parecia estar se divertindo, e isso era ótimo. Ele disse para eu correr quando Drake começou a correr atrás da gente para tacar fogo. Foi, de certa forma, realmente engraçado.
Saindo pelo jardim, Hans e Asa começaram a examinar os arbustos em forma de gente até o Drake tacar fogo neles também. Alguém realmente está nervosinho. Seguindo um pouco mais, encontramos (ou melhor dizendo, o Gug pisou onde ele estava escondido) o Allin escondido no chão e, depois de surpreender a galera com sua aparição, ele disse que nos daria informação em troca de informações sobre o Evangelista, que ele estava causando problemas demais. Gugnir e Lö pareceram interessados e pediram certas informações em troca disso. Eu estava de boa, já estava nos nossos planos descobrir o que o Evangelista estava fazendo ali, e outra: Allin nos disse que o Prefeito havia sido raptado, provavelmente pelo nosso procurado.
Bem, voltando de carro contei que fechamos o acordo de pegar informações sobre o Evangelista e houve mais uma daquelas discussões infantis que o Drake sempre começa. Ele tentou tacar fogo no manto que cobria o Zain, e eu ajudei a apagar. Ele e o Cid ficaram provocando o Zain, mas ele pareceu só ignorar. Acho que o Gugnir se cansou dessa ladainha toda pois ele pisou em cima do pé do Morryneus no acelerador e nós saímos acelerados e desgovernado até chegar na Mansão Thrax.
No portão, os dois servos que já conhecíamos abriram para nós. Descemos e, ao entrarmos, vimos 3 pessoas a mesa: Quintus Thrax, provavelmente seu filho Octavius e o Yotasuke.
Cumprimentei eles e o garoto se levantou da mesa, meio puto. Quintus nos disse para sentarmos, mas eu falei que iria levar o Zain para ser cuidado pelo Hans enquanto o resto do pessoal ficou à mesa.
Alguns servos nos guiaram até um quarto hospitalar com aparelhos médicos caros e complexos. Coloquei ele na cama e ajudei ele a se vestir. Zain, agora sentado e recebendo cuidados do Hans, começou a perguntar sobre o que fizemos nesses dias, e eu retruquei ele, dizendo que eu quem estava curioso do porque ele foi até a Propriedade Kal Lyserg sozinho. Ele disse que a visão na Casa da Curiosidade lembrou ele do passado, e que ele deveria fazer certas coisas sozinho. Eu suspirei falando que essa não deveria ser uma dessas coisas, foi realmente muito perigoso, mas ainda bem que ele estava vivo.
Zain nos contou mais sobre seu passado. Ele costumava ser
Jane Des Rhangris, uma garota de uma nobre linhagem de músicos, que data desde o Projetista da Cidade,
Guillaume Des Rhangris. Ele disse que o casamento de seus pais foi arranjado e havia muitas expectativas quando ele nasceu, e ele superou todas, mas... A Zorra, que era herança da família, nunca iria parar em suas mãos por ele ter nascido uma mulher.
Ele disse que toda noite, em seus sonhos, ouvia a Zorra falando com ele, até que um dia ele pegou suas coisas, roubou a Zorra e sumiu de sua família, mas isso o tornou procurado por seus pais, que queriam a filha de volta. Ele disse, em palavras fortes, que
preferiria morrer a voltar a ser aquela pessoa.
Assenti ao fim da história, agora sim falando como um verdadeiro herói. Se antes eu já havia decidido confiar nele, agora então eu havia decidido segui-lo. Só gostaria de resolver os problemas com a Kara antes. Mas sei que ele me ajudaria nisso se necessário.
No fim, ele me disse que estava atrás do que estava no meu bolso, a dica para a próxima peça do Alaúde e, bem... Eu pedi desculpas a ele pelo que fiz. Ele não entendeu a principio e só disse que eu não fazia nada de errado, mas... Quando contei que havia resolvido o quebra-cabeça da sala dos heróis pude ver sua alegria se esvaindo quando segui a proferir que o Cid, com a ajuda de Drake, havia pego uma das peças. Ele tinha ficado claramente decepcionado, me partiu o coração. Bem, eu fiquei devendo isso a ele, então entreguei a dica, e disse pro Hans que essa informação não sairia da boca dele, se não eu mesmo o mataria, e ele concordou.
Nós nos sentamos para assistirmos.
Antes de sair e deixar o Hans cuidar direito dele, ele segurou meu braço e me perguntou se eu havia me tornado um Bardo, pois sentia a música em mim. Sorri para ele e disse que precisava voltar a usar magia para ajudar o pessoal, mas deveria ser de uma forma diferente dos métodos do meu pai.
Da porta, lembrei que ele havia me perguntado sobre o que fizemos e deixei o diário, para que ele pudesse ler com calma.
Voltando para a mesa, pude ver o Gugnir se levantando e saindo com Ricardo para patrulhar. Octavius estava lá, ouvindo sobre um grande plano de usar ele para invadir a Academia. Eu sabia que o Lö não conseguiria conter os dois, mas tudo bem. Lö também saiu para ir atrás do Gugnir.
O Drake perguntou se o Zain estava bem, e concordei. Nós discutimos de novo e, sinceramente... Já estou cansado disso, só vou parar de responder ele futuramente.
Ele e Cid disseram que o Zain deveria ser deixado de fora disso e falaram de pegar a Zorra. Foi quando explodi. Eu sai, bravo, mas não sem antes falar que o Cid deveria ser grato pois ele só tem aquela peça graças ao Zain e que, até onde me lembrava, ele já tinha falhado em ser O Bardo uma vez. Drake disse que estava ansioso para ouvir sobre a localização da próxima peça, e eu disse que ele iria continuar ansioso. Quando eu já estava quase fora, o Octavius perguntou pro Cid quem foi o traidor no fim da aventura, quem traiu ele, já que ele era o Bardo. Eu só ri e fui descansar.
Durante esse resto de dia fomos fazer algumas compras, eu melhorei o Baixo que havia encontrado e comprei alguns mantimentos. Visitei o Zain quando pude para conversar um pouco, mas a maior parte do tempo passei descansando. Caramba como é bom não ter que lutar com ninguém.
25 de Tziganen – SECUNDA
Acordamos de manhã com uma carta dizendo para nos encontrarmos no quarto do Octavius para discutir o plano.
Fui para lá ainda de pijama e tomando um café. Mesmo com tanto descanso, ainda parecia cansado.
Ao entrarmos, demos de cara com um quarto cheio de armas e um Minotauro jovem completamente armadurado saindo de um closet. Nem parecia o mesmo garoto de óculos e toga que vimos mais cedo.
Acho que foi a segunda vez que vi o Gugnir sorrindo. Eles se deram uma cabeçada e começaram a gritar sobre invadir a academia e matar todos.
Cedo demais para tudo isso. Cedo demais.