Lö havia ajudado o Gugnir a se levantar, e pude ver ele agindo com feracidade… para jogar o Drake até lá o mago.
Drake voou como um míssil, como um cometa, pegando fogo na direção do Narancia, atravessando a espada segmentada na sua barriga. Ele pareceu tentar segurar a lâmina com gelo, mas Drake rodou ela com mais força, abrindo um rombo no abdômen do mago. Nós vimos o nosso querido “Deus do Fogo” caindo nos braços do Gug enquanto Korrbun arfava. Ele levantou as mãos, como se pronto para um golpe final, até que o tão esperado disparo da elfa que o Prefeito Dalton nos apresentou, a Moryana, acertou o meio da testa do Qareen, que começou a despencar, nos seus últimos suspiros. Por um momento, senti pena dele.
Drake me pediu ajuda com um Primor Atlético. Usei a magia nele, que pulou até o corpo em queda livre do Narancia, em quem ele enfincou a lâmina da espada e pudemos ver aquela nova arma em ação, absorvendo a magia, a essência dele. A arma, que antes tinha a cor das chamas da magia de Drake, foi adquirindo um novo formato e nova coloração - um azul gélido e formas geométricas. Ele ainda disse algo para Korrbun, antes que ele perdesse completamente a consciência, e voltou com uma explosão de chamas para onde estávamos.
Checamos se estávamos todos bem antes de seguirmos para a segunda parte do plano: Impedir a destruição das pontes que levam ao COEAS.
Corremos até lá, onde demos de cara com o nosso tão amado Feitor Kyrard e uma grande parte da guarda de Tzigane. Eu e Drake tentamos convencer alguns guardas a não fazerem isso, o que foi fácil quando viram Gugnir matando os guardas que não quiseram se render. Enquanto isso, Hans jogou uma bomba de fumaça e correu para cortar os pavios das bombas e Lö tentou correr atrás do Kyrard, mas foi tarde quando um DRAGÃO apareceu dentro de Tzigane levando Kyrard junto dele. Um prometido de um dragão de ácido, que ameaçava derreter a ponte.
Foi quando ocorreu
o incidente do Faísca. Eu tive uma ideia maluca. Com a ajuda da Fogueira, peguei o Faísca no antebraço e, com um entreolhar maligno, dei as ordens. Furar o olho do Dragão. Foi como se o pássaro me agradecesse por um pouco de loucura. Como um míssil, Faísca rasgou pela cortina de fumaça, entrando pelo olho do dragão, que começou a cuspir ácido para outros lados, enquanto rugia de dor. Kyrard, nas costas do Dragão, gritava enfurecido, até ver o Papagão se afastando com um olho de dragão no bico. O lagarto voador caiu em cima dos escombros da Catedral, mas logo alçou voo, saindo por um dos portões enquanto Kyrard nos ameaçava.
Drake tentou fazer uma fogueira e chamar seus “fieis”. Por mais que eu não acredite nisso, ajudei com um pouco de música.
Na frente do COEAS, as portas estavam travadas. Hans tentou abri-las, mas falhou então, investigando um pouco, encontrei um mecanismo antigo que contava uma história sobre o local. Abrimos as portas e corremos, onde demos de cara com o Alec Yshmut, que tentou fugir, mas Gugnir e Lö alcançaram ele. Gugnir segurou ele pelo pescoço e Drake o ameaçou, que apontou os locais das bombas para gente. Eu corri, junto de Hans, para desarmarmos as bombas e, por pouco, conseguimos desarmar todas.
É a partir daqui que as coisas tomaram um rumo ruim... Morryneus foi na direção de Alex Yshmut e pegou um controle da mão dele, falando que o Hynne iria explodir enquanto não prestávamos atenção, mas... Ele mesmo ameaçou a gente. Corremos o máximo que deu, mas quando segurei ele, uma das bombas foi detonada. Gugnir cortou seu pescoço e sentimos um tremor. Em desespero, corremos para fora.
Lá, vimos uma parte do coração da magia explodido, e uma névoa vermelha, a Tormenta, subindo daquela parte. Todos nos entreolhamos e começamos a correr. Algumas pessoas que ouviram o chamado do
Drake apareceram, e no fim do arco, vimos uma carroceria. Quintus, Octavius, Aika... Kara e Gélido. Eles vinham fugindo. Sorrimos naquela direção.
Era só sair da cidade. Tudo ficaria bem.
Então Gugnir caiu, com as duas pernas retorcidas em um ângulo impossível.
Vi a garganta de Drake sendo cortada. Sangue jorrando. Ele tentou segurar, mas caiu no chão se engasgando.
O corpo de Hans se separou, com alguns ossos quebrando e se espatifando para diversas direções.
A carapaça de Lö foi arrancada, e vi o desespero nos seus olhos quando seus braços se retorceram.
Eu parei e comecei a procurar. Zain começou a gritar para Cid ajudar, desesperado. Quando finalmente avistei o que nos atacou, senti setas se fincando no meu torso. Com o sangue escorrendo, olhei mais uma vez pros meus companheiros, talvez pela última vez.
Ouvi Zain, mais uma vez, gritar com Cid, que começou a cantar.
Vi todos se curando novamente. As pernas de Gugnir voltando pro lugar, a garganta de Drake se fechando, os ossos de Hans se reconstruindo e a carapaça do Lö se colando de volta.
Quando senti as setas saindo do meu corpo e os ferimentos se fechando, vi novamente a figura, parando na minha frente: O Rapino.