Apoteósis Physical / Metaphysical Law in Centúria | World Anvil
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Apoteósis

Em Ilienel — e em primeiro lugar no continente de Centúria — as divindades cultuadas não são Primordiais ou Entidades Cósmicas, mas Deuses Apoteóticos, o que significa dizer que são seres que passaram de um estado anterior para um divino. O processo de ascensão de um mortal¹ para um aspecto divino é chamado de Apoteósis.   Todas as coisas existentes possuem um pouco da energia divina que as concebeu no início dos tempos. A apoteósis nada mais é que a usurpação de parte ou toda a divindade de um aspecto do plano material para si. O indivíduo passa a representar ou ser equivalente àqueles aspectos dominados, mas isso significa que a divindade associada não é permanente, e pode ser contestada por outros que estejam à altura de determinado poder. Como energias divinas se moldam a quem as controlam, um indivíduo deve ser tão forte quanto o apoteótico anterior para contestar seu domínio, o que não é tarefa fácil.   No decorrer da 1E, o processo de apoteósis foi muito comum, à medida que vários poderosos indivíduos assumiam diferentes aspectos da vida material. Ao mesmo tempo, a descoberta de que a fé aumentava o poder destes indivíduos tensinou a relação entre os apoteóticos existentes, sugerindo ainda que outros deuses de natureza semelhante pudessem existir pelo mundo. Esse "surto" de ascensões cessou com a criação do Portão Divino na passagem para a 3E, mas foi gatilho para os conflitos que acompanharam a Terceira Divergência da campanha Prelúdios da Divergência.
 

Ritual Apoteótico

 
Há muitos aspectos do mundo não controlados por deuses apoteóticos, mas assumir um aspecto não controlado exigiria uma quantidade de poder divino equivalente à dos próprios primordiais que criaram o mundo. Portanto, é mais fácil (apesar de ainda incomum) contestar um deus apoteótico que tentar controlar um aspecto não regido. Aqueles que tentaram desafiar um deus apoteótico anteriormente seguiram o que se chama "Ritual Apoteótico" — uma espécie de protocolo, etapas que precisam ser cumpridas para a ascensão.   O primeiro indivíduo a efetuar tais passos foi Cartos, Senhor dos Rituais, um dos príncipes fomorianos. Em seu tempo, Cartos conseguiu poder suficiente para usurpar parte do domínio de Selune, especificamente seu controle dos milagres e rituais ocultos. Para tanto, Cartos criou o artefato apoteótico Morellonomicon, no qual concebeu um ritual arcano capaz de canalizar energia divina de um indivíduo para outro. Os passos de Cartos servem de modelo para todo outro desafiante.  

Primeiro Passo

  Um deus apoteótico possui energia divina primordial (que usurpou) e, portanto, só pode ser contestado por outro indivíduo que controle energia primordial. Um indivíduo se torna candidato à apoteósis quando, através da obtenção de relíquias primordiais ou outra fontes desta energia, desafia o controle de um apoteótico. Este último então cai ao plano material. Mesmo enfraquecido, ainda é imensuravelmente forte; se for destruído no plano material, entretanto, a divindade do aspecto contestado é tomada.  

Segundo Passo

  Enquanto os candidatos ou o deus não forem destruídos, o aspecto regido fica em suspensão total ou parcial. Entretanto, candidatos geralmente não conseguiriam desafiar um deus diretamente mesmo com uma coleção de artefatos à sua disposição. Isso fez com que Cartos, Senhor dos Rituais criasse o Morellonomicon, artefato feito a partir da pele e sangue de várias criaturas primordiais que derrotou. Este tomo amaldiçoado tornou-se requisito quase obrigatório, na contemporaneidade, para uma ascensão completa, por facilitar o confronto com o apoteótico e dar propriedades vantajosas para o candidato. Ele requer, entretanto, condições específicas: seu leitor precisa ser imortal; ser capaz de burlar as leis da Passagem de Antares e possuir um culto a seu próprio modo. De certa maneira, o ritual representava, em miniatura, parte dos requisitos para ser um deus a seu próprio modo.  

Terceiro Passo

  A leitura do Morellonomicon coloca tanto o candidato quanto o apoteótico em um estado de suspensão momentânea, em que ambos estão enfraquecidos. Entretanto, à medida que a leitura do ritual prossegue, mais e mais energia do aspecto contestado é usurpada. A leitura das páginas do tomo podem deixar indivíduos enlouquecidos por vislumbrarem as leis e princípios da Mitária, e por isso os requisitos anteriores são obrigatórios. Ao final do ritual, o aspecto desafiado é tomado; caso o deus ainda possua alguma divindade, é imediatamente retornado ao seu plano de origem, enquanto o candidato se torna um apoteótico a seu próprio modo.
 

Facilitadores

 
Dois elementos podem facilitar um Ritual de Apoteósis. O primeiro é a Divergência — quando esta está em trâmite, os tecidos planares se enfraquecem, permitindo dentre muitas coisas o acesso a relíquias apoteóticas trancadas em planos variados, bem como a confluência dos mais distintos habitantes do multiverso. Legiões de ínferos, por exemplo, avançaram para o plano material durante a 3E, até que as ações de Cidália restringiu seus movimentos. O segundo elemento facilitador é o fato do Portão Divino estar de pé. Sua simples existência faz com que um apoteótico, caso desafiado e lançado ao plano material, tenha sua ligação com seu plano divino de origem quase completamente cortada, o que lhe enfraquece fortemente.   Durante a 3E, ambas Rona Melville e Adrie Tiadar, por motivos diferentes, contestaram a divindade de Selune (em graus distintos). Elas tiveram o auxílio de diferentes forças ínferas e começaram uma corrida por relíquias apoteóticas no plano material — o Morellonomicon sendo a última delas. A interferência de Cidália afetou enormemente os resultados da disputa.

Manifestação

As primeiras apoteósis não incorreram efeitos físicos ou visíveis explícitos, porque foram as primeiras de seu tipo. Descobriu-se na 3E, entretanto, que contestar um apoteótico afeta ou remove completamente a ação de seu domínio no plano material, o que pode produzir ações catastróficas. Quando Rona Melville contestou a divindade de Selune em Prelúdios da Divergência, a lua-menor desapareceu dos céus e as marés se desregraram — os efeitos nos mares foram tantos que tsunamis assolaram as costas lerionenses, só não afetando o Ceres por causa de sua matrona, Nora.   As irregularidades nos mares foram tamanhas que criaturas há muito adormecidas despertaram, como krakens e tartarugas-dragões. A habilidade de clarividência em todo o mundo foi diminuída, e a afinidade dos milagres ocultos foi reduzida a quase nada. Os tradicionalistas luari viram nisso o presságio de que a verdadeira natureza dos homens viria à tona, o que poderia ser catastróficos. Eles não foram escutados pelos Imperiais, e logo a Guerra das Guerras se iniciou.   Para alguns apoteóticos, breves manifestações divinas ocorreram no instante em que ascenderam. Grandes auroras-boreais acompanharam a ascensão de Nora e Selune. Um deus apoteótico possui ainda vários aspectos de seu domínio. As deusas citadas há pouco possuem, por exemplo, um Aspecto da Noite, um Aspecto do Grande Luar, um Aspecto do Oculto etc. Quem contesta uma divindade não precisa contestar todo o seu domínio, mas apenas um ou mais aspectos dele.

Localização

Os apoteóticos podem assumir desde elementos locais até mundiais. Nora e Selune assumem aspectos do mundo; a Mãe dos Corvos assume um aspecto quase-universal, e essa tendência continua na maioria deles. Alguns, entretanto, estão ligados a tradições bem específicas: Edália é a mãe-druida dos centurianos apenas, enquanto Cartos ascendeu à divindade controlando os rituais ocultos de Selune, os quais corrompeu. É esperado que divindades de outras regiões estejam também, ocasionalmente, ligados a elementos locais. O fato de tantos apoteóticos centurianos estarem ligados à aspectos fundamentais para o plano material é atribuído ao fato deste ser o continente com civilização mais antiga em Ilienel.
Tipo
Metafísico, divino
Criado por
Deuses Apoteóticos
Status
Funcionando
Manuseabilidade
Conceitual, arcana, divina
Importância
Relevante

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Cover image: Targon Ascension by Maisie Yang

Comentários

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Aug 22, 2021 20:25

Me lembra um pouco o conceito de divindade de Sheogorath hehe

Aug 22, 2021 20:39 by (Um dos mestres da Oito em Ponto)

Todo mundo sabe que o Nerevarine virou o nosso tio Sheo ;)