S01E02 - A Caçada Report in Mundo das Trevas | World Anvil
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S01E02 - A Caçada

General Summary

A fome

  Sábado, 31 de Agosto de 1991   Elizabeth Bennett acorda após sonhar com toda sua trajetória, desde a morte de seu pai, passando pelo café da manhã com a mãe e a irmã, onde era humilhada por ser a diferente, até o bullying que sofreu no ensino médio e a dificuldade de fazer amigos na faculdade, chegando ao dia em que perdeu sua vida e ganhou uma não-vida. Com dificuldade, tentando tirar esses pensamentos da cabeça e achando que tudo da noite passada não tinha sido mais que um sonho, apesar de não estar mais com as roupas do laboratório e sim uma camisa do Iron Maiden e jeans, Bess se forçava a ficar acordada enquanto ia atender a porta. Dana estava lá, já irritada e a chamando de Bela Adormecida.   A vampira a levou para as ruas, era o momento de Bess aprender a se alimentar, deveria aprender a caçar. Dana comentou como ela era uma predadora agora, o que ela deveria fazer, os cuidados que deveria ter para não se entregar à Besta e matar uma pessoa enquanto se alimentava e como fechar os ferimentos de suas presas para que não deixasse marcas. Seria o primeiro sangue quente de Bess. Dana descrevia a sensação que ela sentiria, diferente do sabor metálico e frio das bolsas de sangue que havia tomado no dia anterior.   E vinha pela rua uma mulher, de cabelos encaracolados, óculos e bolsa presa ao corpo com braços tensos, olhando desconfiada. Ambas estavam nas sombras e não foram notadas. Dana descreveu como sendo um ótimo alvo para Bess, uma mulher com medo nas ruas poderia ser a presa fácil para outra mulher que a oferecesse o conforto de uma companhia.   Bess recusou, não tomaria a vida daquela mulher. Dana retrucou que Bess só tiraria a vida se fosse idiota ou deixasse a Besta tomar conta, e que se ela não fosse a predadora dela, outra pessoa seria, e ainda capaz de fazer coisas horríveis que Bess não faria. Assim, contrariada mas vendo-se como uma fonte de segurança para a mulher, a novata foi até ela, caminhando sem querer se disfarçar.   A mulher apressou os passos até ver que era seguida por outra mulher. Bess a cumprimentou, citando a noite escura e que se sentia em segurança com outra mulher. Sophie era o nome dela, como se apresentaram, e saía do trabalho tarde indo para casa. Bess ofereceu sua companhia, por ia encontrar um amigo na mesma direção, podendo acompanhar Sophie até sua casa.   Querendo quebrar o gelo, Sophie comentou sobre o terrível acontecimento em Chicago. Bess quis saber mais e Sophie lhe mostrou o jornal The Daily Chicago, que trazia a seguinte matéria:   "A explosão ocorrida ontem no prédio da Prometheus Bio Tech, importante empresa do ramo da biomedicina em Chicago, ainda está sob investigação da polícia.   Às 20 horas da noite da sexta-feira, dia 29 de Agosto, a cidade de Chicago recebeu o sonoro e luminoso aviso de que uma explosão aconteceu no laboratório da empresa. Janelas dos prédios vizinhos que receberam a onda de choque foram estilhaçadas.   Felizmente, a maioria dos funcionários estava fora do edifício no momento da explosão, apenas duas mortes foram confirmadas de funcionários da empresa: a pesquisadora Elizabeth Bennett e o vigia Raphael Hill. Este último possivelmente vítima dos estilhaços da explosão.   A empresa cita um possível erro em um equipamento de refrigeração que possa ter levado a um curto que afetou o sistema de gás. Válvulas de emergência foram usadas para conter a explosão, que segundo analistas pode ter afetado a estrutura dos andares.   Entretanto, segundo pessoas que estavam no local, suspeita-se que a Prometheus tenha sido alvo de um atentado terrorista, pois tiros foram ouvidos por testemunhas que não querem se identificar. O Bureau Federal de Investigação não quis comentar o caso."   Quando percebeu que Bess estava assustada olhando o jornal, Sophie lhe perguntou o que havia acontecido. Disse que conhecia uma pessoa que morreu no acidente do laboratório e Sophie a abraçou. Bess sentiu o coração da mulher pulsando, seus odores e o calor do sangue que pulsava em suas veias. Segurou a fome, ainda não era hora.   Passaram pelo beco que Sophie temia. Homens sem-teto se esquentavam em um barril em chamas e mal perceberam as duas mulheres com passos apressados que passaram por eles. Sophie já estava em frente à sua casa e agradecia Bess pela caminhada. Bess pediu para usar seu banheiro, alegando ter tomado vinho demais para encontrar seu amigo. Sophie comentou também que ofereceria uma água com sal e açúcar, por o corpo frio de Bess parecia indicar uma queda de pressão.   Quando chegou ao apartamento de Sophie, Bess foi recebida por um gato arisco. Sophie estranhou Garfield estar tão nervoso, ele geralmente era amável com pessoas. A novata se dirigiu ao banheiro enquanto sua anfitriã ia preparar a água com sal e açúcar. Bess, no banheiro, jogou uma água sobre o rosto e se motivou: ela conseguiria se alimentar, conseguiria cometer aquele ato. Saindo, encontrou Sophie já a esperando com um copo. Pediu para sentar antes de tomar, e quando a mulher se aproximou para entregar-lhe o copo, Bess mordeu seu pulso, sorvendo o líquido quente que por ali fluía.   Ela percebeu que o rosto de Sophie se contorcia de uma expressão de dor para uma expressão de êxtase, era quase como se a mulher estivesse tendo orgasmos ao ser Beijada pela vampira. O sangue que vinha de Sophie era bom para Bess, melhor que as bolsas de sangue geladas da noite anterior, mas ainda carregadas do medo que ela havia sentido na rua antes de se encontrarem, com o sabor de sua refeição saudável do almoço e com o sabor do sanduíche que comera antes de ir pra casa.   Bess estava quase se entregando ao ato quando sua consciência a fez parar. Já havia tomado sangue o suficiente de Sophie, que agora estava caída no sofá com uma expressão de prazer no rosto. Ela se preparava para sair quando um barulho chamou sua atenção: uma criança estava parada perto da porta do banheiro, segurando um boneco em suas mãos. Seus olhos marejados e assustados olhavam a mãe no sofá e perguntavam quem era aquela mulher estranha e pálida na sala.   Bess então tomou a criança pelos ombros e disse gentilmente que era uma amiga de Sophie que adormecera de cansaço no sofá. O filho de Sophie disse que sua mãe estava chegando muito cansada mesmo do trabalho. O gato se aproximava da criança, pronto para defendê-la e Bess percebeu que era o momento para ir. Pediu para a criança se certificar de que a porta deveria estar trancada quando saísse.   Lá fora, Bess encontrou Dana, que a esperava. A vampira perguntou à novata se havia tido sucesso, ao que recebeu uma resposta afirmativa, carregada ainda de uma dúvida de Bess se Dana teria chegado a tempo de pará-la se ela não conseguisse. Dana contou que tinha ouvido tudo, mas que não havia conseguido ouvir a criança. Teria chegado lá a tempo de impedir o pior, mas que talvez a criança seria testemunha de seus poderes.  

O treinamento começa

  Dana levou Bess até uma quadra de basquete na vizinhança, pulhando a grade de segurança. Lá de dentro, perguntou a Bess como ela entraria, se seria como ela ou quebrando a tranca da entrada. Quando Bess começou a escalar a grade com as mãos, foi empurrada por Dana: não, ela disse, faça como eu, ou quebre o cadeado.   Desconfiando de sua capacidade de quebrar o cadeado, Bess deu um salto. Mas foi um salto tão alto que atingiu 6 metros, passando em frente ao apartamento do segundo andar. Quando caiu de volta ao solo, deixou uma marca de onde sua mão e seus pés atingiram o chão. O som também atraiu vizinhos, que ao verem duas mulheres na quadra, ao invés de gritarem pela polícia, lhes dirigiram palavras homofóbicas. Dana lhes gritou de volta até que se cansaram e voltaram às camas.   Ela perguntou a Bess se tinha sentido algo diferente na casa de Sophie ou quando passaram pelo beco dos sem-teto. Nada, disse a novata. Nenhum formigamento, nem uma sensação de que era superior. Dana percebeu que ela havia herdado de si a grande força, mas que poderia com o tempo ensiná-la a ser rápida e causar terror ou fascínio no coração das pessoas.   Deu por encerrado o dia e que no próximo, Bess se alimentaria por conta própria.  

A primeira missão

  Domingo, 1 de Setembro de 1991   Bess conseguiu acordar por conta própria. Deu-se conta de que ainda não tinha resposta se seu trabalho havia se perdido na explosão do laboratório ou se conseguiria uma cópia dos dados que tinha em casa. Talvez se conseguisse ir à universidade de Indiana em Gary e acessasse um computador, mas era tarde e precisaria pegar um ônibus, além de não ter como justificar com sua morte. Mas havia em quem confiasse. Foi então até um telefone público, de onde ligaria para Harley Greene. Antes que a ligação a cobrar se completasse, Dana apareceu, assustando Bess.   Dana pagou um esporro em Bess, que não disfarçou o que queria fazer. Precisava passar em casa e pegar os dados em seu computador, mas não sabia onde estavam suas chaves que guardava no bolso da calça. Dana então prometeu-lhe as chaves se ela completasse uma missão para Modius, como parte do acordo para que aceitasse a novata em sua corte: deveria ir até as docas de Gary e descobrir quem eram os bandidos que estavam atacando a Gary Exports, onde eles se escondiam e a quem serviam. Dana disse que o mais rápido seria ela roubar um carro para dirigir até lá. Ela quebrou a janela de um Chevette e puxou as chaves de cima da proteção de luz solar. Bess deu a partida e dirigiu para as docas.   Chegando lá, estacionou o carro longe o suficiente para não atrair atenção e se esgueirou até a guarita, onde percebeu que o vigia havia levado dois tiros no peito. A movimentação àquela hora da noite parecia ser bem óbvia para ela: três homens movimentavam caixas de um container da Gary Exports para uma pickup. O perto da porta da pickup tinha uma pistola, mas não sabia o que os outros carregavam.   Indo pelas sombras, Bess chegou até perto do homem de guarda e sacou sua pistola, tentando intimidá-lo. A intimidação falhou, com os outros prestando atenção e o desarmado tentando arrancar sem sucesso sua arma de volta. O outro, puxando sua faca na direção do pescoço de Bess, conseguiu acertá-la, mas sem forças para causar ferimento. Bess atingiu-lhe na perna com um tiro, e o homem caiu ao chão da pickup.   O de cima sacou sua pistola e disparou em Elizabeth, o tiro não lhe feriu e ela o respondeu com um tiro no peito do homem, que caiu desacordado. O outro, sem a pistola, puxou uma faca e foi na direção de Bess, tentando lhe esfaquear. A novata o atingiu na perna e o homem foi ao chão. Com o que restou ainda acordado intimidado pela força de Bess, ela conseguiu fazer um rápido interrogatório: eles diziam trabalhar para O Cara, seu esconderijo era no Centro de Gary e que O Cara usava um cordão dourado com o símbolo do dólar.   Mas eis que as luzes de um carro alertam Bess de que não estava sozinha: um homem de sobretudo e chapéu sai acendendo um cigarro.   "Abaixe a arma ou vou ter que atirar em você, boneca."   Bess ia retrucar, mas resolveu entregar a arma. Uma delas, na verdade, pois havia escondido a arma do bandido na pickup na parte de trás de sua calça.   O homem pegou um pano e recolheu a arma. Olhou pra ela e disse:   "Eu sei o que você é. Sem rodeios, me diga, onde está Evelyn!"
Campaign
Sangue Novo
Protagonists
Elizabeth Bennett
Brujah | 13 generation
Data do Relatório
06 Dec 2020
Local Primário
Local Secundário
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