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República Pirata de Água Profunda

"A morte é um dia que vale a pena viver!", exclamou o homem com sua carne à mostra, um banho de sangue no convés. A vida o deixaria em instantes. Seria irracional imaginar que fosse digno de qualquer coisa além de pena naquele instante. Mas as palavras que gritou mudaram tudo. Ele era um pirata de Água Profunda, e não um cão qualquer.
 
Muito mais conhecida como Deepwater, a República Pirata de Água Profunda é uma confederação soberana formado por piratas, exilados e fugitivos que está localizada na Ilha Cega. Seu povo segue um código moral conhecido como As Dezenove Importantes e Respeitadíssimas Cláusulas Pétreas dos Piratas de Água Funda, ou apenas Cláusulas Pétreas. Dito isto, todos os que possuem habilidade para tal tentam, através da lábia e lacunas destas leis, burlar o código.   Os piratas de Deepwater saqueiam navios de todas as partes, apenas quando é seguro que isso não prejudicará sua reputação. Por isso, são extremamente eficientes em não permitir sobreviventes a seus ataques. Há também uma formidável competência em atribuir a culpa de certos ataques para piratas regulares dos mares centurianos, em especial na proximidade de Água Profunda, motivo pelo qual os piratas de Deepwater não os exterminam completamente também. Mais comum no último século tem sido que Deepwater ataque outros piratas cheios de saque, o que marca uma mudança na postura de seus capitães.  

Organização

  O sistema de governo é eleitoral, com um capitão sendo eleito como Rei Pirata até que seja considerado incompetente, abdique ou seja derrotado em um duelo. É uma República, mas baseada na força. Os capitães associados, entretanto, possuem agência nos rumos da organização, compondo parcialmente a chamada Velha Sombra. Esta, por sua vez, é um conjunto de velhos e lendários piratas que compõem uma espécie de estrutura burocrática que espiona a todo instante e, através de seus vagos laços políticos com as gigantes nações de Ceres e Leriones, se informam sobre navios, riquezas e mudanças, garantindo também que um esforço coordenado para extinguir os piratas não seja organizado.   Três assentamentos oficialmente compõem a República: Água Profunda, oculta atrás do paredão de corais que é o Último Aviso; o porto Açores de Guilhotina, onde mestres carpinteiros se reúnem para fazer navios; e Proa-moura; um assentamento pirata no leste. Há também Serpentina, no interior da ilha.  

História de Deepwater

  O lendário Fierardi Jack Rackam, nome verdadeiro Roma Estarossa, já era um exímio capitão da marinha de Nádia quando decidiu abandonar o reino. Sua tripulação apoiou a decisão. Ele entrou em contrato com Savis Vahara, uma tabaxi lerionense que controlava o mercado naval de Entremares até ser condenado por corrupção e traição em sua província, que financiou o estabelecimento de um porto escondido que serviria como ponto de troca para o esquema de contrabando que comandava. Rackam cuidaria das escoltas e da defesa, e Savis do dinheiro.   Em uma época em que tanto Leriones quanto Ceres se tornavam cada vez mais rígidas e opressoras, diminuindo as oportunidades de pobres e miseráveis conseguirem algo da vida, mais e mais homens e mulheres comuns se sentiram atraídas pela oportunidade de riqueza no porto seguro de Água Profunda. A essa altura do campeonato, as operações já envolviam assaltos extremamente lucrativos às operações mercantis que não estavam sob influência de Savis. Muitos procuravam formas de fazer parte de Água Profunda, e eram bem-vindos como marujos e mercadores.   Em menos de 50 anos, o porto havia se desenvolvido o bastante para contar com a presença de diversas embarcações. A Velha Sombra estabeleceu as Leis Pétreas, intensificando a propaganda e o ideário de liberdade e riqueza que havia tornado o porto popular para início de conversa. Com a organização dos capitães e a expansão do círculo de influência da Velha Sombra, Água Profunda tornou-se uma força a ser reconhecida no mares e no mercado global.  

Prelúdios da Divergência

  Estabelecido a nível mundial como uma potêcia marítima formidável que conta com pelo menos dez capitães nunca antes derrotados, Água Profunda alcançou renome lendário entre aqueles que buscavam a liberdade para viver fora do julgo imperial ou lerionense. Na Ilha da Caveira, outros assentamentos menores, nem todos costeiros, se desenvolveram, e foram gradualmente e naturalmente encorpados dentro do escopo da "República Pirata". Esforços foram feitos tanto por Ceres quando Leriones para expurgar os piratas de Deepwater, mas a influência da Velha Sombra garantiu a sobrevivência dos piratas vez após vez.   Em 227 3E, o Rei de Nádia declarou proibido o mercado naval em Entremares, uma decisão que foi economicamente difícil para as ilhas fierardi da região. Essas ilhas, entretanto, já vinham em um histórico processo de desmembramento com o reino, em parte devido à dificuldade da influência nadiana de chegar até lá. A verdade é que essas ilhas já se identificavam mais com as práticas e a convivência pirata. Nesse mesmo ano, uma escolta lerionense emboscou e afundou o Pérola, da capitã Asantos. Leriones passou, então, a ser o foco da vingança de Água Profunda.   Em 230 3E, o Rei Pirata Arsen Proditor ordenou, a mando da Velha Sombra, que uma operação de recuperação fosse iniciada na Baía das Espadas. Foram financiados e formados tripulações para um man-o'war e uma caravela-maior, que deveriam recuperar um antigo artefato próximo a Tvers. O negócio, apontado como extremamente lucrativo, asseguraria o relacionamento entre os piratas de Deepwater e importantes forças políticas fierardi. Leho Muller serviu como navegador nessa expedição. Não houve interferência nadiana nessa missão.   Após a recuperação do Túmulo do Campeão Sem Nome, entretanto, Leho descobriu que o artefato havia sido roubado debaixo do seu nariz. A tripulação da caravela foi identificada como traidora e colocada à forca; os oficiais, Leho incluso, foram levados para Água Profunda para o julgamento do Rei. Apesar do voto pessoal de Arsen ser a favor da inocência de seu discípulo, a maioria dos capitães considerou que Leho havia tentado orquestrar alguma fraude para benefício próprio. Essa decisão, que Arsen clamou indignado vir da Velha Sombra, foi acatada; a interferência de Arsen, entretanto, abrandou a punição de execução para exílio.   Leho não pagou os preços normais pelo seu exílio, porque foi parcialmente guiado para fora por forças leais a Arsen. Mais tarde, descobriu que a fraude havia sido orquestrada pelo Barão Mordor Krutznschi, e que havia sido feita com ciência de membros da Velha Sombra. O necromancistas foi eventualmente derrotado, mas a vingança de Leho não estava terminada; meses depois de seu exílio, descobriu que Arsen havia sido deposto de sua posição como Rei Pirata, e que o roubo do Túmulo havia gerado repercussões gigantescas na história global.  

Livro das Pétalas

  Ao longo das aventuras pós-campanha, descobriu-se que a Ilha de Tvers era na verdade um dragão-tartaruga colossal que guardava um importanto selo. O túmulo servia como âncora em um antigo ritual, e agora o dragão-tartaruga estava a mover-se pelos mares, o selo desfazendo-se pouco a pouco para a libertação de Aluveend-Que-Tudo-Consome.   Ver eventos das aventuras
Em O Último Aviso, Leho tornou-se Corsário de Nádia e partiu para Água Profunda buscando oferecer uma Carta de Corsa e acordos para com a República Pirata, incluindo o reconhecimento da mesma como um estado legítimo. Por trás dessa missão, Leho leva no Diamante Vermelho o seu próprio objetivo — descobrir de uma vez por todas o que aconteceu no dia em que foi expulso e vingar-se de seus algozes.
 

Artigos Relacionados

 
Leho Müller
Character | Jun 16, 2022
Entremares
Geographic Location | Jun 18, 2022
Data de Fundação
1E
Tipo
Geopolitical, Republic
Capital
Nível de Treinamento
Professional
Nível de Experiência
Veteran
Gentílico
Piratas de Casaco
Leader Title
Chefe de Estado
Chefe de Governo
Sistema de Governo
Democracy, Representative
Estrutura de Poder
Confederation
Sistema Econômico
Barter system
Local
Idiomas Oficiais
Territórios Controlados

Velha Sombra

Um círculo de notórios piratas e mercadores que se uniram à causa. A maioria de seus integrantes é anônimo, mas é sabido que possuem grande influência em outras nações e organizações mercantis ao redor do globo, mesmo nos dias atuais. Alguns capitães lendários, como Barba Negra, são reconhecidos como parte da Velha Sombra, tomando as decisões reais ao usar de seu poder e influência para forçar o voto dos capitães de Deepwater.  

Rei Pirata

Um título de comando eleito através do voto de todo capitão de Deepwater. Cada capitão representa o voto majoritário de sua tripulação. O Rei Pirata é a autoridade absoluta em Água Profunda e o responsável por aplicar e garantir o respeito às Leis Pétreas. Historicamente, vive numa certa tensão com alguns dos interesses da Velha Sombra que, ironicamente, pode ter influenciado sua chegada à posição. O atual Rei Pirata é Arsen Proditor.  

Leis Pétreas

Um conjunto de regras que foram erguidas na fundação de Água Profunda e que só sofreram mudanças uma vez, doze anos atrás. Muitos concordam que as Leis Pétreas precisam de mudanças, mas outros preferem deixá-las como estão, com brechas e atalhos conhecidos para circundá-las.  

Capa-preta

Um Capitão de Deepwater é reconhecido pelo símbolo da caveira negra com os tentáculos do Kraken ao fim da luneta. Todo homem e mulher pode vir a tornar-se capitão de Água Profunda, caso ganhe o respeito dos piratas do infame porto. Os capitães são referidos por outros piratas ordinários e mercadores como capas-pretas, em referência à cor predileta de Água Profunda.  

Cães do mar

Os piratas de Água Profunda chamam outros piratas de cães, ou cães-do-mar, e com frequência os tratam com desdém ou criaturas simplesmente menos esclarecidas e iluminadas. Os cães, como dissem, lutam e morrem pela simples luta ou a cobiça de ter mais; às vezes, só pela diversão de matar. Os homens e mulheres de Água Profunda, entretanto, veem em suas ações uma afronta contra o status quo continental.  

Calisto

Calisto, o Espírito dos Mares é a patrona e guia escolhida pelos piratas de Água Profunda. Diferentemente da crença fierardi comum, que vê em Calisto uma entidade de natureza benevolente que os ama e deve ser respeitada, os piratas de Deepwater acreditam que ela tenha sido aprisionada há muito tempo atrás e tenha se libertado recentemente, sendo necessário apaziguar sua ira e ter sua permissão para navegar os mares.

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Cover image: Ship in a storm by Andy Walsh

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