Antro das Feras

O Antro das Feras se trata de um complexo de cavernas disposto entre uma dupla de montanhas a cerca de 2 a 3 dias de viagem de Arcoforte, que recebeu este nome por conta da alta presença de criaturas ferais, monstruosas e mundanas, entre as suas cavernas. Essa é uma região selvagem que até hoje se sabe pouco, assim, em suma, criando-se muitas teorias e lendas sobre o que possa ter nas profundezas do local. Ambas as montanhas têm o seu interior formado por inúmeras cavernas, que tornam o ambiente um enorme labirinto e fazem com que os menos experientes que adentrem o local dificilmente consigam encontrar a saída com vida.

Devido à enorme dificuldade em se localizar dentro do ambiente, e até mesmo os perigos encontrados aqui, o local se tornou um objetivo mútuo daqueles a quais desejam alcançar uma patente mais alta em suas conclaves de patrulheiros ou em escolas e ordens de caçadores de monstros.

O local vem sendo explorado e mapeado lentamente. Normalmente, consegue-se o mapeamento de uma nova área a cada 2 a 4 meses a depender do grupo que se dispõe a ir ao local. Geralmente, aqueles que se disponibilizam a tal, e retornam com uma nova área mapeada, conseguem imediatamente uma promoção em sua patente, enquanto aqueles que retornam sem tal feito são direcionados a um treinamento ainda mais árduo.

Entusiastas recentes, vindos tanto de escolas de patrulheiros quanto de escolas chemischianas, têm se empenhado para estudar o local. Porém, quanto mais as pessoas estudam, mais dúvidas surgem sobre o local. De início, acreditava-se que o local tivesse sido formado naturalmente com o passar dos anos, mas a cada metro a mais que é explorado e estudado, encontram-se vestígios de uma força ainda não compreendida. Há indícios que levam a crer que tal força se trata de uma corrupção aberrante no ambiente, mesmo que os dados obtidos ainda sejam insuficientes para confirmar essa teoria, ela é tida como a mais plausível.

Regiões

Estima se que a primeira montanha do Antro das Feras possua cerca de 1.877 metros de altura no seu ponto mais alto, chamado de Pico das Feras, e a segunda montanha uma altura de 1.806 metros, ambas tendo uma ligação entre si formada por cavernas subterrâneas ainda pouco exploradas.

Ambas as montanhas são formadas por 3 níveis que levam a 3 tipos diferentes de climas, ambientes e até as criaturas presentes. São estes níveis chamados de: Pico das Feras, Covil das Feras e Refúgio dos Monstros.

Pico das Feras

O primeiro nível, sendo atualmente o mais explorado e onde se tem focado a maior parte dos estudos e exploração, é propriamente o Pico das Feras, onde há gelo e neve, que acredita-se estarem presentes não por conta da altura, mas sim por conta da possível presença aberrante do local. Essa é, inclusive, a região mais bonita de todo o Antro das Feras, sendo assim o mais chamativo para ser explorado.

Em seus níveis mais altos, o gelo em contato com a luz do sol se torna reflexivo, assim até mesmo dando a impressão de que o pico é composto inteiramente por diamantes brilhantes. Além disso, nas cavernas dos picos, é possível encontrar estalactites e estalagmites, que, quando quebradas, revelam lindos cristais em cores roxas, brancas e até azuis

Acredita-se que isso seja outra evidência da presença aberrante da região. Contudo, sabe-se que aquilo que é agradável aos olhos, normalmente chama para uma grande armadilha.

O Nível de Perigo é de Ametista.

Covil das Feras

Este é o ambiente mais comum e conhecido pela grande maioria, e é, inclusive, o que as pessoas leigas sobre a região pensam ao escutar o nome “Antro das Feras”. A área é composta por diversas cavernas, que formam o labirinto do local. Diversas estalactites, estalagmites, fungos venenosos e bestas em geral estão presentes no complexo de cavernas.

Além do ambiente que dificulta consideravelmente a movimentação, a presença das feras pode ser mortal, tanto pelo confronto contra a fera em si, quanto pelos ecos nas cavernas, causados pelos sons da criatura e os que ocorrem durante um embate, que podem alertar outros seres e tornar a passagem dos exploradores ainda mais arriscada.

Quanto mais para dentro se avança, mais fungos nocivos dominam o ambiente, tornando o ar cada vez mais rarefeito e até tóxico para aqueles que não possuem o devido preparo. Sendo assim, apenas criaturas adaptadas ao ambiente conseguem viver nos pontos mais fundos. Por conta da hostilidade ambiente, uma luta desgastante contra as criaturas nessas áreas pode debilitar o indivíduo o bastante para que o simples ato de respirar o ar nocivo seja arriscado e até letal.

O clima no ambiente é úmido e frio, de forma que gotas de água, provenientes do pico gélido ou até de canais fluviais que fazem caminho pelos veios, caem do teto através das estalactites. Entretanto, devido aos vários fungos, não é recomendado que se beba uma única gota sequer, tendo em vista que a água pode estar contaminada com algo simples ou um organismo muito perigoso.

Nesse ambiente podem ser encontrados minerais como o quartzo e o feldspato, que sugere a presença de ouro em níveis mais profundos. Mesmo assim, a mineração não foi capaz de se desenvolver adequadamente na região, devido à hostilidade das cavernas. Dessa forma, poucos garimpeiros arriscam a ida ao local e menos ainda retornam com vida, deixando para trás apenas esqueletos e picaretas, que acabam por ficar de aviso para os outros que estejam dispostos a arriscar uma ida até tal local em busca de riquezas.

O Nível de Perigo é de Topázio.

Refúgio dos Monstros

À medida que se desce mais nas cavernas, o explorador adentra um ambiente chamado como Refúgio dos Monstros. Nesse ambiente, a existência de metais mais preciosos, como ouro e prata, torna-se mais frequente, assim como os corpos e as ossadas de bestas e monstruosidades.

Aqui é quando o perigo chega ao ápice, seguindo a simples lei do mais forte. Feras e monstruosidades lutam entre si por comida e território, e são pouquíssimas as pessoas que arriscaram ir tão fundo em tal ambiente e sobreviveram para contar a história.

Uma destas pessoas é um elfo negro com o nome de Ghumougvad Sianeemi, um patrulheiro solitário que dominou a caçada nos ambientes mais hostis e perigosos do Subterrâneo, assim levando a sua vida sempre movido pela emoção do perigo. Eventualmente, o Antro das Feras acabou por chamar a sua atenção, levando-o a adentrar o ambiente. Ghumougvad relata que é possível sentir, nessa área, ainda mais forte os vestígios de criaturas aberrantes, tanto na sensação agoniante que faz a cabeça latejar, quanto nos musgos e gosmas roxas que escorrem dos ferimentos causados nas monstruosidades encontradas no local, o que leva a crer que os organismos na região assimilaram outro organismo ou uma energia estranha nos seus corpos.

Até um mesmo caçador experiente como Ghumougvad não foi capaz de chegar aos níveis mais profundos desta região e adverte que outros evitem tentar o mesmo se sentem algum zelo pela sua vida. O elfo também relata sobre fendas estranhas, que causaram um arrepio na espinha e uma sensação estranha em sua mente, como se algo tentasse invadir-lá, apenas por passar perto delas.

O Nível de Perigo é de Rubi.

Mecânica

Na primeira parte, os efeitos são mais brandos, mas mais profundamente se tornam mais agressivos.

Ar Rarefeito e Venenoso
Ao adentrar a região do Refúgio dos Monstros, o ar começa a se tornar mais pesado com toxinas e outras substâncias nocivas, assim tornando toda a região Terreno Difícil.

Adicionalmente, após passar 1 hora no ambiente, o veneno originário dos fungos, que paira no ar, começa a se instaurar nas vias respiratórias. A criatura deve realizar um Teste de Resistência de Constituição CD 15 ou ficar com a condição Envenenado. Após isso, a criatura deve realizar novamente o teste a cada hora passada. Uma criatura que já esteja sob a condição Envenenado recebe um Nível de Exaustão ao falhar no teste.

Por fim, após uma criatura caminhar pela área sem vestir proteções respiratórias, ou estar com metade ou menos dos pontos de vida totais, o Mestre rola 1d4, em segredo, para escolher dentre as seguintes possibilidades de doenças: Coqueluche, Difteria, Gripe Comum ou Tuberculose. Após isso, o período de incubação começa, de acordo com as regras de Enfermidades.

Descanso Incômodo
Para concluir um descanso longo nas regiões Covil das Feras ou Refúgios dos Monstros, uma criatura não originária do local deve fazer um Teste de Resistência de Constituição CD 15. Em caso de falha, a falta de ar impede a criatura de se beneficiar de um descanso curto ou longo.

Influência Estranha
Na região do Refúgio dos Monstros, há uma influência de origem desconhecida que degenera aos poucos a mente daqueles sob o seu efeito. As criaturas nesta região, que não são imunes à condição Amedrontado, estão constantemente sob a sensação de paranoia.

Além disso, todo som feito é cinco vezes amplificado em toda a região.

Contos & Lendas

"O que habitou lá em baixo"

Os habitantes indígenas da região contam uma lenda antiga, que, segundo os estudiosos, é originária do Terceiro Século da Oitava Conjunção, sobre monstros que eram capazes de desmaiar pessoas ou até de forçá-las a obedecê-los com a simples força do pensamento, que um dia habitaram o mais profundo nível das cavernas locais. É dito que, na época em que tal civilização existia, era perigoso de se viver nas redondezas do Antro das Feras, pois esses monstros sequestravam pessoas e animais para fins desconhecidos.

Acredita-se que tais criaturas tenham vindo de muito longe, alguns acreditam até mesmo que elas tenham vindo de outra dimensão.

Entretanto, não se há relatos verdadeiros de tais sequestros e estudos sobre a sua veracidade são inconclusivos. Para os cidadãos comuns, isso leva a crer que toda a história não passa de lenda. Já os estudiosos acreditam parcialmente em tais lendas, e assim dizem que tal civilização pode ter crescido tanto, que foi necessário ela se mudar para um local capaz de comportar a tamanha quantidade de habitantes que haviam obtido, sendo essa a possível explicação para a não existência de registros sobre desaprecimentos estranhos nos últimos séculos.

Hostil para a Vida

Acredita-se que, devido a influência estranha existente na região, o ambiente se tornou hostil para qualquer tipo de vida que não seja originária daqui. Criaturas ,como feras, monstruosidades e até os humanóides não nascidos nessas cavernas que tentam se aproximar e adentrar o local, encontram uma resistência do próprio ambiente, como se ele tentasse expulsar o invasor.

Ninguém sabe ao certo se isso é apenas uma coincidência, visto que o local é naturalmente perigoso, ou se realmente há alguma mentalidade por baixo dos panos, que arquiteta um dito “plano para expulsar invasores”.

Criaturas Presentes

Pico das Feras

A beleza de tal lugar carrega consigo inúmeras criaturas que possuem uma certa familiaridade ao frio, alguns desses exemplos são:
Grifos
Lobo
Yetis

Covil das Feras

Suas cavernas diversas e região escura, favorece a existência e procriação de bestas feras, como as abaixo:
Lobo
Otyugh

Refúgio dos Monstros

Uma região obscura e pouco explorada, fungos e rochas fluorescentes são encontradas lá, sem explicação do porque atualmente, a própria permanência no local é um perigo, além de criaturas aberrantes como as abaixo:

Antro das Feras

(Labirinto de Cavernas)

Regiões
Pico das Feras
Covil das Feras
Refúgio dos Monstros

Alinhamento
Caótico e Mau
Nível de Perigo
Ametista a Rubi

Habitantes
Aberrações, Feras e Monstruosidades
Monstros Típicos
Lobos, Morcegos, Ursos, Aranhas Gigantes, Feras Deslocadoras, Mantícoras e Basiliscos.
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Autor: Everaldo de Oliveira (Javaraldo)
Revisor: Bruno Leone (Café)