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5 de Junos de 864DD (- Virgo 1)

Sessão I - Anomalias temporais

by Belias Negraluna

Depois de uma semana buscando por aventureiros para contratar, Belias já estava desanimado, mesmo seus anos de experiência na guilda Chifre Torto não estavam o ajudando a encontrar mercenários hábeis e disponíveis. Talvez seja pela sua atitude espalhafatosa, talvez por não quererem se associar à sua família, enfim, como última tentantiva, o meio-elfo agora decidiu visitar as tavernas de qualidade mais duvidosa no Distrito do Sol.
 
Eis que a carruagem para e Belias, junto de Camélia, entra numa taverna de um gnomo larápio, que se aproveita do aparente status do jovem lorde para cobrar mais caro por seus serviços. Era o período da tarde, que já é esperado ser o horário de menor movimento, mas o fato estava mais evidente já que grande parte da população estava ansiosa para ver como seria a nova feira de Flamelight, sem a administração da Família Negraluna, primeira vez desde que o fundador da feira, o elfo Aramias Negraluna a criou 300 anos atrás. Entre os poucos clientes que podiam ser contados nos dedos, uma anã chama a atenção do jovem por estar olhando, num painel de anúncios, contratos de caças e serviços diversos.
 
O pálido jovem se aproxima da anã, que possuía braços fortes e uma cicatriz na face, claros exemplos de experiência em combate, se apresenta enquanto a oferece uma cerveja e um contrato de serviço. E assim o jovem lorde conhece Nalippa, uma patrulheira bem vivida e que diz ter uma rixa pessoal com Orcs, aceitando o contrato na condição que o meio-elfo ajude-a com esta busca pessoal. Animado que enfim conseguiu sua primeira contratação, Belias estranha quando ouve o cuco de um relógio, badalando às 17h, mesmo que ele podendo jurar que fazia pouco mais de uma hora que havia saído de casa após almoçar...
 
Ele decide então já partir em rumo à Praça Cromática, onde a Feira de Negraluna sempre ocorreu e onde a nova feira também se sediará. Entretanto, ao voltar para sua carruagem, o convocador se depara com uma criatura estranha, um grande felino rajado, que o encara de maneira não muito amigável, então ele descobre que este é o companheiro animal de Nalippa, XXXX, um exótico animal chamado Tigre. No caminho, Belias percebe que seu relógio de bolso parecia estar com o mesmo problema que o relógio da taverna e pergunta para a anã se ela entendia do assunto e podia verificar se tem algo ocorrendo, e confirmando o pré-conceito do jovem nobre com enânicos, ela era de fato hábil com a mecânica, porém atestou que todas os sistemas internos estavam trabalhando devidamente e o relógio só aparentava estar adiantado mesmo, assim ela ajusta o horário e devolve o aparato.
 
Chegando nas instalações do festival, logo ao lado de onde a carruagem do lorde parou, uma dupla discute onde um homem alto de pele azulada perguntava onde estava a grandiosa Feira de Negraluna, da qual ele viajou de longe para prestigiar, e o outro, um homem devoto com roupas simples, retratava como a família era composta por hereges e que a feira estava melhor nas mãos da igreja. Vendo sua família sendo difamada, o meio-elfo foi de imediato em direção à dupla, enquanto Camélia o seguia, erguendo seu machado como uma guilhotina. Ao entender melhor a situação, o Negraluna descobre que o exótico viajante era Gansu, um bardo itinerante de terras distantes que chegou à Flamelight devido a fama da Feira de sua família, já o temente à Ortharr foi relembrado de maneira bem amistosa por Belias e Camélia que não existia prova alguma de tal afirmação e que Ortharr certamente estava de olho no pecado de calúnia conduzido pelo seu fiel seguidor. Enquanto o caluniador fugia da reluzente lâmina do machado, o jovem lorde pondera sobre o entusiasmo do menestrel para com o evento da família, além de confirmar que o mesmo estava armado com uma rapieira (o que Belias esperava que significasse que o jovem possuía alguma experiência em combate) e então ele decide oferecê-lo uma posição como membro de sua equipe. O viajante então ficou receoso em firmar um vínculo permanente, mas Belias o convenceu, apresentando a cláusula de rescisão que o contrato (cláusula 26) possuía e ainda, na busca de agradar o bardo, oferece remediar um contrato direto como artista residente da Feira, quando esta voltasse a acontecer.
 
Com Gansu na equipe, enquanto eles esperavam para o começo do evento, o meio-elfo se depara com uma figura peculiar, um halfling de meia idade, sorriso largo e uma cultivada pança, anunciando seu mais novo produto, a refrescante bebida Corínea, um líquido negro, borbulhante e açucarado, servido mais gelado que uma cerveja. O vendedor oferece ao bardo um gole, como amostra grátis, mas se frusta ao não conseguir concluir uma venda, então o convocador se aproxima e, ao notar que o líquido tinha uma origem alquímica e estava sendo produzido e comerciado por um halfling, ele de certo era um membro da nobre família Paracelsos. O jovem lorde então capricha no seu idioma halfling e se apresenta formalmente como alguém que reconhece a nobre origem do vendedor, medida tática para desarmar as conhecidas extorsões vinda dos pequenos. O alquimista então se apresenta como Ragadash Paracelsos e feliz pelo reconhecimento, oferece ao lorde uma garrafa do seu produto, como amostra, e ele comprova que de fato estava diante de uma ambrosia em forma líquida, e já oferece investimento por parte da Família Negraluna na produção da bebida em larga escala. Enquanto discute o empreendimento conjunto, o meio-elfo decide comprar mais duas garrafas da bebida, essas quais foram vendidas a preço de mercado (para desapontamento do jovem lorde que esperava um desconto após a oferta de parceria).
 
Se aproximando a noite, Belias nota a grande presença da igreja na feira e decide ser melhor colocar seus novos funcionários mais a par de sua atual situação. O jovem lorde explica que sua família sofreu calúnias de heresia contra a Igreja que culminou num recente incêndio à mansão Negraluna e que agora o mesmo estava em busca de seus agressores, o qual o jovem suspeitava envolver a família Auror, a qual já possuía uma recorrente rixa de mais de uma década. Ele mostra então o brasão da tal família e pede que se eles vissem algo ou alguém com o brasão, que reportassem a ele ou à sua fiel escudeira. Fora isso, ele pedem que aproveitem a noite, mas que evitassem problemas com a Igreja, e que não exagerassem, já que deviam estar à postos pela manhã prontos para se aventurarem.
 
Durante a feira, Gansu se separa, enquanto Belias se depara com uma aglomeração, um homem enorme se levanta como um mau perdedor enquanto grita que o oponente está trapaceando, enquanto isso, seu oponente, ainda sentado, solta a adaga e pede que o perdedor pague a aposta, estendendo uma peluda mão enquanto oculta sua face com um manto. O misterioso encapuzado então desafia o meio-elfo para uma disputa de jogo de faca, mas este recusa ao observar a destreza de seu oponente, além de reparar que o mesmo carrega consigo uma espada larga. Notando que está diante de outro potencial funcionário, o convocador oferece um contrato de emprego ao estranho viajante que então se apresenta como Geist e, agora exposto, demonstra ser um forte guerreiro Feral felino. A princípio o guerreiro fica receoso em firmar algo fixo, já que o mesmo queria continuar viajando e conhecendo o mundo, mas o jovem lorde afirma que para alcançar seu objetivo, cedo ou tarde ele precisaria viajar e que caso o feral assim o quisesse, poderia rescindir o contrato, conforme dizia a cláusula 26.
 
Enquanto o Negraluna contratava um novo mercenário para o bando, o bardo se depara com uma figura exótica em uma das barracas, uma jovem garota humana, com vestes ciganas, um corpo atraente e uma garrafa de bebida alcóolica na mão. A mesma estava gritando indignada com o atendente todas as injustiças cometidas pela igreja. Gansu, depois de hesitar se envolver com a herege, tenta acalmar a situação e tentar convence-la a cessar as ofensas à igreja, porém a tentativa não se sucede e guardas se aproximam para capturá-la, ela causa uma distração e foge e acaba sobrando para o bardo, que enrola os guardas pra evitar problemas e é salvo pelo gongo quando o resto da equipe busca ele. As atrações da feira começam a ser desmontadas antes mesmo da lua atingir zênite e o grupo decide então voltar para a taverna Caneco Virado, a qual o jovem lorde tem passado as noites na última semana.
 
Na taverna, enquanto o meio-elfo e sua equipe compartilhavam uma bebida, o prefeito Lorde Voldaren entra de forma abrupta no estabelecimento, com outros dois paladinos da Igreja de Ortharr, estes na busca de uma jovem herege que os foi reportado, causando uma arruaça na feira anteriormente. Gansu logo nota a presença da cigana no balcão do bar, extremamente aflita e que, quando nota um rosto conhecido na multidão, troca olhares de ameaça com o bardo já que ela teme que ele a entregue. Nisso o lorde diz que ninguém sairia da taverna até que alguém a entregasse e então começa a oferecer uma recompensa em dinheiro pela cabeça dela, chegando a oferecer 500 PO. Vendo que a pressão está aumentando a jovem se levanta do balcão, vai em direção à mesa da equipe, puxa uma cadeira e senta-se ao lado do bardo, lhe abraçando e se agarrando como velhos amigos, isso enquanto segurava um punhal contra seu abdômen, tudo isso enquanto o lorde começa ameaçar a prender todos os presentes se ninguém entregasse nada a eles, sentindo a pressão de ser ameaçado por ambos o lorde e a jovem, Gansu se desvencilha e se levanta da mesa, vai em direção ao lorde e diz que tem informações sobre quem eles procuram. Um dos paladinos o reconhece por tê-lo visto anteriormente na feira justamente quando eles foram capturar a moça e então o bardo descreve que ela possui longos cabelos negros e vestes incomuns, além de aparentar se nova, características que não ajudam muito a diferenciá-la, além disso, ele diz que a mesma não se encontra na atual taverna, já que ele a reconheceria se ali estivesse, e que provavelmente estava em outro lugar.
 
Dito isso, o lorde se alegre e diz que vai levar Gansu com eles, já que o mesmo sabe bastante. Vendo que seu funcionário se meteu em uma cilada, Belias se levanta da mesa e se apresenta para o prefeito, dizendo delicadamente que o bardo era seu novo funcionário, e que por mais que ele concorde que em ajudar a investigação da Igreja, o levando, que gostaria de retirá-lo do cárcere no próximo dia (de preferência são e salvo), o arcebispo acaba fazendo essa concessão e então parte da taverna com os dois guardas e o bardo. Voltando à mesa, o jovem lorde percebe que a moça ainda estava lá e se apresenta como Kaylah, o nobre diz que ela deveria oferecê-lo um bom motivo de não a entregar, já que além de não receber os 500 PO de recompensa, ele ainda teve um funcionário levado e a moça responde com uma ameaça, dizendo que eles deveriam simplesmente deixá-la ir que seria o melhor para eles. Irritado com a situação, já que mesmo eles tendo a salvo ela não deixa as ameaças, o meio-elfo insiste em fazer negociação, então a cigana se aproxima do Negraluna com um abraço, o que irrita Camélia, e diz que pra sobreviver nessa cidade, eles precisariam da ajuda dela, o que Belias já dispersa dizendo que ele nasceu lá e como um nobre, não precisaria depender dela, então Kaylah oferece garantir proteger Gansu para o nobre, mas este então retruca que, com ela sabendo do incêndio em sua mansão na semana passada, ela teria como ajudá-lo a encontrar quem são seus malfeitores. Ela fecha um acordo então nesses dois termo e fala para o grupo encontrá-la em uma taverna nas docas, a qual ela marca em seu mapa, no próximo dia para que ela retorne as informações que ele pediu. O convocador então diz que vai logo após o horário do almoço, assim que ele buscar Gansu da prisão, para confirmar que Gansu esteja são e salvo. Com o encontro marcado, Kaylah se despede e vai embora da taverna, e no momento que ela põe o pé para fora, o jovem nobre percebe que seus bolsos estão mais leves... ele até pede para Camélia a perseguir, mas sem sucesso.
 
Enquanto Belias, Nalippa e Geist dormiam na taverna, Gansu é levado a uma cela num galpão ao lado da catedral, Voldaren então questiona o bardo se ele já disse tudo que sabe, e o mesmo reforça que já disse tudo, então o bardo percebe a influência de uma compulsão mágica, e após resisti-la, o bardo faz o melhor para parecer estar sobre a influência de tal. Inconformado que desperdiçou seu tempo sem uma nova pista, o prefeito desiste e larga o bardo na prisão. Durante a madrugada, uma figura chega na janela da cela e joga uma chave para dentro da cela... por curiosidade, Gansu testa abrir a porta e a mesma abre, mas ele decide voltar a trancá-la e esconder a chave.
 
6 de Junos de 864DD
 
No outro dia, Belias acorda cedo e bate na porta de sua equipe e já desce tomar um café da manhã, eles se juntam à mesa, alguns minutos depois e se deparam com pães, frios e frutas, um dejejum humilde do ponto de vista do jovem lorde. Enquanto se alimentam, o Negraluna comenta sua certeza que seu encontro às docas é uma armadilha e pergunta a seus novos companheiros como ele deveria prosseguir, eles dizem estarem preparados para o combate, porém se este for o caso, o meio-elfo prefere envolver a Igreja, só que isto arriscaria perder a informação que ele negociou com ela. Considerando as opções, o jovem bola um plano e decide partir para a catedral.
 
Chegando na Igreja, Nalippa e Geist ficam admirados com a ostentação da catedral, a mesma se encontra com apenas poucos devotos que restaram depois do culto da manhã. Belias se direciona para a administração e é recebido a contra gosto, mas quando diz que tem negócios com o arcebispo, é imediatamente levado ao Lorde. Se encontrando com Voldaren, que reporta seu desprezar de não ter uma nova pista, o Negraluna aproveita a oportunidade e descreve que a garota que estão atrás se chama Kaylah e foi confirmada estar em alguma taverna no distrito das docas e pede então que um guarda o acompanhe em uma busca nas tavernas da região, mas isso após a equipe ver Gansu novamente. O prefeito decide dar o braço a torcer, mas ameaça o meio-elfo a ser retalhado se a busca se tornar um desperdício de tempo, e então um paladino vai ao galpão, solta Gansu e retorna com o mesmo. Após Gansu finalmente ter um momento pra apreciar a arte religiosa da catedral, a equipe se reúne na carruagem e o paladino enviado pelo prefeito os acompanha.
 
A cabine se torna pequena com o membro extra e, a princípio, Belias desconfia que o paladino, que não mostra seu rosto, seja alguém infiltrado trabalhando para Kaylah, depois de uns momentos de silêncio, o meio-elfo começa perguntar ao paladino seu nome, o que gostava de fazer e como era a vida de um paladino da Igreja e quanto ele ganhava pelo trabalho, mas o mesmo responde que seu nome não importa, sua vida era servir Ortharr e que trabalhava recebendo apenas alimento, já que a graça de Ortharr é o que lhe importava. Vendo que o papo não iria muito pra frente com o sr. Lavagem Cerebral, o meio-elfo então pede que ao chegar às docas, o paladino não os acompanhasse de imediato, pois ao ver a figura, Kaylah fugiria de imediato, talvez sem que nem eles notassem, então ele combina de encontrar primeiro a fugitiva e então sinalizar para que o guarda entre com o rugido do tigre.
 
Chegando na taverna combinada, a equipe entra sem o paladino, e se depara com uma taverna "vazia" com apenas Kaylah sentada em uma mesa, ao ver Gansu presente, a jovem diz que cumpriu sua parte do acordo, mas o Belias já começa a cobrando do que ela levou a mais na noite anterior, ela então devolve o saco de moedas e também o relógio de bolso, esse que o mesmo nem percebeu que havia perdido, e diz que foi apenas por precaução. O nobre retruca dizendo que ela não sabe fazer alianças, nem agradece aqueles que se arriscaram para poupá-la na noite anterior... além disso, o meio-elfo reforça que essa era apenas parte do acordo e então Kaylah diz que deu trabalho, já que a maior parte deles estava mutilados, mas ela conseguiu falar com um dos mercenário que participou do ataque à mansão e que os mesmo só estavam cumprindo um contrato e que este contrato foi quaternizado por alguém que não queria ser identificado. Ela então o entrega um mapa com um endereço, fora das muralhas, de um contato que poderia ajudar encontrar o contratante, mas o resto seria por conta do nobre.
 
Kaylah então diz que agora estava tudo resolvido e que o jovem lorde agora estava lhe devendo um favor, ele devolve dizendo que ela estava sendo incoerente, já que esta negociação é referente ao ocorrido na noite anterior, ela então diz a ele que se ele não concorda, que deveria devolver o endereço a ela. Irritado, o Negraluna então pede pra Camélia anotar o endereço, e a mesma faz um breve esboço do mapa, e então o nobre devolve o mapa para a cigana, já que a mesma sempre agia como se estivesse em situação de vantagem, sempre oferecendo propostas ruins como se ela fosse a única opção para o nobre. O convocador então se levanta e parte para a porta, enquanto sinaliza para os outros saírem e que Nalippa fizesse o sinal com seu tigre, para que o paladino entrasse. Quando saem, eles se deparam com o paladino esfaqueado e uma poça de sangue embaixo do mesmo, mas para o alívio do Negraluna, Joseph, o motorista estava vivo e a salvo. O jovem lorde fala para que todos subam de imediato a bordo e que o condutor parta de imediato em direção para a catedral. Mas é no caminho que algo acontece...
 

- RESET -


 
5 de Junos de 864DD (- Virgo 35)
 
Belias, desanimado por ter passado a última semana buscando aventureiros, para formar sua equipe, sem nenhum sucesso, entra em uma taverna de qualidade duvidosa no Distrito do Sol, ao ver que o atendente é um gnomo, uma enorme sensação de déja vu bate e memórias deste dia já vivido veem a mente tanto dele quanto da Camélia, e ambos se apoiam, um no outro, desorientados. Então o jovem lorde avista uma forte anã com uma cicatriz em sua face, perto do painel de anúncios. "Nalippa?", exclama o meio-elfo, e ao ouvir a voz do garoto de madeixas prateadas, a patrulheira passa pela mesma desconcertante sensação enquanto suas memória começam a surgir. Eles se sentam em uma mesa, ainda desorientados e, agora conhecendo a personalidade do gnomo, Belias fala para a anã pedir uma cerveja pra eles e o anfitrião então cobra um quarto do preço da vez anterior.
 
Nalippa repara em algo diferente, estranho, no painel de anúncios, ao invés de caças e serviços, só haviam cartazes de pessoas desaparecidas, quando questionou o taverneiro sobre o fato, o mesmo respondeu que ela só podia ser um viajante se não estava sabendo dos espectros que tem atacado a cidade. Vendo que certas coisas não batem com suas memórias, Belias vai até seu Zé, como carinhosamente chama Joseph, pra confirmar os acontecimentos recentes, se sua mansão foi mesmo incendiada e se sua família conseguiu escapar a salvo, e nisto tudo bateu exatamente com suas memórias. O jovem lorde então pergunta para a patrulheira se ela ainda queria trabalhar pra ele e ela aceita, então Camélia novamente a entrega o contrato e Joseph seu pagamento. Eles então ouvem o sino da Igreja como se fosse meia noite, enquanto o relógio de bolso diz que é 22h e o cuco da taverna soa como 20h.
 
O pessoal vai pra carruagem, o meio-elfo se depara com o felino rajado e este desta vez o reconhece e age de forma amistosa. A equipe então parte em direção para Praça Cromática, onde a feira ocorrerá, seu Zé vai a toda velocidade e quando o jovem lorde questiona o por que da pressa, o condutor se surpreende e diz que foi ordens dele mesmo para evitar encontros com os tais espectros. Chegando na praça, eles se deparam com dois homens discutindo e o meio-elfo ignora o discurso de ódio do devoto enquanto pergunta pra Gansu se o mesmo se lembrava do que havia ocorrido, no que ele se esforça pra entender o que está acontecendo, o mesmo sentimento bate no bardo enquanto suas memórias voltam. O jovem lorde reoferece a posição na equipe para o cabeça-de-vento que recebe novamente o contrato.
 
Quando se depara com um halfling de meia idade vendendo um novo produto, o convocador já chega chamando o alquimista pelo nome, enquanto diz que já estava sabendo sobre seu novo revolucionário produto e fala então para Camélia entregar o cartão do escritório da família para que os dois acertem os detalhes sobre o negócio em conjunto. Assustado e extasiado pelo reconhecimento e pela oportunidade, Ragadash até chora de alegria e oferece uma garrafa de Córinea para cada um dos 3 como brinde pela feliz negociação. Depois do vendedor sair saltitante, o grupo se depara com um Feral encapuzado jogando um jogo de facas, mas seu dejá vu bate durante a partida e o mesmo se fura com o punhal. O outrora mau perdedor, se levanta gargalhando, bradando que sabia que jamais seria derrotado, enquanto o Geist paga a aposta e se desvencilha da multidão para tentar entender o que está acontecendo, eis que ele então se depara com Negraluna e sua equipe, com o mesmo já perguntando se o feral se lembrava de todo o ocorrido.
 
Depois de recontratar o guerreiro, o grupo parte em direção a tenda onde o bardo viu Kaylah causar uma arruaça na vez anterior, porém quando se aproximam, Camélia nota que a mesma já não estava na tenda e sim fugindo desesperada pra um beco. O grupo corre atrás dela e quando chegam no beco ouvem o grito da mesma, o jovem lorde grita o nome da moça, mas se depara com a mesma caída no chão enquanto um espectro assumia sua aparência, mas não exatamente idêntica, e sim uma aparência mais decadente e pútrida. Camélia toma a frente, entrega a besta leve ao seu mestre, larga sua enorme mochila no chão e parte em direção a aparição, a equipe então se prepara e um combate começa. Logo de começo a equipe percebe que armas comuns não afetam a criatura já que a flecha de Geist praticamente passa reto pela criatura, enquanto o machado da empregada acabou de conectar e ferir a mesma. Durante o combate, novos espectros surgem, cada um com a aparência distorcida de um dos integrantes: a de Camélia tinha um rosto morcegal e asas decaídas, Geist com uma juba falha e aparência mais bestial, Gansu com um aspecto esquelético e envolto uma nuvem pútrida, Nalippa com aspecto de morta-viva e mais cicatrizes desfigurando sua face, enquanto o espectro de Belias era estramente similar ao jovem, porém com cabelos negros, olhos inteiramente rubros e um sorriso de tamanho desproporcional, quase como uma lua crescente.
 
Um a um, os espectros são derrotados pelos machados de Nalippa e Camélia, e a espada longa de Geist, com Gansu entoando Mantras que beneficiam toda a equipe e Belias usando suas convocações estelares para acelerar seus aliado e trazer criaturas pra ajudá-los. Depois dos 6 espectros serem disperços, a equipe percebe que a jovem Kaylah ainda estava viva, o jovem lorde tenta perguntar se ela tem memórias deles já terem se conhecido, mas ela diz que não e uso o resto de seu pouco fôlego para dizer que eles deviam procurar o Relojoeiro. Confuso com a inesperada solicitação, o convocador então cobre a garota com uma capa e o bardo conjura uma cura na moça. Camélia então a carrega a garota para a carruagem, e ela, recobrando a consciência, diz a Joseph a localização da loja.
 
Chegando na loja, que estava fechada, apenas uma luz acessa no fundo, o nobre então bate na porta e ouve um "já vai". Depois de um tempo, a figura perdida aparece, extremamente acelerado, e o jovem lorde pede desculpas por aparecer tarde da noite, mas ele pergunta se o relojoeiro sabia o que estava acontecendo, ele diz então que os relógios estão malucos e que estava trabalhando em algo, então ele pede um momento, e diz para a equipe esperar na entrada, então volta para a oficina e....
 

- RESET -


 
5 de Junos de 864DD (- Virgo 35?)
 
A carruagem chega na loja, apenas uma luz na parte do fundo da loja, ao bater na porta do estabelecimento, o jovem lorde sente aquele já conhecido déja vu e, quando a porta se abre ele novamente se desculpa por incomodar tarde da noite e quando ele pede ajuda ao relojoeiro e o mesmo diz que vai para oficina o nobre na hora o impede desesperado, sem entender ele convida todos para a oficina e quando entram, se deparam com um enorme planetário. O relojoeiro enfim se apresenta como Aaron Blackwell e diz que está trabalhando em uma máquina extremamente precisa pra medir o tempo, porém toda vez que ele a ativa, ela falha. O convocador então conjura um Detectar Magia no aparato e uma fortíssima emana, quase o cegando. Perguntando sobre quem foi o poderoso mago que fez aquela forte magia, Aaron então chama seu parceiro, alguém com sua mesma exata aparência que ele, e que quando perguntado, ele apenas diz que é o relojoeiro. Confusos com a aparição de um clone/irmão de Aaron, o mesmo reafirma sua frustação com a máquina não funcionar, isso enquanto puxa a alavanca e....
 

- RESET -


 
5 de Junos de 864DD (- Virgo 43)
 
A equipe é chamada pelo relojoeiro para visitar sua oficina e o jovem lorde tem novamente a sensação de déja vu. Dentro da oficina, além de se depararem com o planetário e Aaron reclamando que sua máquina não funciona, a equipe se depara com alguém muito semelhante ao relojoeiro, porém com aparência algumas décadas mais velho, com cabelos grisalhos. O meio-elfo tenta explicar a Aaron então que ele não criou uma ferramenta para medir o tempo e sim para viajar através dele, e este acha impossível algo assim existir, então buscando uma forma de provar seu ponto, Belias pergunta então ao relojoeiro, uma palavra, frase ou sentença que ele pudesse falar que faria o mesmo acreditar de imediato que alguém só poderia saber se fosse um viajante no tempo, algo que pudesse ser usado para qualquer versão dele e Aaron diz: EL PSY KONGROO. O meio-elfo então puxa a alavanca do planetário e então...
 

- TIME WARP -


 
12 de Maio de 2002 EC - Linha de Mundo C-137
 
Atordoado, Negraluna se vê diante da Relojoaria, junto de Camélia, porém o conhecido para o meio-elfo terminava ali, já que ele percebe que a rua está bem mais larga e os paralelepípedos de pedra davam lugar a uma escura rocha lisa e uniforme, com marcações brancas e amarelas, trafegadas por carruagens metálicas que rugem como bestas mesmo sem ter nenhuma puxando-a, os transeuntes todos usando roupas diferentes e coloridas, mais exóticas que qualquer nobre já sonhou. Ao tentar atravessar a rua, várias das carruagens param é começam a urrar barulhos estridentes, enquanto seus condutores gritam: "sai do meio da rua esquisitão!".Voltando para a calçada, ao lado da loja, o convocador vê um estabelecimento escrito Cinema, num letreiro escrito Estréia: Guerra nas Estrelas - Ataque dos Clones, olhando na vitrine ele nota que o lugar é um teatro sem atores, exibindo magicamente imagens e sons a pré-gravados a partir de um painel. Extasiado com tantas novidades, Belias sente-se atordoado e...
 

- TIME WARP -


 
5 de Junos de 864DD (- Virgo 50)
 
Belias percebe estar de volta na Relojoaria e ouve o relojoeiro dizendo: "tá vendo, não funciona! Eu puxo a alavanca e nada acontece". O jovem lorde então diz a famigerada frase para provar ter viajado no tempo e tenta explicar então a Aaron que ele não criou uma ferramenta precisa para medir o tempo e sim uma máquina para navegar pelo tempo e comentam então que além de ter vivido este mesmo dia inúmeras vezes, ele esteve em uma outra época com carruagens de aço que se movem sozinha, além de pedir para Camélia anotar a ideia do Cinema para depois. O engenheiro então reclama que independente do fato, sua máquina não funcionava mais. O convocador então conjura um Detectar Magia novamente na máquina e percebe que o planetário está totalmente depleto de magia. Repassando esse fato, o meio-elfo pergunta aonde está a cópia/irmão do relojoeiro e ele fica intrigado com a pergunta e diz que sempre esteve só ele lá, o que o resto da equipe também confirma. Sobre a magia, Aaron diz que vai entrar em contato com o fornecedor de suas peças e pede para a equipe voltar no outro dia.
 
A equipe volta para a carruagem e o jovem lorde percebe que Kaylah não estava presente. Perguntando ao seu Zé, ele diz que ela nunca esteve lá e quando perguntando quem foi que passou a ele o endereço deste estabelecimento ele diz que foi o próprio lorde. Eles decidem voltar para o Caneco Torto para descansar após o longíssimo dia. Chegando na taverna, Nalippa e Geist sobem para seus aposentos, o meio-elfo decide ficar no salão e tomar uma gelada depois do cansativo dia e o bardo o acompanha. Os dois começam a bater as informações pra ver o quanto Belias estava dessincronizado do resto da equipe. Eis que então entra na taverna o Arcebispo Voldaren, com seus dois paladinos, em busca da jovem herege que causou uma bagunça na feira anterior. A esse ponto, o convocador já tava até esquecendo deste problema, mas ao se lembrar da dor de cabeça causada a ele pela Kaylah, ele percebe que ela estava sim presente no balcão, então ele se levanta, se apresenta ao Lorde, descreve exatamente a aparência e nome da mesma, que fica desesperada em choque no fundo da taverna, e então ele aponta sua localização para os paladinos, que a capturam na mesma hora. Confusa, antes de ser levada ela pergunta ao nobre: "Mas como? Eu nem te conheço!". O prefeito então agradece o serviço do nobre e se despede.
 
Voltando a mesa, o convocador então pergunta para Gansu se o mesmo estava com a tal chave que ele comentou ter sido entregue pra ele na prisão por estranhos, e quando este confirma, o meio-elfo fala pro bardo que eles tem uma missão agora. O jovem lorde então pegunta para dona Maria se a mesma tinha dois cavalos para que ele pudesse alugar pela noite. A taverneira diz que não teria, mas poderia abrir uma exceção para seu fiel cliente. Belias e Gansu cavalgam então até a catedral e o bardo mostra a localização do galpão e da janela que dava para sua cela. Para confirmar, o convocador chama por Kaylah, que pergunta quem é, ele responde jogando a chave para dentro da cela. Ela insiste em perguntar quem era o benfeitor e o lorde responde: Negraluna.
 
Ao som do portão da cela se abrindo, os dois partem de volta para a taverna para enfim descansarem.

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  1. Background pt I - Primeira Convocação: Camélia
    30 de Nonenius de 850 DD
  2. Background pt II - O Torneio Arcano
    24 de Junos de 851 DD
  3. Background pt III - Desafio de Inscrição
    1 de Maya de 853 DD
  4. Background pt IV - Esquadrão Chifres Gêmeos
    2 de Maya de 853 DD
  5. Background pt V - Grande Caçada na Feira da Negraluna
    31 de Orthanius de 858 DD
  6. Background pt VI - Ataque à Mansão Negraluna
    29 de Maya de 864DD
  7. Sessão I - Anomalias temporais
    5 de Junos de 864DD (- Virgo 1)
  8. Sessão II - Destinos do Zodíaco
    6 de Junos de 864 DD - Virgo 50 ? (Capricorn 1)
  9. Sessão III - Verdades sob o luar
    5 de Junos de 864 DD - Capricorn Omega (359)
  10. Sessão IV - Império de Ferro
    7 de Junos de 864 DD - Virgo 50
  11. Sessão V - Devorador do Tempo
    7 de Junos de 864 DD - Cancer 12
  12. Sessão VI - Em busca do Grande Deus Eroas
    Terça, 8 de Junos de 864
  13. Sessão VII - Negócios e Bruxarias
    Terça, 8 de Junos de 864
  14. Sessão VIII - Viagem além das muralhas
    Quinta, 10 de Junos de 864
  15. Sessão IX - A Praga do Riso
    Sexta, 11 de Junos de 864
  16. Sessão X - Bem vindo à Vienard
    Sábado, 12 de Junos de 864DD
  17. Sessão XI - Desventuras em Grandecedro
    Segunda, 14 de Junos de 864DD