Depois de uma semana buscando por aventureiros para contratar, Belias já estava desanimado, mesmo seus anos de experiência na guilda Chifre Torto não estavam o ajudando a encontrar mercenários hábeis e disponíveis. Talvez seja pela sua atitude espalhafatosa, talvez por não quererem se associar à sua família, enfim, como última tentantiva, o meio-elfo agora decidiu visitar as tavernas de qualidade mais duvidosa no Distrito do Sol.
Eis que a carruagem para e Belias, junto de Camélia, entra numa taverna de um gnomo larápio, que se aproveita do aparente status do jovem lorde para cobrar mais caro por seus serviços. Era o período da tarde, que já é esperado ser o horário de menor movimento, mas o fato estava mais evidente já que grande parte da população estava ansiosa para ver como seria a nova feira de Flamelight, sem a administração da Família Negraluna, primeira vez desde que o fundador da feira, o elfo Aramias Negraluna a criou 300 anos atrás. Entre os poucos clientes que podiam ser contados nos dedos, uma anã chama a atenção do jovem por estar olhando, num painel de anúncios, contratos de caças e serviços diversos.
O pálido jovem se aproxima da anã, que possuía braços fortes e uma cicatriz na face, claros exemplos de experiência em combate, se apresenta enquanto a oferece uma cerveja e um contrato de serviço. E assim o jovem lorde conhece Nalippa, uma patrulheira bem vivida e que diz ter uma rixa pessoal com Orcs, aceitando o contrato na condição que o meio-elfo ajude-a com esta busca pessoal. Animado que enfim conseguiu sua primeira contratação, Belias estranha quando ouve o cuco de um relógio, badalando às 17h, mesmo que ele podendo jurar que fazia pouco mais de uma hora que havia saído de casa após almoçar...
Ele decide então já partir em rumo à Praça Cromática, onde a Feira de Negraluna sempre ocorreu e onde a nova feira também se sediará. Entretanto, ao voltar para sua carruagem, o convocador se depara com uma criatura estranha, um grande felino rajado, que o encara de maneira não muito amigável, então ele descobre que este é o companheiro animal de Nalippa, XXXX, um exótico animal chamado Tigre. No caminho, Belias percebe que seu relógio de bolso parecia estar com o mesmo problema que o relógio da taverna e pergunta para a anã se ela entendia do assunto e podia verificar se tem algo ocorrendo, e confirmando o pré-conceito do jovem nobre com enânicos, ela era de fato hábil com a mecânica, porém atestou que todas os sistemas internos estavam trabalhando devidamente e o relógio só aparentava estar adiantado mesmo, assim ela ajusta o horário e devolve o aparato.
Chegando nas instalações do festival, logo ao lado de onde a carruagem do lorde parou, uma dupla discute onde um homem alto de pele azulada perguntava onde estava a grandiosa Feira de Negraluna, da qual ele viajou de longe para prestigiar, e o outro, um homem devoto com roupas simples, retratava como a família era composta por hereges e que a feira estava melhor nas mãos da igreja. Vendo sua família sendo difamada, o meio-elfo foi de imediato em direção à dupla, enquanto Camélia o seguia, erguendo seu machado como uma guilhotina. Ao entender melhor a situação, o Negraluna descobre que o exótico viajante era Gansu, um bardo itinerante de terras distantes que chegou à Flamelight devido a fama da Feira de sua família, já o temente à Ortharr foi relembrado de maneira bem amistosa por Belias e Camélia que não existia prova alguma de tal afirmação e que Ortharr certamente estava de olho no pecado de calúnia conduzido pelo seu fiel seguidor. Enquanto o caluniador fugia da reluzente lâmina do machado, o jovem lorde pondera sobre o entusiasmo do menestrel para com o evento da família, além de confirmar que o mesmo estava armado com uma rapieira (o que Belias esperava que significasse que o jovem possuía alguma experiência em combate) e então ele decide oferecê-lo uma posição como membro de sua equipe. O viajante então ficou receoso em firmar um vínculo permanente, mas Belias o convenceu, apresentando a cláusula de rescisão que o contrato (cláusula 26) possuía e ainda, na busca de agradar o bardo, oferece remediar um contrato direto como artista residente da Feira, quando esta voltasse a acontecer.
Com Gansu na equipe, enquanto eles esperavam para o começo do evento, o meio-elfo se depara com uma figura peculiar, um halfling de meia idade, sorriso largo e uma cultivada pança, anunciando seu mais novo produto, a refrescante bebida Corínea, um líquido negro, borbulhante e açucarado, servido mais gelado que uma cerveja. O vendedor oferece ao bardo um gole, como amostra grátis, mas se frusta ao não conseguir concluir uma venda, então o convocador se aproxima e, ao notar que o líquido tinha uma origem alquímica e estava sendo produzido e comerciado por um halfling, ele de certo era um membro da nobre família Paracelsos. O jovem lorde então capricha no seu idioma halfling e se apresenta formalmente como alguém que reconhece a nobre origem do vendedor, medida tática para desarmar as conhecidas extorsões vinda dos pequenos. O alquimista então se apresenta como Ragadash Paracelsos e feliz pelo reconhecimento, oferece ao lorde uma garrafa do seu produto, como amostra, e ele comprova que de fato estava diante de uma ambrosia em forma líquida, e já oferece investimento por parte da Família Negraluna na produção da bebida em larga escala. Enquanto discute o empreendimento conjunto, o meio-elfo decide comprar mais duas garrafas da bebida, essas quais foram vendidas a preço de mercado (para desapontamento do jovem lorde que esperava um desconto após a oferta de parceria).
Se aproximando a noite, Belias nota a grande presença da igreja na feira e decide ser melhor colocar seus novos funcionários mais a par de sua atual situação. O jovem lorde explica que sua família sofreu calúnias de heresia contra a Igreja que culminou num recente incêndio à mansão Negraluna e que agora o mesmo estava em busca de seus agressores, o qual o jovem suspeitava envolver a família Auror, a qual já possuía uma recorrente rixa de mais de uma década. Ele mostra então o brasão da tal família e pede que se eles vissem algo ou alguém com o brasão, que reportassem a ele ou à sua fiel escudeira. Fora isso, ele pedem que aproveitem a noite, mas que evitassem problemas com a Igreja, e que não exagerassem, já que deviam estar à postos pela manhã prontos para se aventurarem.
Durante a feira, Gansu se separa, enquanto Belias se depara com uma aglomeração, um homem enorme se levanta como um mau perdedor enquanto grita que o oponente está trapaceando, enquanto isso, seu oponente, ainda sentado, solta a adaga e pede que o perdedor pague a aposta, estendendo uma peluda mão enquanto oculta sua face com um manto. O misterioso encapuzado então desafia o meio-elfo para uma disputa de jogo de faca, mas este recusa ao observar a destreza de seu oponente, além de reparar que o mesmo carrega consigo uma espada larga. Notando que está diante de outro potencial funcionário, o convocador oferece um contrato de emprego ao estranho viajante que então se apresenta como Geist e, agora exposto, demonstra ser um forte guerreiro Feral felino. A princípio o guerreiro fica receoso em firmar algo fixo, já que o mesmo queria continuar viajando e conhecendo o mundo, mas o jovem lorde afirma que para alcançar seu objetivo, cedo ou tarde ele precisaria viajar e que caso o feral assim o quisesse, poderia rescindir o contrato, conforme dizia a cláusula 26.
Enquanto o Negraluna contratava um novo mercenário para o bando, o bardo se depara com uma figura exótica em uma das barracas, uma jovem garota humana, com vestes ciganas, um corpo atraente e uma garrafa de bebida alcóolica na mão. A mesma estava gritando indignada com o atendente todas as injustiças cometidas pela igreja. Gansu, depois de hesitar se envolver com a herege, tenta acalmar a situação e tentar convence-la a cessar as ofensas à igreja, porém a tentativa não se sucede e guardas se aproximam para capturá-la, ela causa uma distração e foge e acaba sobrando para o bardo, que enrola os guardas pra evitar problemas e é salvo pelo gongo quando o resto da equipe busca ele. As atrações da feira começam a ser desmontadas antes mesmo da lua atingir zênite e o grupo decide então voltar para a taverna Caneco Virado, a qual o jovem lorde tem passado as noites na última semana.
Na taverna, enquanto o meio-elfo e sua equipe compartilhavam uma bebida, o prefeito Lorde Voldaren entra de forma abrupta no estabelecimento, com outros dois paladinos da Igreja de Ortharr, estes na busca de uma jovem herege que os foi reportado, causando uma arruaça na feira anteriormente. Gansu logo nota a presença da cigana no balcão do bar, extremamente aflita e que, quando nota um rosto conhecido na multidão, troca olhares de ameaça com o bardo já que ela teme que ele a entregue. Nisso o lorde diz que ninguém sairia da taverna até que alguém a entregasse e então começa a oferecer uma recompensa em dinheiro pela cabeça dela, chegando a oferecer 500 PO. Vendo que a pressão está aumentando a jovem se levanta do balcão, vai em direção à mesa da equipe, puxa uma cadeira e senta-se ao lado do bardo, lhe abraçando e se agarrando como velhos amigos, isso enquanto segurava um punhal contra seu abdômen, tudo isso enquanto o lorde começa ameaçar a prender todos os presentes se ninguém entregasse nada a eles, sentindo a pressão de ser ameaçado por ambos o lorde e a jovem, Gansu se desvencilha e se levanta da mesa, vai em direção ao lorde e diz que tem informações sobre quem eles procuram. Um dos paladinos o reconhece por tê-lo visto anteriormente na feira justamente quando eles foram capturar a moça e então o bardo descreve que ela possui longos cabelos negros e vestes incomuns, além de aparentar se nova, características que não ajudam muito a diferenciá-la, além disso, ele diz que a mesma não se encontra na atual taverna, já que ele a reconheceria se ali estivesse, e que provavelmente estava em outro lugar.
Dito isso, o lorde se alegre e diz que vai levar Gansu com eles, já que o mesmo sabe bastante. Vendo que seu funcionário se meteu em uma cilada, Belias se levanta da mesa e se apresenta para o prefeito, dizendo delicadamente que o bardo era seu novo funcionário, e que por mais que ele concorde que em ajudar a investigação da Igreja, o levando, que gostaria de retirá-lo do cárcere no próximo dia (de preferência são e salvo), o arcebispo acaba fazendo essa concessão e então parte da taverna com os dois guardas e o bardo. Voltando à mesa, o jovem lorde percebe que a moça ainda estava lá e se apresenta como Kaylah, o nobre diz que ela deveria oferecê-lo um bom motivo de não a entregar, já que além de não receber os 500 PO de recompensa, ele ainda teve um funcionário levado e a moça responde com uma ameaça, dizendo que eles deveriam simplesmente deixá-la ir que seria o melhor para eles. Irritado com a situação, já que mesmo eles tendo a salvo ela não deixa as ameaças, o meio-elfo insiste em fazer negociação, então a cigana se aproxima do Negraluna com um abraço, o que irrita Camélia, e diz que pra sobreviver nessa cidade, eles precisariam da ajuda dela, o que Belias já dispersa dizendo que ele nasceu lá e como um nobre, não precisaria depender dela, então Kaylah oferece garantir proteger Gansu para o nobre, mas este então retruca que, com ela sabendo do incêndio em sua mansão na semana passada, ela teria como ajudá-lo a encontrar quem são seus malfeitores. Ela fecha um acordo então nesses dois termo e fala para o grupo encontrá-la em uma taverna nas docas, a qual ela marca em seu mapa, no próximo dia para que ela retorne as informações que ele pediu. O convocador então diz que vai logo após o horário do almoço, assim que ele buscar Gansu da prisão, para confirmar que Gansu esteja são e salvo. Com o encontro marcado, Kaylah se despede e vai embora da taverna, e no momento que ela põe o pé para fora, o jovem nobre percebe que seus bolsos estão mais leves... ele até pede para Camélia a perseguir, mas sem sucesso.
Enquanto Belias, Nalippa e Geist dormiam na taverna, Gansu é levado a uma cela num galpão ao lado da catedral, Voldaren então questiona o bardo se ele já disse tudo que sabe, e o mesmo reforça que já disse tudo, então o bardo percebe a influência de uma compulsão mágica, e após resisti-la, o bardo faz o melhor para parecer estar sobre a influência de tal. Inconformado que desperdiçou seu tempo sem uma nova pista, o prefeito desiste e larga o bardo na prisão. Durante a madrugada, uma figura chega na janela da cela e joga uma chave para dentro da cela... por curiosidade, Gansu testa abrir a porta e a mesma abre, mas ele decide voltar a trancá-la e esconder a chave.
6 de Junos de 864DD
No outro dia, Belias acorda cedo e bate na porta de sua equipe e já desce tomar um café da manhã, eles se juntam à mesa, alguns minutos depois e se deparam com pães, frios e frutas, um dejejum humilde do ponto de vista do jovem lorde. Enquanto se alimentam, o Negraluna comenta sua certeza que seu encontro às docas é uma armadilha e pergunta a seus novos companheiros como ele deveria prosseguir, eles dizem estarem preparados para o combate, porém se este for o caso, o meio-elfo prefere envolver a Igreja, só que isto arriscaria perder a informação que ele negociou com ela. Considerando as opções, o jovem bola um plano e decide partir para a catedral.
Chegando na Igreja, Nalippa e Geist ficam admirados com a ostentação da catedral, a mesma se encontra com apenas poucos devotos que restaram depois do culto da manhã. Belias se direciona para a administração e é recebido a contra gosto, mas quando diz que tem negócios com o arcebispo, é imediatamente levado ao Lorde. Se encontrando com Voldaren, que reporta seu desprezar de não ter uma nova pista, o Negraluna aproveita a oportunidade e descreve que a garota que estão atrás se chama Kaylah e foi confirmada estar em alguma taverna no distrito das docas e pede então que um guarda o acompanhe em uma busca nas tavernas da região, mas isso após a equipe ver Gansu novamente. O prefeito decide dar o braço a torcer, mas ameaça o meio-elfo a ser retalhado se a busca se tornar um desperdício de tempo, e então um paladino vai ao galpão, solta Gansu e retorna com o mesmo. Após Gansu finalmente ter um momento pra apreciar a arte religiosa da catedral, a equipe se reúne na carruagem e o paladino enviado pelo prefeito os acompanha.
A cabine se torna pequena com o membro extra e, a princípio, Belias desconfia que o paladino, que não mostra seu rosto, seja alguém infiltrado trabalhando para Kaylah, depois de uns momentos de silêncio, o meio-elfo começa perguntar ao paladino seu nome, o que gostava de fazer e como era a vida de um paladino da Igreja e quanto ele ganhava pelo trabalho, mas o mesmo responde que seu nome não importa, sua vida era servir Ortharr e que trabalhava recebendo apenas alimento, já que a graça de Ortharr é o que lhe importava. Vendo que o papo não iria muito pra frente com o sr. Lavagem Cerebral, o meio-elfo então pede que ao chegar às docas, o paladino não os acompanhasse de imediato, pois ao ver a figura, Kaylah fugiria de imediato, talvez sem que nem eles notassem, então ele combina de encontrar primeiro a fugitiva e então sinalizar para que o guarda entre com o rugido do tigre.
Chegando na taverna combinada, a equipe entra sem o paladino, e se depara com uma taverna "vazia" com apenas Kaylah sentada em uma mesa, ao ver Gansu presente, a jovem diz que cumpriu sua parte do acordo, mas o Belias já começa a cobrando do que ela levou a mais na noite anterior, ela então devolve o saco de moedas e também o relógio de bolso, esse que o mesmo nem percebeu que havia perdido, e diz que foi apenas por precaução. O nobre retruca dizendo que ela não sabe fazer alianças, nem agradece aqueles que se arriscaram para poupá-la na noite anterior... além disso, o meio-elfo reforça que essa era apenas parte do acordo e então Kaylah diz que deu trabalho, já que a maior parte deles estava mutilados, mas ela conseguiu falar com um dos mercenário que participou do ataque à mansão e que os mesmo só estavam cumprindo um contrato e que este contrato foi quaternizado por alguém que não queria ser identificado. Ela então o entrega um mapa com um endereço, fora das muralhas, de um contato que poderia ajudar encontrar o contratante, mas o resto seria por conta do nobre.
Kaylah então diz que agora estava tudo resolvido e que o jovem lorde agora estava lhe devendo um favor, ele devolve dizendo que ela estava sendo incoerente, já que esta negociação é referente ao ocorrido na noite anterior, ela então diz a ele que se ele não concorda, que deveria devolver o endereço a ela. Irritado, o Negraluna então pede pra Camélia anotar o endereço, e a mesma faz um breve esboço do mapa, e então o nobre devolve o mapa para a cigana, já que a mesma sempre agia como se estivesse em situação de vantagem, sempre oferecendo propostas ruins como se ela fosse a única opção para o nobre. O convocador então se levanta e parte para a porta, enquanto sinaliza para os outros saírem e que Nalippa fizesse o sinal com seu tigre, para que o paladino entrasse. Quando saem, eles se deparam com o paladino esfaqueado e uma poça de sangue embaixo do mesmo, mas para o alívio do Negraluna, Joseph, o motorista estava vivo e a salvo. O jovem lorde fala para que todos subam de imediato a bordo e que o condutor parta de imediato em direção para a catedral. Mas é no caminho que algo acontece...