Finnir Majii
Finnir Majii
Physical Description
Condição Física Geral
Parece um jovem adulto, entre seus 20-25 anos.
Possui o corpo alto e esguio, uma cintura mais fina, costas definidas.
Traços Corporais
Mantém o cabelo e barbas arrumados na medida do possível. Tem o corpo definido e novas cicatrizes que o percorrem.
Suas tatuagens mágicas são vermelhas e passam pelo corpo todo.
Traços Faciais
Possui uma expressão gentil, apesar das olheiras e expressões duras consigo mesmo, como se já tivesse vivido mais do que o resto do corpo mostra.
Traços Únicos
Olhos penetrantes e vermelhos, que parecem brilhar no escuro, além das tatuagens espalhadas pelo corpo todo.
Habilidades Especiais
Como Qareen, adora realizar desejos, mesmo que poucas pessoas o façam.
Equipamento e Acessórios
Usa uma armadura de couro leve, carrega sempre o cantil e caneca bem próximos, além de ter 9 anéis que simbolizam cada membro da familia e um caderno de viagens onde anota tudo, além de algumas fotos
Equipamento Especializado
Proficiente em armas marciais e possui o oficio de culinaria.
Mental characteristics
Sexuality
Bissexual
Estudo
Quando mais novo, estudou em uma Academia Arcana, mas ao se formar decidiu parar de seguir como mago, o que enfureceu seu pai, que gostaria que ele assumisse seu lugar como lider da familia.
Conquistas e Realizações
Abriu duas grandes e famosas tavernas, uma no porto de Twentie e outra em Tranquil.
Fracassos e Vergonhas
Se envergonha por ser fraco.
Ele acha que falhou com a Kara, que não foi o que ela precisava em um momento de necessidade.
Traumas Mentais
Tem trauma de abandono.
Acha que as pessoas não o levam a sério.
Características Intelectuais
É uma pessoa muito curiosa e isso pode fazer ele se contradizer as vezes.
Moral e Filosofia
Finnir é uma pessoa bondosa, mas tem seu limite.
Personality Characteristics
Gostos e Aversões
Ama sucos e doces de morango, cerveja preta, comidas mais ácidas.
Odeia verduras com texturas estranhas, tipo beringela, desperdicio de comida.
Higiene
Toma banho duas vezes por dia se deixar

Um Qareen jovem, filho mais velho de uma família de arcanistas.
View Character Profile
Tendência
Chaotic Good
Age
103
Date of Birth
17 de Viernes de 589
Local de Nascimento
Twentie
Children
Residência Atual
Tranquil
Gender
Masculino
Olhos
Vermelhos
Cabelo
Cinza/Branco
Cor da Pele
Negro
Altura
1.90
Peso
75
37ª sessão - O Amanhecer de um Novo Dia
21 de Dreines de 693
21 de Dreines de 693 – QUINTUS
Bem... Faz um tempo que não escrevo aqui.
No começo acho que foi só falta de tempo, que evoluiu para falta de interesse e então para esquecimento total.
Zain achou esse diário quase abandonado enquanto arrumávamos as coisas para viagem e pensei que seria bom voltar a escrever.
Bem, por onde começar? De início, eu não tive tempo para escrever: Frotas de Stampalia nos escoltaram até um antigo casarão “abandonado” próximo de Friedeburg. Fizemos acampamentos, arrumamos quartos e tendas para os feridos, transformamos um cômodo próximo da cozinha em refeitório... Foi uma correria durante alguns dias. Eu ia com o Cid e o Zain de um canto para outro com melodia curativa e suprimentos para os feridos e maculados pela tormenta.
Ficar tanto tempo ocupado me fez acalmar quanto a toda a situação de estar fraturado e de esquecer que sou Finnir. Ainda sinto que devo escrever isso para não me esquecer. As cicatrizes novas, no tronco e na têmpora, ainda doíam. Em dias ruins, eu sentia como se fosse me despedaçar pelas rachaduras no meu corpo – como se minha essência escapasse de mim – mas em dias bons eu me esquecia delas. Comecei a me pegar pensando se as lembranças estavam ajudando ou atrapalhando, então comecei a evitar de pensar no que antes era minha âncora. Pensar na Kara me fazia lembrar que não cumpri a promessa que fiz para sua mãe; pensar na minha familia em Twentie mais do que nunca me trazia medo; divagar sobre o tempo em Tzigane trazia um misto de emoções, ao mesmo tempo era bom pensar em todas as pessoas que conhecemos, mas por outro lado, a maioria dessas pessoas estão agora mesmo presas lá dentro.
Hanz estava no limite do seu corpo – ou resto dele –, também fraturado e sem forças para lutar, e não conseguia ajudar com os feridos. Gugnir, mesmo sendo como era, ajudou como pôde com sua magia, mas ao mesmo tempo ele parecia um pouco mais quieto e desligado do que o normal. Encontramos aqueles aventureiros dos quais Dalton havia nos apresentado antes. Eman, Hyde e Pata-Mansa ajudavam com os feridos, usando de medicina, munição curativa e a melodia (e com o Hanz, usando de necromancia) como podiam. Entre os maculados havia Prim e um amigo de Cassandra, então via elas direto naquela ala junto de Nicrom e Tito.
Conhecemos também o Bertrand, que estava entre os contratados do Dalton, e que era o pai da pequena Aika. Nós conversávamos e bebíamos juntos quando surgia tempo. É um homem de aparência muito dura, mas bem culto e sério. Ele não perdia muito do seu tempo com coisas fúteis.
Apesar das diferenças entre todos que estavam ali, conseguimos nos manter unidos e organizados no limite do possível. Muitos não tinham poderes ou noções de cura, porém ajudavam como podiam. Lö carregava mantimentos de alimentos e remédios. Drake mantinha a chama no coração dos mais fracos acesa junto de Katriya e com seus cultos. Zac começou a dar aulas e ensinamentos para aqueles que queriam aprender. Isso pareceu animar ele um pouco também.
Com o passar dos primeiros dias, passei mais tempo na cozinha, ensinando receitas e cozinhando para todos. Uma guarda de ronda foi formada. Lembro de ver Zain arrumando as listas de quem faria ronda e em quais dias. Eu dei alguns palpites quando ele aparecia no meu turno do refeitório. Kel, Cid e Ricardo apareciam lá as vezes também junto dele e trazendo um rapaz chamado Elric, um paladino de Thyatis, muito educado por sinal. Parece que ele é de uma familia nobre de Canis.
Em alguns dias, organizávamos algo como uma festa, com bebidas, músicas, apresentações, o que fosse animar mais as pessoas. A maioria eram somente civis que tiveram suas vidas arrancadas deles repentinamente.
Lembro de ver Kel e Morianna fazendo as rondas noturnas sempre que eu saía para andar. Ela sempre muito quieta enquanto o Kel contava sobre toda sua linhagem e vida (e morte) pela 50ª vez. Ocasionalmente encontrava a Eman em algum canto fumando e pedia um cigarro para ela. Não conversávamos muito. Talvez fumar quietos ali fosse a nossa única interação, mas os cigarros dela eram muito bons e se ela não queria conversar eu quem não iria forçar assunto também.
Durante as manhãs via a Pata-Mansa, que sempre usava uma mesma máscara de raposa e luvas com ataduras que cobriam todo seu braço – além de mantos de peles enormes – junto do Elric que exibia uma bela armadura com símbolos de fênix espalhados pela mesma passando para o turno de rondas deles. Ela vivia enchendo o saco dele sobre como era chato, certinho demais ou como ela estava entediada por passar mais uma manhã com ele, enquanto sua cauda de raposa abanava de um lado para o outro, claramente animada pelo que estavam fazendo.
Vez ou outra via Devishtar junto do seu esquilo, o Pato. Lembro que quando conversamos no refeitório, ela disse que não se lembrava do seu passado e que foi para Tzigane atrás de respostas. Eu fazia algum doce para ela sempre que aparecia. Deve ser terrível não se lembrar da sua familia, ou de quem você é.
Durante a noite, vez ou outra via o Zork e Crom passando pelo refeitório até a antiga adega. As vezes eram Eman, Pata-Mansa e Devi. Sinceramente, não era problema meu o que estavam fazendo lá, então não me intrometia nos assuntos deles. Se me lembro bem, uma vez vi a Prim fora da Ala dos maculados e perguntando para outras pessoas sobre quem ia para aquela Adega.
Como ninguém podia sair daquela região, vez ou outra recebíamos noticias de guardas nas proximidades, junto de estoques de provisões. Foi assim que soubemos como a situação dos países estava complicada (provavelmente porque o coração da magia era o que mantinha todos unidos). Nahad e Naihan ameaçavam entrar em confronto a qualquer momento. Elfos e Anões voltaram a se odiar. Niclia causava cada vez mais problemas quando o assunto era outras raças. Os nobres de Canis se movimentavam para algo. E Wagerlands se mantinha mais na escuridão.
As vezes os guardas vinham escoltando alguém que fugiu. Geralmente esse alguém era o Drake. As vezes a Cassandra. Em outros momentos a Asa, que gritava falando que tinha que encontrar o irmão dela. Eles pareciam ter medo da gente, como se estivéssemos contaminados ou se fossemos contagiosos.
Depois, acabei não tendo interesse (e passei até a sentir certo pesar quando pensava) em tocar no diário. Apesar do ritmo das coisas ter ido se acalmando com o passar do tempo, ainda tínhamos que tirar corpos das salas dos feridos e maculados com certa frequência. Uma pequena parcela morria por conta dos ferimentos enquanto a maior parte dos corpos eram de suicidas. Imagino que a maculação pela tormenta seja algo realmente difícil de se conviver com. Pelo menos o Hanz melhorou, e conseguiu pegar o ritmo com os pacientes, nos dando um respiro – mas não deixamos de ficar de olho nele.
Nesse primeiro mês, não me recordo de ter dormido nem mesmo por uma noite completa. As vezes meus olhos só não pregavam e na maior parte das vezes, quando eu finalmente conseguia dormir, os pesadelos não me deixavam em paz. Passei a acordar todas as noites suando frio, chorando e até mesmo gritando, com os braços arranhados. Eu via e revia a Kara sendo devorada por aquela armadura, ouvia seus ossos quebrando, seu gritos de dor; eu revia a gente na mansão Lyserg com aquela música infernal tocando sem parar, jogando novamente o Duelo dos Dopels, dessa vez perdendo; me recordava vividamente da visão na Casa da Curiosidade; via aquele filme do Parrila; via Zain sendo vendido como escravo; revivia os últimos momentos antes do Morryneus explodir uma parte do Coração da Magia – me culpava especialmente por essa já que vi pela luneta que havia algo errado com ele, mas nunca me perguntei mais; e o pior de todos: eu revivia aquele dia. As pessoas sendo transformadas em gado na nossa frente, sendo torturadas, devoradas, estupradas... Parecia que quanto mais eu tentasse esquecer, mais eu me lembrava.
Fiquei muitas noites em claro na cozinha ou caminhando pelo campo que havia naquele casarão, principalmente para não acordar os outros. Às vezes eu via rostos conhecidos, talvez pessoas com os mesmos problemas para dormir. Passar os dias cansado e sem energia era mil vezes melhor do que reviver tudo aquilo de novo.
Mas não posso dizer que isso foi totalmente ruim. Zain percebeu que não estava aparecendo mais pelos dormitórios (e as minhas olheiras não me deixaram mentir também) e passou a ir periodicamente para refeitório. Em algumas noites, ele trazia mais gente. Lembro de uma noite em que veio todo mundo. Lö, Asa, Kel, Drake sempre acompanhado de Katriya, Gugnir, Ricardo, Hanz, Cid, Octavius e até o Zac... Fiz um jantar igual ao que comíamos na mansão Thrax, Deve ter sido o jantar mais calmo que tivemos desde que todos nós nos conhecemos, e mesmo assim foi caótico para um caralho.
Mas ele era a única constante dos meus dias (ou noites). Vinha e ficava por lá sempre junto da Zorra para conversar enquanto eu preparava alguma receita para a gente, algo pro turno da manhã do dia seguinte ou lavava o resto das louças – e como essa companhia me fazia bem. Nessas noites contei para ele algumas histórias da época que trabalhei no porto antes de abrir a “O Último Desejo”; contei sobre minha familia e como foi depois que larguei o posto de herdeiro por não me dar bem com meu pai; falei sobre minha mudança para Tranquil – e sobre como encontrei a Kara (esse último tópico ainda era mais difícil de se conversar na época). No mais, acho que ele gostava de ouvir, pois sempre me perguntava mais. De vez em quando ele parecia animado para me contar sobre algumas de suas aventuras com a Zorra. Ele não falava tanto sobre de onde veio, e acho que nem precisa depois que me contou a história de quando fugiu naquele dia. Um dia ele assumiu que se sentia muito culpado sobre aquela luta contra o rapino. Sobre como ele achou que todos morreriam na sua frente enquanto ele juntava forças, como ele tinha certeza que o Rapino abriria meu crânio se o Cid não tivesse conseguido nos curar. Eu o tranquilizei todas as vezes e lembrei-o de que se não fosse por ele ou pelo Lö me ajudando, com certeza teria morrido naquela luta. Lembrei ele de que tinha passado por uma situação terrível na Casa Grande e que ainda estava se recuperando na época. Sendo sincero, não sei se fui capaz de tirar a ideia de que ele falhou da sua cabeça, mas acho que tranquilizei ele na hora.
Naturalmente fomos nos aproximando mais, então passamos a ir algumas vezes sentar no telhado, ou passear pelos limites da propriedade e até deitar próximos da margem do Golfo para ver o horizonte (ok, lendo o que eu escrevi talvez eu entenda o motivo de todos acharem que a estávamos juntos). Acho que era o que eu mais sentia falta quando estávamos em Tzigane. Ver o céu, as estrelas, a lua, o mar... Foram só 15 dias lá, mas com toda certeza eu não teria conseguido viver minha vida lá como alguns viveram.
As noites sempre terminavam com ele adormecendo na mesa, na grama ou no meu ombro enquanto conversávamos. Eu o observava por alguns minutos antes de carrega-lo até seu quarto – onde o deixava em sua cama abraçado da Zorra. Depois ele assumiu que muitas vezes fazia isso de propósito para ser carregado no colo para cama mal sabia ele que eu faria isso se ele me pedisse.
Acho que divaguei demais... No fim, eu ainda não estava pronto para voltar a escrever. Ler, escrever, lembrar... Ainda dói. Mas hoje é um dia diferente.
As fronteiras se abriram depois de três meses, meu aniversário é daqui um mês e, por mais que eu tenha medo de seguir daqui, estamos arrumando as coisas para uma longa viagem. Voltar para o mundo lá fora, como se fossemos enfrentar uma nova realidade. Só posso ser grato por meu caminho ter se encontrado com aqueles 6 esquisitos na prisão por falta de documentos, sendo armado para isso ou não. Foram longos 15 dias em Tzigane. Foram longos 3 meses aqui e tenho certeza de que nenhum de nós é mais o mesmo do começo da nossa jornada.
Depois que alguns guardas confirmaram para gente que dia 21 abririam as fronteiras, vi Cid e Zain planejando um discurso para o pessoal que estava ali e um banquete de despedida para aqueles que sairiam da base. Imagino que, pela conversa de hoje, vamos para Nahad, mesmo que nossos planos antes fosse irmos para Canis. O pessoal vai se separar. Os relógios e as correntes em volta do Pico de Tzigane são um lembrete recorrente de que não podemos perder mais tempo.
36ª sessão - A Montanha de Tzigane
No fim, eu não sei bem o que aconteceu, por que haviam duas Kara’s lá e nem se existe mais alguma, só sabemos que a armadura procura por algo e que ela também é compatível com a Aika. Podem haver respostas em Nahad, talvez próximo da pirâmide de Hol-Olam, mas passar pelas Dunas de Hol é quase suicídio. Provavelmente passaremos por Friedeburg, Twentie e Tranquil. Preciso me preparar para ver minha familia. Ou talvez eu deva esperar pelo pior. Tentei afastar esse pensamento constante desde que sai de Tzigane, mas agora... Não tem mais para onde fugir.
Está na hora de sair e descobrir no que Synas se tornou depois do presságio do fim.
36ª sessão - A Montanha de Tzigane
30 de Tziganen de 692
30 de Tziganen – SÉTIMUS
Acho que depois de um tempo fica mais fácil falar e escrever sobre o ano novo. Lembrar ainda é doloroso. Os dias em claro, as noites repletas de pesadelos. Coisas que nenhum de nós esqueceremos. Jamais.
Depois que derrotamos a Ka- o Rapino, tudo desandou ainda mais. O Gélido desabou com a cabeça da Sangue-Frio nas mãos, Octavius gritava no corpo do seu pai, Aika chorava e esperneava dizendo que estaríamos em perigo com ela. Gugnir e Lö seguravam um pedaço da armadura do Rapino. Drake, Fogueira e Katriya guiavam as pessoas. Hans cuidava dos primeiros socorros daqueles que estavam próximos. Asa parecia perdida, cansada. Ricardo ficou de olho na Aika.
Eu olhei pra Zain que se parecia ter sido derrotado. Vi Cid, com suas forças no limite, se agarrando ao Drake.
Vi meu corpo, no limite para despedaçar, parecer se segurar mais um pouco. Mas não poderia me perder ali. Não naquele momento. Não tenho tempo para me cansar, nem para chorar e muito menos para ficar com raiva. Tem pessoas inocentes sofrendo.
Fui até a carroça, peguei alguns panos e voltei até o Gélido. Ele me olhou, parecendo confuso e pude ver seus olhos perdidos, sem brilho algum falando comigo como se não tivesse acontecido nada. Eu vi aquele homem se despedaçar. Com um olhar cansado, eu não disse nada na hora, apenas embrulhei a cabeça da Sangue-Frio e entreguei para ele. Precisava mandar ele para Niclia.
Voltei até a carroça levando-o, mas lá eu e Hans vimos o cocheiro sendo comido vivo por uma espécie de escorpião, peixe, cheio de pelos. Haviam Ovas para todo lado. Eu apenas dei um chute empurrando o corpo e o monstro rio abaixo.
Drake foi até Octavius de deu um choque de realidade no garoto, com tapas na cara. O garoto se levantou, obstinado, e com o que parecia ser um tradição, tirou os chifres do corpo de seu pai. Quando fogueira se aproximou, ela disse que tinha que sair com o barco e a tripulação dela até Niclia. Eu pedi para ela levar o Gélido. Ela conhece o Argo, é a melhor pessoa para leva-lo. Ele precisa ficar com a família agora. Seu único pedido foi para eu salvar o Zac, que concordei prontamente em fazer. Ela agradeceu, apagou o rapaz e levou para o barco junto da sua tripulação.
Hans e Drake conversavam e vi eles tirando aquelas ovas da caravana para ela se tornar reutilizável. Zain veio até mim e Lö se aproximou de nós. Ele pediu desculpas, por não ter ajudado suficiente, por ser fraco. Naquele momento lembro de ter olhado para ele, machucado, chamuscado, logo após de resgatarmos ele daquela mansão... Vi ele usando todo o poder que ele tinha... Eu senti medo. Medo de perder ele de novo. Não poderia perder outra pessoa que eu amava. Reafirmei que ele não era fraco, que se não fosse por ele e pelo Lö, eu teria morrido. Vi seus olhos bruxearem naquela luz verde clara, vi ele, com outra voz, falando que se ele tivesse mais fragmentos ele poderia ter ajudado. Toda vez que isso acontece, sinto que ele deixa de ser ele mesmo.
Enquanto isso, Gugnir olhava pro coração da magia e de repente sua armadura mudou para uma cor prateada, agradável aos olhos e mais imponente. Não tive tempo de perguntar naquele dia.
Nós recebemos um chamado em nossas cabeças de Lweiss, que nos disse para seguirmos para um prédio perto da tumba dos heróis, para fugirmos e não salvarmos ninguém, mas não poderíamos fazer isso.
Fomos primeiro até o Centro Comercial Rocke, onde encontramos os goblins e hobgoblins, Nicrom, Crom e K’arla, alguns kobolds, pessoas das regiões mais pobres, Rick e Hou e um que me preocupou, Ifam, o homem que Lö procurava se vingar. O escravagista.
Todos estavam sendo atacados por algo parecido com um homem carcereiro cercado por ratos mutantes ou coisas parecidas. Homens e mulheres pegos tinham seus ventres fecundados, tinham bebês monstros e eram alienados, enquanto gritavam, choravam e eram devorados vivos por seres rastejantes e pútridos da Tormenta.
Eu olhei bem para o Lö, que fitava o homem com ódio, e lembrei-o que deveríamos apenas salvar as pessoas e se isso for nos atrapalhar, ele não deveria mata-lo ali, mas Gugnir deu trela pro jovem Sekhtin e ambos investiram para lá. Gugnir o manteve ocupado enquanto Lö se aproximava nas costas de Ifam brandindo sua machadinha. Com um golpe que parecia certeiro, ele foi para a cabeça e pescoço, mas o homem virou na hora, conseguindo evitar ser morto, mas não conseguindo evitar de ser cegado.
Ifam fugiu com seus servos o carregando. Nós lutamos o máximo que podíamos ali, Drake, Lö e Gugnir brigavam com punhos cerrados, sangue e magia, enquanto eu guiava as pessoas pelo Portão do Corvo. Fizemos tudo o mais rápido possível e subimos na carroça para seguir atrás do Prefeito e das crianças.
Na Hauz du Desordré vimos Marcus sentado na escadaria e, quando Gugnir se aproximou, ele atirou. Vimos o garoto, com um olhar desesperado pedindo ajuda, e seu corpo subindo grudado por fios como uma marionete, seguido pelo restante das crianças. Todas elas sendo controladas pelo prefeito Dalton, que apareceu rindo, completamente coberto por matéria vermelha, no teto.
Eu e Lö corremos cortando os fios que seguravam as crianças. Aquilo doía nelas, mas era o único jeito. Gugnir se jogou no prefeito, derrubando-o no chão e Drake, com a ajuda de Zac que apareceu rastejando pela porta, cortou a cabeça do golem fora. Gug entrou pela porta principal, onde haviam 3 baús com o que seria nossa recompensa. Mais tarde Gug confirmou que havia apenas 10 mil e o resto havia sido saqueado.
Por fim, seguimos para a direção da tumba dos heróis. Lá, vimos o Carcereiro de antes e mais duas figuras, eles pareciam esperar uma quarta figura. O Rapino, talvez?
Um monstro formado por carroças e corpos humanos circulava em volta procurando mais vítimas. Nos unimos para fugir e chegar rapidamente até o prédio. Hans jogou uma poção de alarme, que confundia o monstro. Drake usava seu raio elemental. Lö e Gugnir nos guiavam na frente, correndo. O bicho nos seguia com suas rodas vivas e seus tentáculos. Em uma das passagens, eu e Zain paramos atrás da porta. Um de cada lado. Em sincronia, esticamos nossas lâminas e cortamos aquele ser ao meio, nos dando o espaço para passar para o prédio.
Lá dentro, tivemos visões de ilusões. Vi varias Karas novamente, mas acho que isso me abalou menos agora que vi ela morrer novamente. Com os gritos de Drake, nos recompomos e seguimos. Lá dentro, uma figura que não esperávamos ver daquele jeito. Anakh Zu Zaman, nova, bela, como se parada no tempo. Ela fumava. Nos disse que demoramos e que seria a última vez que ela ajudaria aquele velho. Há! Parece que o divórcio não foi dos melhores pro Lweiss. Ok, talvez não seja hora para piadas...
Ela perguntou quem iria, e Drake prontamente gritou “TODOS!”. Todos nós, e as pessoas que nós ajudamos e estavam com a gente até agora. Ela deixou claro que com tanta gente, não poderíamos ir tão longe. “O quão longe?”, eu consegui perguntar.
“Até a fronteira de Vul com Stampalia”. Fora de Tzigane, próximo de Friedeburg... Era o suficiente. Nós aceitamos e fomos todos transportados até lá, onde encontramos Lweiss. O velho nos disse que era pra irmos mais longe, mas já que Anakh nos levou pra ele, deveria achar que estaríamos mais seguros ali.
Foi quando tudo começou a tremer. Uma visão que eu só poderia descrever como pior que o próprio inferno. Nós vimos, no horizonte, o nosso plano ser aberto por garras enormes. A desgraça saiu de lá, o nosso fim, o nosso tormento, nossa ária... Alraune. O filho sem amor. O pai da tormenta. A imagem do quadro encarnado. Ele se auto-violava, tentava gritar mas era impedido por mãos femininas e enormes que saiam de suas costas. Era uma mistura de fêmea e macho, com órgãos sexuais por todo seu corpo, com seres caindo de suas genitais e se proliferando enquanto ele caminhava até terra firme, destruindo Vul quase que por inteira em cada um de seus passos. Aquilo se grudou na base da montanha de Tzigane e começou a escalar.
Lweiss nos disse que aquilo era como ele poderia ajudar e se transportou para o topo da montanha.
Próximo a ele surgiram grandes magos:
· Um Hynne e seu dragão de fumaça, que rodaram ao redor do filho sem amor;
· O Arquimago dono da academia de Millefleur, Gerlofs, em uma forma astral;
· Lweiss, o maior cronomante da história;
· A figura que menos esperávamos ver. Um dragão branco, com quatro pares de asas, de chiferes e escamas áureas. O Deus dos Dragões, Alexander.
35ª sessão - Sem tempo para o Luto
Juntos, os quatro prenderam Auralne enquanto ele subia a montanha, com Tzigane em um loop temporal mas, antes da magia se completar, Lweiss foi puxado por uma das mãos do monstro para dentro da montanha.
Tudo que pudemos fazer foi assistir, enquanto o fim do mundo chegava.
35ª sessão - Sem tempo para o Luto
30 de Tziganen de 692
30 de Tziganen – SÉTIMUS
Vimos a cabeça de Thrax se abrir. Gélido e Aika se tremendo. Octavius paralisado, sujo do sangue e cerebro de seu pai.
Senti o peso no corpo me puxar para baixo, mas ouvi a voz dos meus aliados. Hans, Lö, Drake, Gugnir… Eles me chamaram. E eu não poderia fugir. Se ela ainda estiver lá, está na hora de acabar com seu sofrimento.
Ele usava a postura e as mesmas magias que ela. Eu não podia me focar nisso. Isso é uma ilusão… Mas então… Por que ele me focava em seus ataques? Ele me olhou e correu para cima de mim, mas Gugnir o impediu com um golpe da espada. Ele se manteve ocupado e agarrou o Gugnir, que devolveu com mais uma agarrada. Eles se mantiveram golpeando-se.
Enquanto Gugnir segurava Rapino, Drake invocou Lanças enormes no peito do rapino, que cambaleou. Lö desferiu seus milhares de golpes, o que me deu uma abertura para o golpe da adaga, que entrou pelo pescoço e cravou o veneno dentro do Rapino. Um raio passou pelo meu corpo e explode junto do veneno. Pude ouvir um grito gutural. O que me manteve lutando foi pensar que aquilo... Aquela coisa não era mais a Kara.
Como um vulto, a última bomba passou rapidamente e explodiu. Jekyll havia a ativado e, apenas observando, vimos Rapino sendo puxado para trás. De lá, magia divina. Uma magia feia, uma magia hedionda, uma magia horrível. Fogo, ácido, flechas… Uma magia que eu reconhecia bem até demais.
Apesar de ter sido pego no fogo e meu corpo ter continuado a queimar, não era como se minhas tatuagens não sugassem as chamas para dentro. O ácido, entretanto... Senti a podridão entrar no meu corpo, e vi o mesmo acontecer com o Lö ao meu lado.
Por mais que sentisse que deveria fugir, eles estavam ali, e deveríamos lutar até o fim. Vi o desespero no olhar de Cid atrás de mim, vi Drake usando tudo que podia junto de Fogueira e Katriya, vi Lö brigar junto de Yotasuke enquanto Asa demonstrava no olhar sua vontade de fugir, assim como vi Gugnir, feroz como sempre, segurando as pontas como podia com o Kel e Ricardo, esse último sendo só mais um garoto aterrorizado e vi Hans, que sempre tinha dificuldade de identificar as emoções, em completo desespero. Olhei para Gélido que tremia em desespero e chorava copiosamente, mas ainda nos ajudava. Vi Octavius em fúria absoluta por ter perdido o pai. Vi Aika escondida, aterrorizada. Por último, olhei para Zain. Com medo, se sentindo fraco, segurando Zorra e juntando toda sua energia. Ele havia sido pego nas magias também, estava em estado péssimo, mas estava ali. Me recompus, e mandei ele mudar de posição.
Fiquei na frente dele e de Cid. Me afastei de Hans e Drake. Esperei. Esperei até sentir as garras do Rapino me agarrarem. Um lorde da tormenta. Não era a Kara. Senti uma de suas garras adentrarem meu peito. Senti minha alma sendo puxada. Eu estava fraco demais para resistir, até que Drake gritou. “A MARCA!”
Levantei minha mão marcado para o céu e senti o calor da chama prateada. Ela segurou a garra no meu peito. Ela impediu da minha essência ser puxada. Mas ela não impediu que eu me rachasse, me fraturando completamente. Ela não impediu o golpe seguinte, onde pude ver a adaga rasgando minha têmpora. Ela não impediria minha morte. E não sei se eu estava pronto para aceitá-la. Até que vi Cid tocando o Alaúde e, como que em um consenso de todos ali, fraturando meus companheiros pela cura que me salvaria.
Senti o calor dos meus fragmentos sair de meu corpo, caindo de joelhos no chão após ser solto por rapino. Me senti fraco, débil, exausto. Mas não poderia parar ali. Lö investiu-se contra o Rapino, ao meu lado. Drake e Katriya explodiram-no em chamas. Gugnir se aproximou como podia, debilitado como estava. Hans cuidava das feridas de Drake do melhor jeito possível. Então, em minha última força, estiquei a cimitarra pela cintura daquele monstro que, como um relâmpago, tentou me agarrar mais uma vez.
E de novo, achei que não teria mais escapatória, até ver Lö pular na minha frente, de costas pro Rapino, ele olhou para mim. “Você já sofreu demais, deixa essa comigo.”.
Vi a Fera sugar de Lö parte de sua alma, mas também vi o nobre Sekhtin resistir. Então olhei para Zain, que parecia finalmente pronto, porém pesaroso. Talvez se ele tivesse demorado mais, eu não estaria aqui agora. Obrigado Zain.
Todos vimos o Rapino explodir, após o Gran Finale de Zain. Sangue podre sujou todos nós. Ele caiu, sem forças, e se sentindo derrotado. Octavius berrava por seu pai perdido. A cabeça desfigurada de Sangue-Frio caiu do meu lado, e acho que finalmente entendi. Gélido veio cambaleando e a segurou, chorando. Eu apenas observei-o. Aquela não era minha filha. Aquela era a irmã do Gélido. Talvez eu só estivesse cego sobre o que aconteceu, mas... Minha filha, Kara Majii, morreu quando abriu aquele livro na Tumba de Hol-Olam. O que quer que esteja acontecendo, quem quer que sejam essas versões dela... Não é mais nada se não uma “memória” ou um “talvez”. Essa Kara foi feliz com seu pai, sua madrasta e seus irmãos.
Quando parei de observar Gélido, vi a armadura do rapino se mexendo vagarosamente e, com um assobio, mostrei para todos. Drake pegou um pedaço e jogou no rio, enquanto Lö e Gugnir, após deixarem Aika do meu lado, correram atrás de outro pedaço, no qual amarraram e ensacaram.
34ª sessão - Kara Majii
Fui apoiar Zain no meu ombro, para ele se manter em pé, mas não faço ideia de onde tirei forças para isso.
Por fim, ouvimos um chamado, de Lweiss dizendo que precisávamos ir até a tumba dos heróis, e não salvar ninguém. Que ele poderia nos tirar da cidade, mas teríamos que ser rápidos.
34ª sessão - Kara Majii
30 de Tziganen de 692
30 de Tziganen – SÉTIMUS
Talvez em outras circunstâncias, eu teria achado esse combate algo épico. Eu sabia que tinha algo estranho, mas eu afastei esse pensamento.
Acho que só estou escrevendo sobre isso para tentar manter minha cabeça no lugar. O que aconteceu... Realmente aconteceu?
Nós entramos em um embate contra o rapino, mas o que me preocupava foi o que aconteceu na realidade. Sentimos o nosso plano tremer e a nossa realidade se transformar. O que vimos no quadro começou a tomar conta... Uma massa vermelha, olhos, parte intimas, coisas nojentas... Talvez fosse melhor não olhar em volta, pois por onde olhávamos, víamos pessoas sendo mortas, abusadas... O desespero começou a tomar conta de mim, mas tínhamos que matar aquele assassino para sair daqui.
De longe, Quintus, Octavius, Kara e Gélido nos ajudavam. Só tínhamos que manter a atenção do rapino com a gente.
Aika se escondia entre as pernas de Kara, que brandia um arco em direção a fera que enfrentávamos. Quintus portava suas armas de fogo e atirava para nos ajudar. Gélido jogava algumas poções sempre que conseguia. Octavius brandia sua armadura e machado, não sei que tipo de conversa ele teve com seu pai, mas resolveram suas diferenças.
Aquela fera, o rapino, rugia e gritava. Por um momento me vi em confusão, mas logo fui trazido de volta por lembranças boas. Olhei em volta e, apesar de tudo, ainda estávamos ali, nós sete (e mais alguns que fomos encontrando no caminho). Parando para pensar, foram 15 dias realmente intensos.
Com inspiração, levantamos para mais uma luta. Lö foi o primeiro a atacar, com feracidade, mas também o primeiro a ser golpeado. Yotasuke ajudava, e era majestoso ver os dois sekhtins brigando juntos. O Rapino falava, de forma gutural, e se mexia de formas impossíveis para um corpo humano. Seus ossos se quebravam, se remexiam, se reorganizavam... Ele disse que nossa realidade seria um ventre perfeito, que seriamos usados como gado para reprodução da tormenta. Isso deixou todos enfurecidos.
A luta foi realmente intensa. Cid curava a gente e Zain carregava aquele ataque poderoso que era óbvio ser potente demais para o seu corpo aguentar. Frequentemente seu nariz sangrava... Droga. A situação era que... Realmente precisávamos fazer de tudo para sair daquela situação. O rapino olhava na direção de Aika e de Kara frequentemente, até que eu toquei na bomba que tiramos da COEAS.
Ele me fitou. Eu deveria ter percebido nessa hora que havia algo de errado. Eu... Eu sorri para aquilo e a bomba foi. Ela estourou em pequenas micro explosões antes de explodir em uma maior, que começou a sugar o Rapino para o meio da área. Mas antes de ser puxado, escutei em uma voz familiar demais...
33ª sessão - Rapino
“ P a p a i ? ”
Eu fitei ela sendo puxada para o centro. Eu olhei para a armadura do que um dia foi a Kara. Eu... Eu vi a armadura se desfazendo e, apesar dos gritos de Gugnir e do esforço de Gélido, vi a Kara que vimos, que conhecemos, sendo puxada para dentro da armadura. Vimos ela ser destruída para caber ali.
E vimos o Rapino se levantar mais uma vez.
33ª sessão - Rapino
30 de Tziganen de 692
30 de Tziganen – SÉTIMUS
Nós colocamos a primeira parte do plano em ação: Segurar Korrbun Narancia.
Ao iniciar o combate, Narancia começou a tentar matar as pessoas ao redor. Pela primeira vez vi Gugnir parecer preocupado. Ele tentou curar o Zac. Correu atrás do meio-elfo, mas me pareceu em vão, Zac estava bem ferido e, devo admitir que no calor da batalha, não chequei se ele estava realmente bem.
Eu abençoei o Lö com primor atlético e ele correu, tentando salvar o máximo de civis possível. Isso pareceu deixar Korrbun mais estressado. Ele criava estacas de gelo mais rapidamente, com mais afinco. Ele queria matar aquelas pessoas. Queria matar a gente.
Hans e Drake se entreolharam, pareciam ter um plano para tentar impedir o mago. Jekyll correu pelas sombras até se aproximar de Narancia, que quando percebeu já era tarde. Ele foi encharcado de óleo pelo médico. Drake olhou e se preparou sorrindo sadicamente, estalou os dedos e o Mago foi incendiado. Fogo se espalhava ao seu redor e, quando as labaredas desceram, vimos seu braço quase que totalmente carbonizado. Ele segurou o braço próximo do peito. Pude vê-lo gritar com Drake.
"Como você pode viver sendo um Qareen servindo os outros." – E outras baboseiras de um revoltado com a vida. Eu entendo não gostar de magia e tudo mais, mas negar sua própria natureza? É um pouco demais.
Korrbun começou a criar golens de gelo para nos impedir de aproximar, mas me mantive próximo o suficiente para um pulo caso necessário. Eu só precisava manter 9 metros de distância entre nós. Era o suficiente para um impulso nos pés.
Gugnir, correu atônito depois de ter falhado em curar o Zac, correu com Ricardo e logo foi acompanhado por Lö. Eles foram destruindo golem atrás de golem. Lö foi o que mais conseguiu se aproximar do Korbunn, mas foi cercado por golens. Ele parecia esperar o Gugnir chegar, mas notou tarde que o mesmo foi parado junto do Ricardo e os dois caíram, antes mesmo de conseguir ajudar o Lö.
Gugnir levantou gritando, e esse era meu sinal, o mago estava com a atenção focada nos dois. Eu pulei atrás do Narancia, com raios saindo de minha mão. Ele parecia confuso, até tomar o primeiro golpe da cimitarra, sendo eletrocutado. Ele começou a gritar sobre como não deveria ser assim. Continuei a cortá-lo, como em uma dança. Desviei de seus ataques e encaixei um golpe atrás do outro. Me senti um próprio relâmpago. Ele acabou conseguindo desviar de um golpe e começou a voar, mais longe de nós.
Lö havia ajudado o Gugnir a se levantar, e pude ver ele agindo com feracidade… para jogar o Drake até lá o mago.
Drake voou como um míssil, como um cometa, pegando fogo na direção do Narancia, atravessando a espada segmentada na sua barriga. Ele pareceu tentar segurar a lâmina com gelo, mas Drake rodou ela com mais força, abrindo um rombo no abdômen do mago. Nós vimos o nosso querido “Deus do Fogo” caindo nos braços do Gug enquanto Korrbun arfava. Ele levantou as mãos, como se pronto para um golpe final, até que o tão esperado disparo da elfa que o Prefeito Dalton nos apresentou, a Moryana, acertou o meio da testa do Qareen, que começou a despencar, nos seus últimos suspiros. Por um momento, senti pena dele.
Drake me pediu ajuda com um Primor Atlético. Usei a magia nele, que pulou até o corpo em queda livre do Narancia, em quem ele enfincou a lâmina da espada e pudemos ver aquela nova arma em ação, absorvendo a magia, a essência dele. A arma, que antes tinha a cor das chamas da magia de Drake, foi adquirindo um novo formato e nova coloração - um azul gélido e formas geométricas. Ele ainda disse algo para Korrbun, antes que ele perdesse completamente a consciência, e voltou com uma explosão de chamas para onde estávamos.
Checamos se estávamos todos bem antes de seguirmos para a segunda parte do plano: Impedir a destruição das pontes que levam ao COEAS.
Corremos até lá, onde demos de cara com o nosso tão amado Feitor Kyrard e uma grande parte da guarda de Tzigane. Eu e Drake tentamos convencer alguns guardas a não fazerem isso, o que foi fácil quando viram Gugnir matando os guardas que não quiseram se render. Enquanto isso, Hans jogou uma bomba de fumaça e correu para cortar os pavios das bombas e Lö tentou correr atrás do Kyrard, mas foi tarde quando um DRAGÃO apareceu dentro de Tzigane levando Kyrard junto dele. Um prometido de um dragão de ácido, que ameaçava derreter a ponte.
Foi quando ocorreu o incidente do Faísca. Eu tive uma ideia maluca. Com a ajuda da Fogueira, peguei o Faísca no antebraço e, com um entreolhar maligno, dei as ordens. Furar o olho do Dragão. Foi como se o pássaro me agradecesse por um pouco de loucura. Como um míssil, Faísca rasgou pela cortina de fumaça, entrando pelo olho do dragão, que começou a cuspir ácido para outros lados, enquanto rugia de dor. Kyrard, nas costas do Dragão, gritava enfurecido, até ver o Papagão se afastando com um olho de dragão no bico. O lagarto voador caiu em cima dos escombros da Catedral, mas logo alçou voo, saindo por um dos portões enquanto Kyrard nos ameaçava.
Drake tentou fazer uma fogueira e chamar seus “fieis”. Por mais que eu não acredite nisso, ajudei com um pouco de música.
Na frente do COEAS, as portas estavam travadas. Hans tentou abri-las, mas falhou então, investigando um pouco, encontrei um mecanismo antigo que contava uma história sobre o local. Abrimos as portas e corremos, onde demos de cara com o Alec Yshmut, que tentou fugir, mas Gugnir e Lö alcançaram ele. Gugnir segurou ele pelo pescoço e Drake o ameaçou, que apontou os locais das bombas para gente. Eu corri, junto de Hans, para desarmarmos as bombas e, por pouco, conseguimos desarmar todas.
É a partir daqui que as coisas tomaram um rumo ruim... Morryneus foi na direção de Alex Yshmut e pegou um controle da mão dele, falando que o Hynne iria explodir enquanto não prestávamos atenção, mas... Ele mesmo ameaçou a gente. Corremos o máximo que deu, mas quando segurei ele, uma das bombas foi detonada. Gugnir cortou seu pescoço e sentimos um tremor. Em desespero, corremos para fora.
Lá, vimos uma parte do coração da magia explodido, e uma névoa vermelha, a Tormenta, subindo daquela parte. Todos nos entreolhamos e começamos a correr. Algumas pessoas que ouviram o chamado do
Drake apareceram, e no fim do arco, vimos uma carroceria. Quintus, Octavius, Aika... Kara e Gélido. Eles vinham fugindo. Sorrimos naquela direção.
Era só sair da cidade. Tudo ficaria bem.
Então Gugnir caiu, com as duas pernas retorcidas em um ângulo impossível.
Vi a garganta de Drake sendo cortada. Sangue jorrando. Ele tentou segurar, mas caiu no chão se engasgando.
O corpo de Hans se separou, com alguns ossos quebrando e se espatifando para diversas direções.
A carapaça de Lö foi arrancada, e vi o desespero nos seus olhos quando seus braços se retorceram.
Eu parei e comecei a procurar. Zain começou a gritar para Cid ajudar, desesperado. Quando finalmente avistei o que nos atacou, senti setas se fincando no meu torso. Com o sangue escorrendo, olhei mais uma vez pros meus companheiros, talvez pela última vez.
Ouvi Zain, mais uma vez, gritar com Cid, que começou a cantar.
32ª sessão - O Amanhecer do Último Dia
Vi todos se curando novamente. As pernas de Gugnir voltando pro lugar, a garganta de Drake se fechando, os ossos de Hans se reconstruindo e a carapaça do Lö se colando de volta.
Quando senti as setas saindo do meu corpo e os ferimentos se fechando, vi novamente a figura, parando na minha frente: O Rapino.
32ª sessão - O Amanhecer do Último Dia
30 de Tziganen de 692
30 de Tziganen – SÉTIMUS
No fim da música, o meu caderno parecia pegar fogo. Quando abri ele, fagulhas começaram a voar, se espalhando entre nós e voando mais longe pela cidade. Sentimos o poder dentro de nós. Fragmentos. Como se dividíssemos um destino.
Um vento forte começou a soprar, e aquela sensação que senti em frente a mina Ernest Breu retornou. Lweiss Sas Oovek apareceu quando a música acabou, e de um jeito desengonçado, Allin a nós se juntou.
Os dois se conheciam e claramente desgostavam um da presença do outro. Curioso.
Eu, Drake, Hans e Cid fomos conversar com Lweiss, enquanto Gugnir, Lö e Zain foram conversar com Allin. Entreguei a foto do Evangelista pro Lö antes de nos separarmos.
Basicamente um resumo do que o Lweiss nos disse: “A tempestade, uma torrente, a destruição, ou A Tormenta. Responsável pelo caos que assolou o mundo a quase 700 anos atrás. No fim, Cid estava enganado. Eles eram pequenos demais para combater aquele inimigo. O que Cid pode não ter percebido era que o fim não foi antes (no cataclisma), mas pode ser agora. Há poder nos números. O Mal espreita.”
Então os números realmente não são coincidências. Faltam 7 anos para o aniversário de 700 anos do Cataclisma. São 7 heróis (1 traidor). Estamos em 7 pessoas. São 7 as peças do Alaúde. São 7 as Estrofes da Canção. Antes não... Eram 8 heróis e 6 estrofes.
“Quem abusa dos fragmentos se torna fraturado até se recuperar (gastar tudo até chegar zerarmos).”
Também me disse que as cartas são para serem encontradas.
Lweiss ainda nos disse para não confiar no Allin, ele é perigoso. Ele não sentiu a presença do Allin no vaso. Ele poderia ter nos observado até o fim, mas se mostrou para gente. Não sabe qual a sua intenção. E eu concordo, apesar de cooperar, o Allin é realmente esquisito.
Por último, ele nos entregou uma marca, como um Astrolábio tridimensional, que ele diz que usaria para nos ajudar. Ela adentrou no meu braço, de Drake e de Hans, que estavam ali e também aceitaram o presente. Ele e o Allin saíram de cena, e o tempo voltou a correr normalmente.
Lö e Gugnir começaram a brigar novamente, por algo que Allin disse … Ahhh esses dois são complicados. Drake se juntou ao Lö na discussão contra Gugnir. Zain e Cid tentaram separar os dois, em vão. Apesar de não saber de que guerra Gugnir participou, ele ainda sim foi um escravo. Obrigado a participar e fazer coisas terríveis. Por mais que o Lö também tenha sido um, não acho que as situações foram as mesmas. De qualquer forma, foi melhor eu me manter fora disso.
"Às vezes para matar monstros, você precisa se tornar o pior deles" - O Cid disse isso, sussurrando.
No fim, tudo acabou se acalmando quando Gug respondeu às perguntas de Drake. Quintus Thrax nos disse que não deixaria o Octavius ir com a gente, e eu acho melhor também. É o único filho dele.
Nós nos despedimos, falamos sobre os últimos planejamentos, sobre como a Kara e o Gélido poderiam aparecer se nada desse certo, e sobre eles fugirem caso falhemos. Saímos e demos de cara com o festival, um lugar iluminado e enfeitado de forma que nunca tinha visto antes. Tzigane no dia do Festival. Balões de papel, espalhados com a cor do bardo, as pessoas com vestes em vermelho, preto e dourado. Famílias, bêbados, apaixonados, todos andando e se divertindo por ai... Devo admitir que sinto certa inveja. Espero que dê tudo certo.
Fomos seguindo pelo arco Adágio. Um grupo de Vanguardas bêbados passou por mim, e vi um deles apontar pro meu bolso, onde havia uma carta escrita "Porque está perdendo tanto tempo?". Senti uma pontada de agonia no meu peito. Olhei para trás, mas quando os vi de novo, já entravam em outra taverna.
Nós seguimos até o Memorial da Resistência, onde cada um de nós tivemos conversas pessoais. Gugnir me disse que havia uma peça do alaúde perdida em Nahad.
Perguntei ao Zain se ele estava bem, ele disse que iria melhorar, mas que o Drake gritar com ele deu um certo baque, como se isso o fizesse se lembrar do passado. Ele disse que não tinha crescido, que continuava sendo um moleque, e eu o tranquilizei. Para mim ele era o bardo, ou o Herói, ou o que quer que fosse necessário no momento. Ele tem um bom coração e eu o ajudarei, independente dele responder os meus sentimentos ou não. Isso pareceu animá-lo.
Entramos no memorial e demos de cara com 2 grupos de 5 pessoas, além do prefeito e de Zac, que estava com o espirito destruído ao ver o beijo de Drake e Fogueira. Eles eram os outros heróis que iriam ajudar também.
De um lado, o grupo era composto por:
· Um cara com uma espada MUITO grande;
· Uma moça de aparência languida e olhos cansados;
· Um golem portando uma Laminarma;
· Uma jovem de aparência elegante e vestes da nobreza; e
· Uma moreau com roupas pesadas de frio e uma máscara de Kitsune.
Do outro lado:
· Um rapaz com armadura pesada e brilhante, portando símbolos de Thyatis;
· Uma sílfide montada em um esquilo;
· Um goblin com duas pistolas na cintura e um sorriso sarcástico estirado no rosto;
· Uma sekhtin de carapaça rosa e vestes nobres; e
· Uma elfa de pele escura, quase como roxo, segurando uma sniper.
Todos eles vestiam uma espécie de uniforme com nomes dos quais não me importei em decorar, com exceção da elfa, que o prefeito nos disse depois que atiraria no Narancia: Morianna.
O restante dos grupos se dissipou cada um para um lado, seguindo para suas respectivas missões.
Nós nos vestimos com umas fardas que o prefeito nos entregou, elas tinham as cores do bardo e nossos nomes, e fomos conversar uma ultima vez sobre o plano.
Era simples, tínhamos que distrair o Narancia até a Morianna conseguir finalizá-lo com um tiro mortal, seguir para impedir a destruição das pontes e impedir que o Alec Yshmut plantasse as bombas. Parece simples. O real problema era que o Zac quem teria que servir de isca para o Korrbun, e ele parecia pronto para jogar sua vida fora.
Andamos pelos nobres lideres de estado que estavam ali presente para presenciar o inspirador discurso do prefeito da capital do mundo e seguirem para a procissão. Vimos o sultão de Tzigane, o atual rei de Canis... E uma figura que chamou a atenção: o Principe de Wagerlands. Ele nos observava intensamente.
Antes de seguirmos para a primeira parte do plano, Dalton me chamou no canto e disse que mandaria a Aika para junto de Thrax, pois lá estaria segura. Eu concordei e enfim seguimos.
31ª sessão - A Canção do Mundo
Esperamos em um prédio próximo enquanto Zacarias tentava convencer o Narancia a atacar o Prefeito durante o discurso, porém começou a demorar. E todos nós percebemos isso (e também o fato de que Narancia segurou ele pelo pescoço). Gugnir quis sair correndo para ajudar, então usei primor atlético nele e, com a ajuda de Zain e Cid, usei da inspiração. Lö pulou pela janela e começou a correr também. Olhei para o Drake, que entendeu e usou das setas infalíveis para chamar a atenção do mago e tirar Zac daquela situação.
Quando chegamos na cena, o mago gritava, ensandecido, como iria matar cada um de nós. Pois veremos quem morrerá.
31ª sessão - A Canção do Mundo
26/30 de Tziganen de 692
26 de Tziganen – TERÇO
Nós seguimos os guardas com o prefeito até a prefeitura, a Hauz du Desordré, a casa da desordem.
No caminho, um dos guardas, o Major Tom, nos disse para tirarmos aquelas coisas do corpo do prefeito pois as crianças não poderiam vê-lo assim. Crianças, a essa hora da madrugada?
Entendi o que ele quis dizer quando chegamos na prefeitura. A arquitetura era confusa, como se várias casas se conectassem em mais casas, prédios, e tudo o mais. Partes eram feitas de tijolo, concreto, madeira e o que mais fosse possível. Vários olhinhos nos observavam pelas janelas. As crianças. Os guardas disseram que não poderiam entrar na prefeitura e nos deixaram lá com o prefeito.
O Major também “brigou” com o Ricardo e demitiu ele oficialmente da guarda.
Quando estávamos indo para a entrada, ouvi um assovio por uma espécie de grade mais baixa. Me aproximei e dei de cara com uma garotinha de cabelos brancos trançados e uma grande cicatriz no rosto. O nome dela é Aika. Ela me disse que poderia nos ajudar a passar pela casa e que abrir a porta nos daria um choque. Eu me apresentei para ela e, quase que no mesmo instante, ouvi Gugnir brigando com Ricardo e o jogando para a porta.
Ricardo abriu e nada aconteceu, até ele pisar na casa, onde um balde de enguias caiu em sua cabeça, lhe dando um belo de um choque.
Olhando aquilo, agradeci a Aika e disse que a ajuda seria bem-vinda. Drake começou a gritar com um pré-adolescente chamado Ferrão que disse que a casa era de sua jurisdição e que não entraríamos, mas quando Ricardo entrou, eles começaram a jogar óleo de peixe na gente.
Vi Drake pulando por uma janela enquanto nós fomos pela porta principal. La no salão, Aika se apresentou para o resto do pessoal. Expliquei o que ela me disse para eles e que ela ajudaria. Gugnir disse que é bom eu saber o que eu estou fazendo.
Qual é. Eu bebi de um cálice de sangue misturado, toquei música em Wagerlands e soltei o sino da catedral que quebrou toda a estrutura do lugar e provavelmente matou alguém, eu não sei o que estou fazendo.
A Aika saiu das estruturas das janelas e veio até a gente. Ao meu lado, notei que ela parecia ter 12 anos. O Gugnir se abaixou e tentou intimidar a garota, mas ela não expressou nada se não curiosidade com a gente. Ela parece tanto a Kara quando mais nova... Mais séria e mais velha para a idade dela. Que droga. Senti lágrimas vindo aos meus olhos, mas segurei.
Ela disse que teríamos que participar da brincadeira das crianças para recuperarmos os cilindros que dariam energia ao prefeito, e por fim ela correu até os estreitos da casa para nos ajudar.
Na primeira sala, demos de cara com uma pequena goblin, a Gume de Jade, que estava estressada devido as provocações de Gugnir. Ela queria fazer um teste ninja com a gente, que era passar pelo assoalho quebrado, OU O GRANDE PICO DO EXTERMINIO, ou coisa do tipo. Eu coloquei um pano no rosto e entrei no personagem, para me divertir um pouco também. Usei do primor atlético e saltei para o lado dela, passando no desafio. Ela começou a chorar dizendo o próprio nome, Letya, mas tranquilizei-a. Ela pegou na minha mão e seguimos para a próxima sala.
A segunda sala era a Câmara de Arte do Yvan, um pequeno BugBear, que queria ver a verdadeira arte. Lö dançou com tochas de fogo usando algumas vestes que improvisei na hora para ele. O BugBearzinho ficou encantando e começou a observar. Por fim, passamos para a próxima sala.
Como terceiro desafio, 11 kobolds nos cercaram e disseram que deveríamos descobrir qual não era o irmão gêmeo. Eu e Hans passamos pelos kobolds quietinhos, que esperavam pacientemente. No fim, descobrimos qual era o diferente. Ele usava salto. E com alguma brincadeira, nós passamos.
Agora tínhamos 3 cilindros de energia arcana para energizar o prefeito.
Por último, o quarto desafio, encontramos com Marcus, que nos fez um desafio de pique pega. Eu dei dois tapinhas nas costas do Gugnir e disse para ele ir brincar com os garotos. Não sabemos quando teremos outra chance de nos divertir. Com a ajuda da Aika, nós encurralamos o garoto. Ela o agarrou por um mata-leão, com maestria.
O garoto admitiu derrota, e nos guiou atrás do último cilindro para usarmos com o prefeito Dalton. Lá, demos de cara com Drake e outras crianças. Demos uma pequena lição de moral no Marcus, o Ferrão, que parece ter entendido que todas as crianças deveriam se divertir.
Assim que o Prefeito acordou, ele nos disse que já sabia de tudo sobre o que a HERA divina estava fazendo na cidade, que ele manipulou a nossa vinda até a cidade, com informações e, perguntando, ele disse que só acelerou o meu processo a encontrar as informações que desejava. Drake ficou puto da vida de ser manipulado. Eu me senti sem chão. O prefeito disse que realmente sabia de tudo na cidade, sobre Pyers ser o Termina, sobre Pinga ser um racista corrupto de merda, sobre Kyrard ser um crápula que cuida da guarda... Eu entendo que ser um prefeito seja complicado, ainda mais sendo um Golem fora dos esquemas de corrupção, mas precisa disso?
Dalton quis discutir os planos. Ele sabia que tentariam atacar a procissão chegando no punho de Arsenal, através de um ataque do mago Narancia. Quando impedirmos ele, os aventureiros restantes de Dalton o segurarão e nós correremos para o COEAS, para impedi-los de detonar as bombas.
Impedir o Narancia de congelar metade da cidade, segurar as pontas para as pontes não serem explodidas e não deixar o Hynne entrar no COEAS.
Ele disse para ficarmos escondidos na mansão dos Thrax até o dia do festival, e que no fim receberíamos 50mil peças cada um pelos trabalhos prestados ao continente.
Nós ficamos lá até o Fatídico dia...
30 de Tziganen – SÉTIMUS
No dia 30, nos reunimos no salão principal, com todos os aliados que havíamos juntados até o momento. Até mesmo o Yotasuke estava lá...
No meio, estavam Cid e Zain, depois de se entenderem sobre o que tinha acontecido, aceitaram se unir afinal um tinha a força e o outro o conhecimento. Eles aceitaram compartilhar isso um com o outro e perguntaram se estaríamos com eles.
30ª sessão - O Badalar do Sino
Sem nem pensar, dei um passo para frente e logo o resto começou a se aproximar também, com suas próprias motivações do porque deveríamos nos ajudar. Depois que todos se aproximaram e mostraram que estavam ali para ajudar, os dois deram as mãos e pudemos vê-los compartilharem o que tinham.
Os olhos de Cid brilharam em dourado, como se o conhecimento da Canção do Mundo adentrasse seu amago, enquanto os olhos de Zain brilhando no verde bruxuleante, como se adquirisse o poder da peça do Alaúde com a Zorra mudando de forma.
Eles soltaram as mãos e se entreolharam. Zain fez alguns movimentos e instrumentos começaram a voar e tocar, logo seguido por Cid que começou a falar:
“Está na hora de vocês escutarem A Canção do Mundo”
Esta é minha ode à dor solitária, Doces lágrimas florescendo em mim. Encontro, na tragédia, minha ária – o canto daqueles que rugirão sinceros prantos do seu coração; promessas de fogo e revolução – a última canção do mundo, assim:
Veja augusto, rei do céu, o injusto fado cruel, dos servos, filhos da dor centenária. Sob impetuosa glória, vencidos – em pedra tiranos dormem; para que os homens adornem – a eulogia aos mestres esquecidos.
Ainda assim, sua chama arde. Refém de seu amado algoz, seu fogo ainda punirá os covardes! Os marcados jamais esquecerão; preferistes ser traído... A ter seu orgulho tolhido num rubro rastro de destruição!
Nesta tormenta feroz, sem piedade por nós, a ganância, será o nosso fim. Culpado, homem, monstro condenado – assim dita a profecia; que toda a fé renuncia – o nosso mundo num rolar de dados.
No final, haverá um homem. Fiel à sua canção, moverá multidões para que o aclamem! Bradará a glória da lenda do bardo; armado só com virtude... E com o som do alaúde a marca da grandeza, fama e fardo!
Em seu olhar força reflete, Companheiros serão sete, pequenos, frente à tua decisão. Perceberá, havia se enganado – será seu acorde final; bravo som que expurga o mal – deixando-lhe de corpo e alma quebrados.
30ª sessão - O Badalar do Sino
25 de Tziganen de 692
25 de Tziganen – SECUNDA
Nós dois (eu e Gugnir) voltamos para a mansão e encontramos Lo, Drake e Hans na sala principal. Lo disse que precisavamos deixar de manter segredos entre nós, e disse que estava estudando sobre a sombra do sol durante essa tarde.
Asa pareceu irritada por que algum conhecido dela, Dane, estaria em perigo. Ela disse algo sobre seus conhecidos estarem morrendo enquanto ela não fazia nada. Lo disse algo sussurrando para ela.
Depois de uma breve conversa sobre se deveríamos ou não salvar o povo de Tzigane, seguimos para a Catedral da Primeira Chama, onde presumimos que estaria o Evangelista, ou Johannes Vvan Tyrann.
Haviam guardas na entrada principal, então demos a volta procurando uma outra entrada. A da esquerda estava trancada, mas a entrada da direita estava aberta, então seguimos para dentro. Ao entrarmos, vimos que as luzes estavam acesas pelo altar e por toda extensão da Catedral, então seguimos por cada lado, mas antes encantei a picareta do Lö e usei o Primor Atlético em Gug. Eu e Lö fomos pela esquerda, enquanto Gugnir, Drake e Hans foram pela direita.
Passando pela esquerda, vimos um confessionário, onde achei um corpo de um clérigo, totalmente retorcido, com a mão apontando para parede do confessionário, onde havia escrito em sangue, algo incompleto: “No altar...”.
Eu falei disso pro Lö, que pareceu preocupado com irmos até lá, mas fomos mesmo assim. Eu disse para o pessoal esperar longe do altar, qualquer coisa eu sairia com o Primor Atlético na mesma hora.
Me aproximei do livro enorme que estava no púlpito, e lá havia escrito:
“Na gênese do renascimento, pai e mãe lhe dão à luz.
Encha o cálice e beba do suco da vida.”
Do lado contrário havia o altar, com duas estatuas, uma mulher e um homem, e uma grande bacia (ou cálice) no meio. Depois de analisar um pouco, fiz sinal que o pessoal poderia subir ou andar por ali. Ao lado desse cálice havia um tipo de diário, todo riscado.
O pessoal discutiu se deveríamos ou não colocar sangue no cálice, com Lö perguntando se algo poderia dar muito errado. Gugnir e Drake conversaram que sim, mas eu decidi fazer mesmo assim, nem que fosse sozinho. Cortei a palma da minha mão e deixei escorrer sangue suficiente para encher a metade do Cálice. Ouvimos uma porta se destrancando. Ainda havia uma marcação bem fraca até a borda do cálice. Morryneus e Lö me ajudaram, e deixei muito mais sangue sair dessa vez. Agora juntos, enchemos o cálice.
Assim que se encheu completamente, as estatuas seguraram o cálice e ofereceram para alguém beber. Eu olhei pro Lö e perguntei se seria muito esquisito beber o sangue deles. Ele se mostrou disposto a fazer se eu fizesse, mas antes que ele pudesse dizer algo, virei o cálice para beber.
Caaaaralho. Essa deve ter sido a pior ideia que já tive em décadas. O gosto de sangue, coagulo, ferro e até pus me preencheu completamente. Senti vontade de vomitar inúmeras vezes durante o processo, mas aguentei até o fim. Acabando de beber, pude sentir minha pele descamando, e saindo, como se estivesse trocando. Senti meus cabelos e dentes caírem, apenas para serem substituídos por novos. Eu senti isso acontecendo por umas 20 vezes, e foi como se durassem horas, mas foram alguns minutos no máximo. No fim, ainda cuspi uma chave que senti presa em minha garganta.
Senti a mão do Lö encostando no meu ombro. Ele perguntou se eu estava bem e, sinceramente, não sei dizer. Meu corpo parecia que realmente havia passado por um renascimento (me pergunto se minhas cicatrizes ainda estão aqui), mas ainda sou eu. Eu me sentia estranhamente bem, como se minhas energias estivessem renovadas. E o gosto de sangue e coagulo na minha boca continua forte. Entreguei a chave pro Lö enquanto bebia água e tentava limpar minha boca.
Nós seguimos para o meio da catedral, onde vimos uma porta entreaberta. Subindo, demos de cara com uma sala pequena com alguns cômodos e o que mais me surpreendeu: Um piano. Em território de Wagerlands? Isso sim é bizarro. Quando fui comentar isso com Lö, mas Gugnir me fuzilou com o olhar e fez um sinal para ficar em silencio. Ele mexeu a boca apontando para a porta: “o evangelista”. Todos nós paramos e olhamos para a porta quando Gugnir se afastou, como se esperasse ele vir. Pudemos ouvir passos, mas logo em seguida também o Sino da catedral.
Continuamos olhando a sala enquanto ele tocava o Sino. Aproveitei para contar pro Lö como era estranho ter um piano ali, quando vimos Drake tirando algo de dentro do Piano. Era um pequeno compartimento, com uma adaga dentro. Uma adaga com o símbolo de Sszzaas, o Deus da Traição. Hans falou para tomar cuidado com ela, pois era extremamente venenosa. Ela ficou com Lö, que se posicionou atrás da porta, esperando o Evangelista.
Fiquei encucado com a forma que ele tocava o sino, então tentei analisar e pude perceber que ele estava tocando como descrito na partitura do piano. Eu disse pro Gugnir que iria chamar a atenção dele tocando a música no Piano.
Tomar sangue de um cálice suspeito, tocar música em Wagerlands... Qual o próximo passo? Destruir a Catedral? Hahaha
Quando comecei a tocar, pudemos ouvir Johannes parando na porta do outro lado, como se esperasse algo, então continuei. Ele não saia, então Gug começou a provocar ele, até que ouvimos a parede ao lado se quebrando.
Agora, parado na nossa frente, estava o Evangelista. Ele começou a gritar sobre estarmos do lado do traidor. Enquanto Gug e Lö seguravam ele, Drake, eu e Hans corremos para procurar o prefeito e tirá-lo dali o quanto antes. Usei um primor atlético em mim mesmo antes de sair correndo para lá.
Na sala mesmo, logo onde estava Johannes, vimos o prefeito preso em vigas de metal e vestido por pele e órgãos, como se fosse tentado criar um humano. Johannes gritava para não mexermos no prefeito, que ele era puro de coração e era perfeito para a nova criação. Lö disse algo sobre a Tormenta que vimos para ele, o que pareceu enfurecer o Evangelista. Ele berrava que não deveríamos tentar impedir ele se já estávamos ajudando o Golem que traria a Tormenta.
Ignoramos e começamos a tirar o prefeito de lá. Drake foi até uma porta, que viu trancada. Ele gritou sobre isso, e eu gritei de volta falando que a chave estava com o Lö. Enquanto eu soltava a última barra, o Hans foi buscar a chave e correu até Drake. Eu soltei o prefeito e arrastei ele um pouco pra frente. Foi nessa hora que olhei para a sala de fora e vi Lö enfincando a adaga em Johannes e logo em seguida caindo pela janela para fora da catedral.
Ouvimos o barulho dele caindo no chão. Não poderia me desesperar. Vi que Johannes tirou e jogou a adaga longe, mas logo caiu morto. Chamei Gugnir para me ajudar, com o prefeito e subi até a torre do Sino, onde tive uma ideia. Voltei até o Gug e disse para ele deixar o prefeito na parte de pedra e puxar o Evangelista até o meio da sala. Ele fez, e eu subi até o sino novamente. Pude notar algumas inscrições, mas eu não tinha tempo para ler aquilo com calma, só notei que eram sobre o Cataclisma. Eu ouvi o grito de Gugnir ecoando. Era o sinal. Cortei a corda com a ajuda de Morryneus, e o sino tombou, caindo para o andar de baixo. Pude ouvir ele quebrando as vigas que batia, e vi o fogo se alastrar pela madeira velha e seca do local.
Gritei de lá de cima pro Gugnir correr e desci pelas escadas. Ele olhou para mim e rindo disse que eu estava desafiando os deuses, coloquei fogo na catedral da primeira chama. Me deixei levar um pouco pela diversão sádica dele e mostrei o dedo para a estátua de Thyatis no centro da sala. Corri para a sala de onde viemos enquanto o pessoal foi pelo outro lado.
Eu vi a adaga no chão e peguei ela para leva-la comigo no meio da correria. A Asa parou na janela e gritou pelo Lö, mas eu a chamei de volta para a realidade, tínhamos que sair em segurança primeiro, mas o conhecendo, ele estaria bem. Corremos para baixo, onde vi o sino afundado no chão em meio aos escombros da catedral, o fogo percorria pelo local e era estranhamento caloroso. Me deixei sorrir enquanto corria. Passamos por todo o caminho para a direção do altar enquanto ouvíamos os socos do Evangelista para quebrar o Sino. No desespero, passei e chutei a porta com tudo, dando de cara com guardas prontos para nos atacar. Eu gritei, ofegante, que tínhamos achado o prefeito e ele estava muito ferido. Eles ficaram atônitos por um momento, até Gugnir mostrar o prefeito para eles.
29ª sessão - Cidolfus Vivar, o Falso Profeta
No meio do fogo, eu olhei para trás e pude ver Johannes nos olhando, todo retorcido. Eu tirei uma foto dele. Ele não se incomodava com o fogo, o que me fez crer que ele já morreu para isso antes.
Eu tinha dito brincando sobre destruir a Catedral...
29ª sessão - Cidolfus Vivar, o Falso Profeta
25 de Tziganen de 692
25 de Tziganen – SECUNDA
Depois de despistarmos os guardas enquanto fugíamos da Academia Reinard III, corremos para a Mansão Thrax.
Lá, uma enorme mesa de almoço nos esperava, mas Gugnir tinha outros planos. Cid apareceu perguntando o que tínhamos descoberto quando Gug gritou com ele, perguntando o que ele escondia de nós e, em seguida, gritou sobre o quadro que, prontamente mostrei para todos na sala de jantar. Pensando melhor agora... Não sei por que fiz isso. Eu sabia o que causaria aos outros.
Todos tiveram reações desastrosas, com exceção de mim, Gugnir, Drake e Katriya (que foi avisado por Drake). Cid se manteve integro, como se não tivesse sentido nada... Mas pude ver que a base do seu corpo se estremeceu. Ele só é muito bom em esconder o que sente e pensa, porém tenho certeza que aquilo baqueou o moleque. Não queria que ele escondesse as coisas, e ele passou a agir assim desde que encontramos o Zain... Também pode ser só coisa da minha cabeça. Ugh, desde que eu vi o quadro tudo parece embaralhado...
Depois de uma certa discussão, liderada por Drake, Cid disse que não se lembra de nada depois que subiram na montanha. Ele diz que se lembra apenas dos eventos de dois anos atrás, onde a Anette o encontrou e cuidou dele, como uma mãe, para ele cumprir seu objetivo.
Lö, que havia se machucado feio batendo o rosto na mesa, disse que já havíamos visto essa névoa e trovões, essa Tormenta, e eu lembrei da visão da casa da curiosidade, da fenda, do filme onde a Kara aparece... Gugnir perguntou sobre de onde viria essa ameaça já que não são os deuses ou dragões, eu pensei na Kara e não consegui afastar esse pensamento.
Cid esclareceu mais sobre quando acordou e algumas dúvidas que tínhamos. Ele disse que Anette o encontrou dormindo na Floresta da Glória. Ele sentia como se tivesse renascido, parecendo como uma criança.
Ele também citou que alguém muito especial para ele o deu a máscara, mas ele não se lembra do seu nome, só que tem opiniões mistas sobre a pessoa. Acho que tenho uma noção de quem seja.
Por último, ele disse não saber a canção, apenas um verso que apareceu em sua cabeça quando pegou a peça do alaúde.
Drake era quem estava mais próximo de Cid e interagia com ele, através de fala, toque e conforto. No fim dessa conversa, após tentar ajudar o rapaz, ele nos disse que ouviu duas vozes dentro do Cid, uma solitária e perdida pedindo ajuda, e outra agressiva, pedindo para ele parar de atrapalhar.
Antes que pudéssemos dizer ou fazer qualquer coisa, o Zac apareceu cambaleando pelo portão, saindo de um manto invisível. Ele nos disse que a bomba não estava mais na guarnição, que ela foi transformada em uma arma e a HERA Divina pediu para ele proteger a ponte a todo custo, mas agora já estava tudo fodido mesmo e eles provavelmente já sabiam que Zac os traiu.
Continuando a conversa, Drake sugeriu que deveríamos manter o Zain e o Cid juntos, que talvez os dois fossem a solução para esse quebra-cabeça, mas só se trabalhassem juntos. Eu concordo, desde o quando as cartas começaram a nos ser mostradas, essa parece ser a melhor das opções. Surpreendentemente, depois de engolir seu orgulho, o Cid concordou.
Fomos até o quarto do Zain, o Jekyll indo na frente para ver se o Zain estava bem. Nós seguimos até lá e esperamos, Drake disse que eu deveria convence-lo já que tínhamos mais afinidade, e para eu me arrumar, mas... Ugh, é complicado tocar nesse assunto enquanto o ele está assim. Hans apareceu para nos dar o aval para entrar e disse que a Zorra também estaria escutando. Pelo que parece, desde o acontecimento na Casa Grande, ele não desgruda o Zain não desgruda da Zorra e, depois do que ele me disse, entendo como ela seja importante para ele.
Eu me sentei apoiado na cama, e quando o resto do pessoal acabou de entrar, Zain parecia apreensivo e disse “É agora que vocês me abandonam?” ou algo do tipo. Lembrei a ele que eu havia prometido ajudar ele na sua jornada, e isso pareceu tê-lo calado. Comecei a falar sobre as coisas que descobrimos pela cidade e com o Zac e como a resposta certa para resolver o que vimos no quadro poderia ser unir a força dos dois, claro que Zain ficou apreensivo e irritado. Ele nos lembrou que como Cid humilhava ele em toda situação possível e que seria impossível unir forças com ele. Com certa cautela, fui explicando a história para o Zain e cheguei no nome do homem que Cid dizia não se lembrar: Gig Zeigen.
Depois de dizer esse nome, Zain se levantou, com os olhos iguais de quando está com a Zorra, com uma chama verde bruxuleante. Ele chamou o Cid de traidor da humanidade, de Falso Profeta. Pedimos para ele se acalmar e explicar, mas quando ele foi começar a falar o que Cid fez nos últimos dias, desmaiou. O Cid começou a gritar que ele se lembrava agora, que era o Gig e que ele deveria falar, e gritou até desmaiar.
Continuamos conversando, até que Lö disse que ele encontrou a sombra do Cid na biblioteca, e que, aparentemente, ela aparece onde tem memórias sobre o passado.
Zac disse que Gig era um mentor e talvez até algo a mais para o Cid (o Drake tentou dizer algo como "meus pêsames", mas… ah, eu já espero que não seja reciproco, então se algo acontecer, realmente não me surpreenderia, fora que... O Gig está na espada, é isso?). Eu deitei o Zain na cama, ao lado da Zorra. Ele instintivamente agarrou-se a ela, como um filho que busca o colo da mãe.
Hans se juntou a gente e disse algo sussurrando para Drake, que depois revelou para o resto, afastados de Cid, que o 3º olho na máscara, o que fica ao meio da testa, estava nos observando e parecia estar escutando. Aproveitei que nos afastamos de Cid e disse que o Zain sabia a Canção do Mundo, mas ele sabia 6 estrofes e que iria criar a 7a, enquanto o Cid sabe de 1 verso e não sabe onde ela se encaixaria.
Colocamos o Cid em um quarto separado e resolvemos fazer algumas coisas antes de irmos até a Catedral. Lö ficou na mansão, Hans foi fazer algumas compras, Drake iria num encontro com a Fogueira, mas ela quis ficar e cuidar do Zac, então ele foi atrás de mais fiéis ou algo do tipo, e eu chamei o Gugnir para irmos na Taverna da Pureza Marcial.
Lá na Taverna, cumprimentei a Kara, que servia os clientes. Foi estranho, doloroso… Ainda é muito estranho ver ela bem e sem me reconhecer. Fui conversar com o Gélido primeiro, que nos serviu cerveja por conta da casa novamente. Tentei conversar novamente para eles deixarem a cidade antes que desse merda no ano novo, mas ele ainda assim não quis me escutar. Tudo bem, eu entendo que seja difícil de acreditar sem verem o que vimos nesses dias, então tentei não falar muito sobre isso.
28ª sessão - Alraune, o filho sem amor
Falei sobre o filme e o que descobrimos sobre a Kara, o Gugnir até tentou ajudar, mas… O Gélido só me achou um maluco. É a irmã dele, que ele lembra de ver crescendo. Eu começo a me perguntar quem está com as memórias falsas aqui. Ele disse que eu estava triste e digno de pena, que já estava ficando ridículo essa "projetação" na Sangue-frio. Eu assenti e disse que íamos embora, Gélido disse para voltar quando eu estivesse bem. Gugnir não questionou, mas rimos lá fora quando ele disse que a Taverna iria explodir.
É. Ela provavelmente vai, se tudo der errado.
28ª sessão - Alraune, o filho sem amor
25 de Tziganen de 692
25 de Tziganen – SECUNDA
Bem, depois que a raiva do Gugnir foi embora e ele largou o Drake no chão, nós fomos conversar com o Zac. Ele, inicialmente, já estava sem cabeça só de nos ver chegar. Sinceramente, não culpo dele.
Começamos falando sobre a bomba. Ele perguntou se já havíamos descoberto onde ela estava, e como ele perguntou isso, podemos excluir que a Academia seja um dos possíveis locais. Os anões não estavam querendo cooperar, então nos sobra a Guarnição Kantele. Não tenho nem ideia de como entrar lá ou como começar a procurar, mas é o local mais provável.
Bem, a partir daqui o assunto fica complicado de explicar em ordem cronológica, mas graças ao Zac e seu conhecimento nos heróis passados descobrimos algumas coisas importantes:
1. Começando pelo Evangelista:
· Suas primeiras aparições datam logo após o Cataclisma, o que significa que ele está andando a muito tempo por aqui;
· Existe um rumor de que o Evangelista só pode ser morto por algo diferente do que já matou ele alguma vez, não sabemos as limitações disso, seria algo como se ele já foi morto pelo tiro de um Goblin, ele pode ser morto pelo tiro de um humano ou não pode ser morto por nenhum tiro? E como ele já está a mais de 700 anos vagando por aqui... Bem, vai ser complicado achar algo que o mate;
· Esse rumor conflita com o que realmente acontecia com um paladino de Thyatis que, tendo todos seus poderes, reviveria independente da causa da morte em algum tempo;
· Quando fomos até o Beco da Gaita do Goblin e tomamos conhecimento do Evangelista estar na cidade, o Cid falou que ele era um conhecido seu e que ele seria Johannes, e acrescentou que não acreditava que ele estivesse por trás desses crimes sendo a pessoa gentil que ele era;
· O que me deu uma certeza quase que absoluta de que o Evangelista e Johannes são a mesma pessoa, além de ter saído da boca do Cid mais novo, é que nossa outra suspeita era o Johannes ser o Necromante que encontramos, mas Zac confirmou que o Johannes tinha um voto de castidade e não havia uma pessoa amada por ele, muito menos uma chamada Melissa.
2. Seguindo o que descobrimos, Zac contou um pouco sobre o passado:
· Alexander era o Rei Dragão, um Dragão Branco. Em suma, ele se apaixonou por um humano, Adrian, que o traiu. Ele aprisionou todos os dragões maiores em pedra, e os que não conseguiu aprisionar, ele matou;
· Thyatis queria resetar o mundo com estava;
3. Por último e, de longe, a parte mais esquisita, comecei a questionar o que descobrimos nesses dias em Tzigane e sobre o que escutamos:
· Sabemos que o número 7 está interligado com tudo, menos algumas coisas bem especificas tipo o número de estrofes da canção do mundo e, de acordo com nossas suspeitas depois de ver a Tumba, o número de Heróis. Sendo assim, pelo que ouvi do Zain, ele queria criar a 7ª Estrofe, o que indica que a canção tem 6. E existem 8 tumbas de heróis lá embaixo;