Guerra de Lértur 2.350 - 2.500 Military Conflict in Kereato | World Anvil
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Guerra de Lértur 2.350 - 2.500

O conflito que se tornaria conhecido como a Guerra de Lértur foi uma disputa que assolou o Terceiro e parte do Segundo Mundo entre os anos 2.359 e 2.500. De um lado, as forças do dragão Lorde Lértur, conhecido
como “A Última Escuridão”, comandante da Cavalaria das Trevas; do outro, uma coalisão formada pela República de Androsphera, o Reino dos Anões de Comindor, e o Reino dos Cristais de Callencis.
O exército de Lértur somava, além dos Cavaleiros, também os gigantes de Ânodon, os dragões do norte e os seres de gelo, além de centenas de outras criaturas menores como tieflings e draconatos. Seu objetivo final era destruir  República de Androsphera  e esmagar o crescimento dos humanos que cada vez expandiram
Androsphera, por sua vez, era um país próspero, dotado de magia avançada e conhecimentos tecnológicos extraordinários. Comindor, seu reino aliado, foi uma grande civilização de anões, mestres das montanhas
do norte e protetores de grandes tesouros. Talvez o mais impressionante, Callencis era o povo dos seres de pedra, cuja persistência era tão inabalável quanto suas peles de diamante.
2.359 – Massacre no Teatro Anfilunar: O início da guerra é dado por um atentado no Teatro Lua Cheia que ocasionou a morte de centenas de cientistas, artistas, engenheiros e políticos de Androsphera. Quando a grande apresentação estava prestes a começar, o teatro é subitamente invadido por vários Cavaleiros, em especial Dydrake, que torturou e massacrou inúmeros androspherinos além de uma série de convidados de outros reinos aliados. Esse acontecimento é também marcado pela morte de Roselyne Solenne Descartia e consequente elevação como Cavaleira dos Desastres. Linda Lace, filha do inventor e arquiteto Alastor Lace, foi a única sobrevivente, e pouco depois se tornaria Guardiã da Sabedoria.
O ataque foi planejado por Lértur a partir de informações obtidas por espiões e doppelgangers, que descobriram a data e o local do espetáculo, e enfraqueceu Androsphera de forma arrasadora. Ataques menores seguiram enquanto o exército androspherino se organizava, e dentro de semanas uma guerra em larga escala se instalou no Terceiro Mundo
2.361 – Primeira Investida dos Gigantes: Os gigantes foram por muito tempo a civilização soberana da região e sua dominância estava cada vez mais ameaçada. A partir da Montanha Central de Ânodon, eles
avançaram para o oeste, destruindo vários assentamentos de colonos androspherinos e os pequenos povoados que estavam formando. Tentaram também invadir Callencis no extremo leste, mas o Reino do
Cristal imediatamente mostrou resistência: os callencianos derrotaram as invasões iniciais e contra-atacaram, liderando a ofensiva na Floresta Amaldiçoada de Skabro, ao sul da qual construíram a Fortaleza Mourrha para lançar ataques contínuos aos gigantes pelos próximos anos. Um dos poucos gigantes que conseguiu chegar em Callencis foi petrificado, e a parte de seu corpo que não foi engolida pela terra
tornou-se uma montanha conhecida simplesmente como “A Mão”.
2.367 – Batalha do Vale Ertro: Vários Guardiões tentaram entrar no território lerturiano – que nesse momento abrangia a porção nordeste do Terceiro Mundo, desde Ânodon e incluindo as terras geladas ao norte até as Terras Dracônicas – na esperança de derrotar os inimigos antes que se tornassem muito fortes. Arkarom, Aramis, Rinna e Férkan seguem, mas são interrompidos pelos Cavaleiros Dydrake, Thowolwe e Maletus de Tutan no Vale Ertro. Os Cavaleiros são brutais, e com a falta de povoados próximos, os Guardiões podem usar todo seu poder sem o medo de causar danos. A batalha é devastadora, chegando a mover montanhas. Os Guardiões conseguem levar vantagem, mas são forçados a recuar quando Silarum chega para reforçar os Cavaleiros, ou correriam risco de selamento em um momento crítico.
2.372 – Contra-Ataque Androspherino: Começando a recuperar suas forças, o exército de Androsphera consegue contra-atacar com sucesso pela primeira vez desde o ataque no Teatro. Junto aos anões de Comindor, eles atingem os inimigos em diversos pontos, em particular no Bosque de Deglont, onde impedem o avanço de um batalhão de seres de gelo.
2.381 – Segunda Investida dos Gigantes e Destruição de Callencis: Os gigantes conseguem ultrapassar o bloqueio callenciano na Fortaleza Mourrha e seguem rapidamente para o sul. Sabendo que não haveria tempo para a chegada dos exércitos aliados, os callencianos começam a se preparar para enfrentar a invasão sozinhos. Eles constroem duas armas: a Bromélia de Diamante, projetada como uma grande armadilha, e o Gigante de Petrus, à semelhança do Senhor do Espaço - mas o colosso não é finalizado antes da chegada dos inimigos. A Bromélia tem sucesso em prender vários gigantes em uma prisão de cristal, mas eles chegam acompanhados pelo Cavaleiro da Insegurança, Hábroom. Sem o colosso de Petrus, o povo de Callencis perece, e seu reino é destruído.
Com a queda de Callencis, Lértur passaria as próximas décadas expandindo sobre a porção central do Terceiro Mundo, estabelecendo guarnições nos dois lados do Rio Arquicelli. Para o leste, ele construiu o Forte Threipel, com o propósito de segurar as terras conquistadas. Para o oeste, montou uma cidadela onde futuramente seria fundada a cidade de Sularhon, pela qual poderia movimentar exércitos até Androsphera. Ao mesmo tempo, começou a silenciosamente fortalecer sua posição ao norte, nas Terras Dracônicas, a fim de logo lançar um ataque contra Comindor.
2.406 - Cerco do Palácio da Montanha: O Palácio da Montanha era a sede do Reino de Comindor e, na época, uma das fortificações mais seguras de Kereato. Lértur sabia que para derrubá-lo, teria que quebrar a determinação dos comindorianos gradualmente. O palácio é sitiado por dezesseis meses contínuos, e o dragão esperou pacientemente enquanto os números dos anões diminuíam aos poucos. No fim desse período, centenas de guerreiros comindorianos já haviam caído, e os remanescentes estavam com fome, cansados e com medo. Em Vittan de 2.407, as forças de Lértur finalmente tomam o palácio, fazendo dele seu quartel general no Terceiro Mundo. As demais cidades de Comindor começam a se mobilizar para tentar impedir a perda do resto do reino.
2.410 – Queda de Comindor e Fuga para Temperance: Os anões passam anos tentando conter os inimigos que agora se alojavam em seu antigo Palácio, mas lutavam diariamente contra seres de gelo e dragões –
adversários muito mais fortes que estavam preparados para combater. Logo chegam a um ponto em que seu foco principal é evacuar a população civil, percebendo que não conseguiriam segurar aquelas terras. O que restava de Comindor é conquistado e os anões fogem em massa para Temperance, levando consigo seus tesouros.
Após a queda de Comindor praticamente todas as terras para o leste do Rio dos Seixos Brancos ficam sob controle lerturiano, mas era um domínio tênue - a expansão do território fez com que suas tropas tivessem que ser espalhadas para segurar as áreas capturadas, tornando-se incapazes de avançar agressivamente. Os próximos 21 anos seriam marcados por conflitos menores nessas fronteiras.
2.431 – Desembarque em Arik-Pham e Libertação do Leste: Com a perda de seus dois principais aliados, as lideranças de Androsphera começam a criar planos para acertar os inimigos em pontos cruciais, antes que sua desvantagem aumentasse ainda mais. Uma grande frota naval atravessa o Oceano Aqualidámo e desembarca mais de mil combatentes nas praias de Arik-Pham, onde se dividem em dois batalhões. Metade, formada por guerreiros, marcham até o Forte Threipel, que alojava quatrocentos tieflings além de três dragões – são necessárias várias investidas, mas os androspherinos são vitoriosos no fim. A outra metade, com magos (incluindo a Guardiã Linda), vai até Callencis em busca de sobreviventes, mas a encontram completamente arruinada e sendo usada pelos gigantes para mineração. Usando feitiços poderosos, os magos começam a derrubá-los por terra, um a um - os gigantes são forçados a recuar, marcando o fim de sua participação na guerra.
2.436 – Conquista de Sularhon: Com a intenção de retomar também a região ao redor do Rios dos Seixos Brancos, Androsphera constrói sua própria guarnição, o acampamento de Risdrah (que futuramente também se tornaria uma cidade). Um combate longo é travado nos Gramados do Oeste, lentamente empurrando o exército inimigo até a Ponte Gloski. Atravessando o rio, os guerreiros androspherinos cercam a cidadela de Sularhon, tomando-a após apenas algumas semanas de cerco devido às suas táticas superiores.
2.440 – Marcha sobre Temperance e Tomada do Vale dos Ossos: Com a perda do território oriental, Lértur dirigiu seus esforços para Temperance, na expectativa de eventualmente se aproximar de Tzung pelo norte. A partir de Comindor, seu exército foi até o Segundo Mundo, atacando os comindorianos sobreviventes que se refugiaram em Temperance e tentando estabelecer acampamentos ao longo do território hoje conhecido
como Alliance e até mais ao sul. Os androspherinos se mobilizaram para encontrar os inimigos, mas estes estabeleceram um ponto de estrangulamento na subida dos taludes e saíram vitoriosos. A região onde ocorreu essa batalha ficou conhecida como Vale dos Ossos, devido à grande quantidade de mortos.
2.449 – Batalha do Talude Primo: As elevações próximas do Vale dos Ossos e do que hoje é o reino de Federard começam a ser usadas para alojar dragões, de onde podiam levantar voo e atacar Androsphera em pouco tempo. Para impedir isso, as guardiãs Linda, Sucelitta e Celestine se unem para liberar os locais onde os dragões estavam se abrigando, eventualmente chegando ao Talude Primo – sobre o qual encontram não só vários dragões de gelo, mas também a Harpía Negra, que veio especificamente para combater as Guardiãs. Com a ajuda dos anjos de Celestine, a Cavaleira é derrotada e o ninho dos dragões é desmantelado.
2.455 – “Operação Silêncio”: Um plano foi desenvolvido para tentar assassinar Lértur com uma Explosão Solar – um feitiço extremamente destrutivo envolvendo a detonação de vários componentes mágicos com
a energia do sol. Pequenos ataques foram feitos em vários pontos para distrair o exército enquanto um pequeno grupo levou secretamente os componentes do ritual para os Campos Superiores. A operação, porém, foi um fracasso – ao passar perto da Caverna dos Morcegos, o grupo foi avistado pelas criaturas aladas e interceptado antes de chegar perto do dragão. Os infiltradores foram torturados e seus corpos foram enviados de volta a Androsphera, ridicularizando a ousadia do plano.
2.463 – Primeira Invasão de Tzung: As tropas do Vale dos Ossos contornam o Golfo Lugúbrius para invadir a Floresta de Tzung pelo acesso em Bargin. Mas os androspherinos estavam preparados: eles usam os caminhos densos da floresta para separar os soldados inimigos  emboscar os grupos divididos. Com essa vitória, começa a se destacar o General Sansalo, logo se tornando um dos comandantes mais importantes
da República devido às suas estratégias não convencionais.
2.470 – Ataque das Hidras e Defesa de Galear: Tendo falhado na invasão por terra, Lértur tenta chegar a Androsphera pelo mar ao sul, através de uma aliança com as hidras de Trucídia. As criaturas vieram das
profundezas e atacaram as ilhas de Delear, Silear e Alodar - parte da República, mas onde também habitavam outros seres, como elfos. Uma linha de defesa é imediatamente montada a partir da Base Portuária de Galear, cujo comandante, Silarin, espalhou a frota ao redor das ilhas e tripulou os navios com magos e arcanos habilidosos, protegendo as cidades e formando um bloqueio que impediria por anos que qualquer inimigo alcançasse as Praias Negras.
2.479 – Disputa pelo Golfo Lugúbrius: Com a costa sul inacessível e os exércitos terrenos empatados, tropas inimigas tentam se aproximar de Androsphera pelas águas do norte. Vários pequenos portos foram
estabelecidos na região para construção de navios, por ambos os lados, e batalhas navais foram travadas no Golfo Lugúbrius por muitos anos; após a guerra, esses portos seriam reaproveitados pelas populações locais, dando origem a cidades como Portgard e Mortórius.
2.494 – Segunda Invasão de Tzung: Lértur envia tropas para a Floresta de Tzung pela atual Estrada dos Exilados e em navios atravessando o Golfo Lugúbrius, e o exército androspherino se move para defender esses dois pontos - não percebendo que era uma distração para que um terceiro destacamento contornasse a península e chegasse pelo oeste, no Mar de Constelações. O Porto Astrósphero, sem defesas, é facilmente devastado e navios lerturianos começam a aportar próximos a Androsphera, mas são impedidos de entrar na cidade pela legião de Sansalo.
2.498 - Abertura do Sino e Destruição de Androsphera: O cerco de Androsphera se estende por quase quatro anos, com conflitos esporádicos em toda a Floresta de Tzung. Os limites da cidade, porém, não chegam a ser violados, mesmo com ataques das forças de Lértur em todos os lados – graças, em grande parte, às táticas de batalha do General Sansalo frente à vantagem numérica dos inimigos. As defesas apenas são quebradas quando repentinamente legiões inteiras de inimigos surgem do Sino, devido às ações do traidor Lauro Calarrock, que assassinou Sansalo e abriu o portal do Sino. Transportando-se diretamente para o coração da cidade, o exército de Lértur esmaga os defensores e destrói Androsphera, com os poucos sobreviventes fugindo para as ilhas do sul.
2.500 - Despertar de Petrus: Com quase toda a população dizimada, alguns membros da legião de Sansalo fazem uma última tentativa de impedir sua aniquilação e derrotar Lértur. Soleus Federard, Laurence
Federard, Jane Lovecraft, Augan de La Rousse, Rocksley Wembley e Frederich O’Conner retornam a Androsphera, infestada por inimigos, com um único objetivo: invocar o Senhor do Espaço, Petrus. Um rito complexo é feito usando itens do Cofre de Androsphera e consumindo a vida de Soleus. Petrus é finalmente invocado no Forte Astrósphero. Todo o contingente lerturiano que restava foi imediatamente mobilizado para tentar impedir Petrus, que caminhava em linha reta sobre montes e planaltos até as ruínas de Comindor. Mesmo os Cavaleiros eram incapazes de ferir um integrante da Irmandade Tritia.
Nos Campos Superiores, Petrus enfrenta Lértur – duas entidades incompreensivelmente poderosas aos olhos dos mortais, em um duelo que decidiria o futuro do Terceiro Mundo e de Kereato. Lértur usa todas as
suas forças, mas o poder de Petrus é supremo: o dragão é transformado em pedra e selado para sempre; seus seguidores se dispersam. Após 141 anos, a Guerra de Lértur afinal se encerrava.
APÓS O FIM
Os eventos da Guerra de Lértur moldaram o Terceiro Mundo como ele é hoje, e seu impacto foi sentido longe, com repercussões duradouras também nos demais Mundos. Augan de La Rousse e sua esposa Jane Lovecraft fundaram um reino nas terras centrais, cuja capital se tornaria o atual Castelo de Fohrn. Seu filho
e sucessor, Demetrius Davíde Lovecraft, expulsou os gigantes para além das montanhas do norte, expandindo o reino que eventualmente se tornou um grande Império, hoje governado pelo filho de Demetrius, Andore Davíde. Augan havia também concedido terras para seus companheiros da guerra – Rocksley Wembley e Frederich O’Conner receberam áreas férteis que até hoje são cultivadas por suas famílias, e Laurence Federard deu origem ao epônimo Reino de Federard, no leste. A Guardiã Linda Lace fundou a cidade de Héliosphera, capital do próspero País dos Adoradores do Sol.
Callencis permaneceu destruída, e os escombros do que já foi um glorioso reino são hoje pouco mais que vestígios misteriosos para os povos do Terceiro Mundo. Acredita-se que alguns indivíduos do povo de cristal
sobreviveram, escondidos em cantos remotos da existência. Os descendentes dos anões de Comindor continuaram se espalhando, especialmente em Temperance. Os tesouros comindorianos foram em sua maior parte perdidos para o tempo, cujas relíquias mais cobiçadas eram as magníficas rochas capazes de se transformarem em animais.
As ruínas de Androsphera foram fechadas pelos Guardiões, visto que caso sua tecnologia (ou o que sobrou dela) caísse nas mãos erradas, as consequências seriam desastrosas. A região de Tzung se tornou um alvo
comum para saqueadores, e apesar dos esforços dos seguidores dos Guardiões, ocasionalmente caixas de espólios androspherinos eram carregadas para fora e comercializadas ilegalmente. Seu maior mistério é o lendário Cofre – poucos sabem de sua existência, e menos ainda já chegaram perto de acessá-lo.
Escrito por Victor Begha
Foi um conflito militar entre a República de Androsphera e forças aliadas versus o Dragão Lértur e seus asseclas. Aconteceu no terceiro milênio, entre 2.359 e o ano de 2500.

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