Enari (Ê-ná-ri)

A capital da província enumiana.

Quando as névoas chegam à noite e envolvem as torres e muralhas de Enari, ela se torna verdadeiramente fantasmagórica, é verdade. Mas nada será, para sempre, mais fúnebre do que os eventos daquela noite em que perdemos nosso rei, nossa autonomia e nossa dignidade. Aquela será a noite mais longa de nossas memórias.

— Derrida Triar, Senhora do Povo de Enari

A cidade de Enari é a capital da Província Enumiana e sede de poder da Coroa de Enari. Ela é o maior porto da porção sudoeste do Império, usando sua influência para comandar e/ou ofuscar portos menores da região. É a cidade que possui maior contato mercantil com a reformada Leas.
Trata-se de um assentamento fortificado por uma muralha perimetral, que possui três portões. As docas dominam o litoral da cidade e em seu centro, num morro, está o Vefirmiat, único castelo ancestral feito por humanos ainda de pé, ainda que recentemente (230 3E) tenha tido que passar por extensas reformas após os eventos da Noite Mais Longa. Das grandes cidades afligidas nos prelúdios da Terceira Divergência, Enari foi a que mais sentiu os ataques ínferos da região: a maior parte das forças da VI Legião Enumiana estavam deslocadas no conflito com a vizinha província rebelde e o resultado foi catastrófico para a infraestrutura local. Ainda assim, Enari persistiu como último bastião seguro da província.
Atualmente, sua corte tem se destacado pelo grau cada vez mais assertivo na política ceriana. Na ausência de um Imperador e com o óbvio desgaste da regência do Pontífice Cedric Margrave, a nobreza enumiana tem tentado ganhar o máximo de autonomia possível e, como um extra, alguma influência dentro da capital imperial. Ainda assim, os eventos políticos e militares das últimas décadas pesam na balança da história, e presságios de instabilidade e fanatismo ganham força na cidade.

História

Enari é uma das antigas cidades humanas, sede do antigo Principado de Enari. Ela veio a se tornar um reino quando o Reino de Cassedir caiu para o Império de Ernas, tendo preservado sua independência por dois séculos, até ser dominado ela mesma pela Magocracia de Linea. Tensões entre essas duas potências élficas fizeram com que o reino fosse controlado ora por Ernas, ora por Linea, multiplicando as influências na cultura e mentalidade enumiana.
Na 1E, quando os elfos já haviam caído e o Grande Extermínio tivera sido levado a cabo, o Reino de Enari era uma força rival e hostil ao Reino Alessiano. Ao final de um conflito que sucedeu a Crise das Almas, a então vitoriosa rainha alessiana, Coralie Astrea, prometeu considerável autonomia religiosa, cultural e até política caso Enari concordasse em tornar-se parte integrante do Império de Ceres, que nasceu bem ali.
Em 230 da 3E, a cidade passou meses sendo atacada continuamente por forças ínferas. No meio do caos em que passava a cidade, Cidália foi recrutada (como um bando de aventureiros que mal se conheciam) para um trabalho de segurança local, descobrindo por acidente a traição de Rona Melville. Eles tentaram impedi-la, mas falharam. Rona assassinou o rei infante, feriu fatalmente a maga da corte, Mersa von Cordélia, e roubou uma relíquia apoteótica para si. Ela então contestou a divindade de Selune e deu início a um ritual apoteótico que Cidália se viu obrigada a tentar parar. Naquela noite, como resultado do feitiço que protegia o Graal, Enari caiu num sono profundo que, para alguns, durou mais de um mês.

Economia

Sendo o maior porto da região, Enari lucra principalmente através da tributação e distribuição de bens por toda a sua província. A presença do Grande Bazar de Nerim sedimenta a cidade como o maior pub de venda e troca de toda a porção sudoeste do continente, com mercadores de todas as partes. O bazar domina toda a porção oeste da cidade e se equivale a quase 40% de sua extensão, com becos que são labirintos para os ruins com direções. Toda essa atividade mercantil é obviamente taxada, e muitos dos lordes locais são mercadores eles mesmos, disputando monopólios, concessões e tentando aglomerar em seus negócios milhares de outros menores.

Militar

A Legião Enumiana VI, Fileiras Douradas, costumava ser a menos testada em combate, mas tornou-se especialista em batalhas nos territórios mais caóticos possíveis. Ela foi distribuída na região como força militar estacionária e guarda local, e Enari serve como uma das duas bases militares desses 4000 mil homens. Em sua maioria, a legião é composta por lanceiros e infantaria média.

Política

Após a Noite Mais Longa e o assassinato do Rei Caius Dússula, a cidade passou a ser governada pela Senhora do Povo, Derrida Triar, assistida por um Potentado Imperial. Eventos das últimas décadas viram essa influência removida, em parte graças aos muitos avançados políticos de Triar, que inclusive passou a controlar os outros dois Senhores Imperiais. A dissolução das Casas Imperiais, entretanto, tornaram o título da regente vazio, e numa jogada de poder mal calculada, a nobre foi traída e assassinada. Os nobres enumianos optaram por uma regência compartilhada desde então, mas o aumento da corrupção e a disparidade social desenfreada impediram que o povo apoiasse a situação política na província, levando a movimentos insurrecionistas e pequenas rebeliões.

Founding Date

Anos do Caos

Tipo

Large city

População

22 mil

Gentílico dos Habitantes

Enarianos

Localizado(a) sob

Floresta Enumiana

Ruling/Owning Rank

Rei, Daimiô ou Alto Eidar

Organização Proprietária

Terras de Enari