S01E07 - Liberdade e Controle Report | World Anvil | World Anvil

S01E07 - Liberdade e Controle

General Summary

4 de Setembro de 1991, 0:15, O Deserto   Elizabeth Bennett caminha pela madrugada se afastando cada vez mais do esconderijo dos Pollos Locos, carregando Evelyn Stephens nos ombros. Quando já está longe o suficiente para não ver as luzes e o barulho do rádio, Bess acredita estar a salvo. Poderia colocar a outra cainita em segurança e fazer suas perguntas. Porém, a desacordada mostra estar novamente fingindo e começa a se debater para ser solta.   Evelyn pergunta se Bess é a nova cachorrinha de Modius, reclamando que ela sempre está um passo a frente dela nos lugares que ela vai e que não entende como ela se associou à Camarilla. Bess conversa com Evelyn sobre responsabilidades, poderes, e as leis da Camarilla. Ela comenta que conhece seu irmão, Gregory Stephens, falando que ele está preocupado com ela e Eve reclama que ele não deveria estar procurando por ela, já que da última vez que ele e o Malabarista se encontraram, Gregory quase morreu.   Evelyn usa Presença para arregimentar desabrigados para poder beber sangue e os oferece à Bess. Evelyn bebe até se saciar, matando um dos desabrigados, os outros parecem tão absortos em querer lhe dar atenção que não percebem o homem falecido caído a seus pés. Quando confrontada por Bess sobre seus métodos e sobre o que pode acontecer, sobre o quão errado é ceder aos seus instintos e violar as leis das Tradições, tendo sempre acreditado que a Camarilla queria apenas controlar tudo e os Anarquistas queriam liberdade para ir e vir, Evelyn sai com pressa e em negação do que pode lhe ocorrer, mesmo não pertencendo à Camarilla.   4 de Setembro de 1991, 1:30   Com sede, Bess transita pelas ruas de Gary até encontrar um bar onde motoqueiros estavam bebendo e ouvindo rock. Ela logo chama atenção, com sua camisa do Motörhead marcada pelos buracos de bala. "Até que serviu pra alguma coisa", ela pensa. Sem dificuldades, ela se aproxima de um deles, não era o mais jovem ou o mais bonito, mas serviria para seu propósito. Era do tipo tiozão, e ela parecia ser o tipo de presa que ele gostaria para aquela noite. Mal sabia ele quem era o verdadeiro predador.   Ela nem precisa se esforçar, o homem a segue para um beco onde ela finge que vai deixar ser tocada e toma seu sangue. Mas Bess não contava com os outros motoqueiros indo atrás do companheiro. Ela começa a correr entre as casas, desviando da perseguição. Logo, o som das motos passa por ela, enquanto ela se esconde em um canto. Se seu coração ainda pulsasse, ela sentiria ele na garganta, mas ela não era mais aquela menina inocente que passou por apuros antes, quando foi enganada e teve sua confiança traída... Aquele evento que a deixaria ainda mais fechada para contato com os outros.   Não. Agora ela era o predador, não mais a caça. Como um grande felino, ela espera entocada até que seus perseguidores desistam. Ela bebeu o suficiente para saciar a fome de curar o tiro na costela. Ainda sentia dores, mas era mais suportável agora.   Quando ela sai do esconderijo e volta a andar pelas ruas, uma figura surge no canto de seu olho. Uma mulher, usando roupas que Bess poderia jurar que não eram daquela época. Mas assim que ela tenta focar seus olhos naquela pessoa, ela não consegue mais enxergar. Apenas uma árvore em seu local. Estaria ficando paranoica? Seria a cerveja no sangue do homem que acabou de beber? Bess continuou sua caminhada pela madrugada, sem ser incomodada. Os predadores a estavam reconhecendo como uma ameaça maior.   4 de Setembro de 1991, 2:00   Sem pensar muito, Bess nota que estava se dirigindo à casa de Sophie. Estaria ela bem? Teria o detetive Stephens cumprido com sua promessa e deixado a carta para ela? Não queria incomodar, já estava bem tarde, dia de semana e Sophie tinha um filho pequeno. Pobre criança, viu sua mãe no êxtase do beijo.   Bess desistiu de seus pensamentos. Deveria estar tudo bem com eles. Resolveu voltar para o refúgio e dar a noite por encerrada. Ela encontrou no armário uma camisa de botões, coisa que ela nunca pensou que Dana poderia ter.   Sem mais o que fazer e mentalmente exausta pelos acontecimentos da noite. Bess resolve descansar mais cedo. Acordaria quando o sol se pusesse e resolveria suas pendências. Mina estava vingada.   4 de Setembro de 1991, 18:00, Refúgio da Dana   Quando Bess acorda, vê Dana a observando enquanto dormia. Ela havia recebido uma ligação e liga a televisão para que Bess possa ver o noticiário, que conta que a Inspetora Renée Watson liderou uma operação contra os Pollos Locos por terem matado a família de Thomas e Joanna Myers Phillips, tendo descoberto um armazém onde produziam drogas, mas que por conta de uma guerra de gangues, envolvendo uma gangue ainda desconhecida, estavam todos mortos, incluindo o líder Eric Hernandez.   Bess conta que não estava sozinha, que uma mulher apareceu, a mesma que a encontrou na casa de Mina. Ela explica o que aconteceu e quando cita o Malabarista, que criou Evelyn, Dana entra em fúria, quebrando a mesa, com as presas para fora e os vizinhos reclamando do barulho. Bess conta que ela a ensinou como usar o sangue para se curar e que ela poderia ser livre fora da Camarilla.   Dana explica sobre a Camarilla, o Sabá, os Anarquistas. Fala de seu relacionamento com o Malabarista, que ele a fez matar seu mestre e sua primeira cria.  

Dana: Esse desgraçado... ele vai arrastar mais uma pra esse movimento dele...   Bess: Do jeito que ela falava, parecia que existia alguma coisa além da Camarilla. Não estou entendendo. Existe algo além da Camarilla?   Dana: Eu tenho que te contar muita coisa, a gente tem pouco tempo, eu preciso que você se vista bem. Hoje você vai ser apresentada à corte do Príncipe Modius e vai ser aceita no meio da sociedade vampírica... cainita... E ainda tem muita coisa que preciso te contar.   Dana: Existe a Camarilla, que trabalha pra esconder a nossa presença dos seres humanos... de que você já foi um dia. Você não imaginava que existiam vampiros, isso era coisa de desenho animado, livro, filmes... Pra você nada disso existia, não é?   Bess: É...   Dana: É graças à Camarilla isso. Mas tem gente que não gosta, que servir aos mais velhos, aos Anciãos, é uma perda de tempo, que os humanos são gado, deveriam ser consumidos. Um grupo assim é o Sabá. Eles são monstros, você deu sorte de não ter sido abraçada por um deles, eles abraçam a Besta, se entregam à ela.   Bess: O que você tá falando faz sentido, foi isso que ela falou, a forma que ela agiu. Ela tratou aqueles mendigos como se fossem nada.   Dana: O quê? Mas isso não faz o estilo dele... Não faz sentido...   Bess: O que não faz sentido pra mim é que ela tem um irmão que é humano e sabe a natureza dela.   Dana: Isso é uma violação da Máscara. Você tem certeza disso, que ela é cria do Malabarista?   Bess: Eu não sei, eu acho que é, ela falou dele, não sei se só anda com ele... Sei que ensinou tudo que ela sabe... E que ela não segue as regras, e tem esse irmão humano que ela se preocupa, mas ela não se importa com os outros.   Dana: Ela tem um comportamento mais de Sabá do que de Anarquista. Se ela tá com ele, ela é Anarquista, mas esse comportamento...   Bess: O que são os Anarquistas? São tantos nomes que você diz.   Dana: Eu já fui Anarquista, já fui contra a Camarilla, contra o domínio dos Anciãos, mas a gente... A gente não... Não sou mais... Eles também são contra o Sabá. O que os Anarquistas querem é sobreviver nessas noites escuras. A forma da Camarilla de fazer isso é pelo controle. Tem um clã, os Ventrue que gostam desse poder, desse controle, e foram os principais criadores da Camarilla. Eles também tem uma rixa com nosso clã, os Brujah. Dentro da Camarilla essa união entre os clãs é cada vez mais importante, mas é artificial... Os Ventrue, os Nosferatu e os Tremere são os mais organizados. Os Brujah compartilham o estilo de vida livre e ideal, isso que nos une, não necessariamente o respeito aos mais velhos. A liderança deve ser conquistada...   Dana: Quando fui transformada, me identifiquei muito com o estilo dos Anarquistas, mas o Malabarista... O estilo dele... Não era o meu estilo... Deveria haver um pouco mais de controle, não pode ser tão aberto assim. Foi por isso que me juntei à corte de Lodin, o Príncipe de Chicago. Você vai conhecer Modius hoje, tente não mencionar Lodin, há uma rixa entre eles. Eu não sei tudo, mas há alguma coisa antiga entre eles. Gary foi sendo destruída por causa de Lodin, como se ele quisesse punir Modius. Ele está há um passo de perder tudo por aqui... Ele é senhor de... NADA. O que sobrou em Gary? Poucas pessoas andam pelas ruas, mal se alimentam os vampiros daqui... A indústria abandonou o local, apenas os Estaleiros mantém algum emprego para a população.   Dana: Mas em Chicago, Lodin proibiu a criação de novos Membros, e eles vêm para Gary para criá-los e soltá-los no mundo, com Modius os recebendo de braços abertos... Braços abertos, mas exigiu que você realizasse uma pequena tarefa.   Bess: Eu quase morri lá.   Dana: Ele vai ficar satisfeito que conseguiu, ele e Lucian, quem domina os Estaleiros. Os Pollos Locos eram um desafio ao seu poder. Ele é meio solitário e não gosta de novatos, mas acho que vai ficar feliz em saber que você conseguiu.... 10 anos nessa e não consigo me acostumar com essa politicagem toda... Ainda assim, acho que isso é melhor do que não ter controle nenhum, mesmo que você não esteja no controle...   Bess: E o que aconteceu pra você ter mudado?   Dana: Não é hora de falarmos sobre isso. Vá para esse endereço. Modius mora em uma mansão. Não se atrase, à meia-noite ele fará um brinde.   * Dana olha para a camisa furada de balas que Bess usou   Dana: Eu gostava daquela camisa, mas eu prefiro que você esteja inteira. Eu não consegui te ensinar muita coisa ainda...   Bess: Eu fiquei muito surpresa com as propriedades curativas do sangue, nunca pensei que isso fosse possível. Em todos meus anos de pesquisa, nunca vi nada como isso.   Dana: Uma bênção e uma maldição. Precisamos dele para viver e ficarmos eternamente jovens. Você vai sempre ter essa carinha de quem acabou de sair da faculdade.   Bess: O sangue vampírico pode ser usado para curar outras pessoas?   Dana: Em parte... Você pode fazer isso para curar uma pessoa, mas vai causar mais mal que bem. Terá escravos que pode controlar. Criará um carniçal se não beber todo o sangue antes. Ele será mais resistente que um humano normal, jovem enquanto beber de você. Isso é perigoso, no entanto. Se criar um Laço de Sangue, ele te servirá fielmente.   Bess: Laço de Sangue? O que é isso?   * Dana abaixa a cabeça, como perdida em pensamentos dolorosos   Dana: É o que acontece quando você bebe três vezes de um mesmo vampiro. Você vira escravo dele, é controlado. Primeiro sente uma atração, depois uma vontade extrema se seguir, e por último, você daria sua vida por ele. É bom você saber disso, você já bebeu meu sangue duas vezes e não pode beber uma terceira.   * Bess aperta os lábios e olha para baixo, entendendo o que se passava   Bess: Por que você está me contando tudo isso? Teria mais a ganhar me transformando em sua lacaia.   * Dana expressa um ódio em seu olhar   Dana: Nunca deixe que façam isso com você. Não sabe a dor que isso pode causar, ser controlada...   Bess: Quem fez isso com você?   Dana: Foi o Malabarista. Eu era jovem... eu sou jovem... Estava desiludida com meu criador, ele não me ensinou muitas coisas, não ligava muito. Foi quando o Malabarista apareceu. Ele cuidava da gente, nos ensinava, mas eu não concordava muito com os métodos dele. Quando o meu criador se tornou uma pedra em seu caminho, ele me fez cometer um grave crime, me fez destruir meu mestre. Mas isso não é só o Laço de Sangue... Eu daria a minha vida por ele, pularia na frente de uma estaca, descobri depois que havia o Laço de Sangue... Mas quando matei meu mestre, descobri que ele estava me Dominando... Muita coisa que ele me fez fazer foi porque ele tava controlando a minha cabeça, mas depois percebi que estava fazendo por vontade própria... Foi quando decidi me separar... Ele ainda poderia me chamar pelo Laço de Sangue...   Dana: Sem meu bando, estava me sentindo muito sozinha, e foi aí que decidi Abraçar uma garota para me acompanhar nessa vida...   * Dana começa a chorar lágrimas de sangue, escorrendo pelo seu rosto   Dana: Quando ele descobriu, ele me fez matá-la. Ele achou que eu estava tentando criar um bando para derrubá-lo, ele não me havia dado permissão para criar outra vampira. Foi o suficiente para quebrar minha ligação com ele, mas eu já havia feito o crime. Eu sei o poder que ele tem sobre as pessoas, por isso não queria que você dependesse dele para limpar os problemas que você causa... Há outros que podem fazer isso.   Bess: Sobre esse problema, acho que consegui resolver, mas preciso sair para saber que está tudo certo.   Dana: Do que você está falando?   Bess: Eu consegui convencer o meu amigo a voltar para Chicago e não contar nada a ninguém. Ele não sabe o que eu sou, nunca disse com todas as letras.   Dana: Tome cuidado, você pode tê-lo colocado em risco. Lucian, que você vai conhecer hoje, é tão bom quanto o Malabarista com isso, talvez ele te ensine a controlar a mente das pessoas se você souber usar o que você tem. Ele consegue limpar a cabeça das pessoas, deixando uma casca vazia. Tome cuidado, mas ele pode ser um bom aliado.   * Dana seca as lágrimas e Bess a abraça. Elas ficam abraçadas por um tempo   Bess: Eu sinto muito pelo que aconteceu com você, nunca é fácil lidar com pessoas que não respeitam nosso livre arbítrio, que não querem nosso consentimento, eu sinto muito. Eu sei que pode ser pelo fato de você ter me dado seu sangue duas vezes, mas isso não muda o fato do que eu sinto por você. Sempre estarei aqui pelo que você precisar, você tem em mim uma amiga.   * Dana olha Bess nos olhos e lhe dá um beijo na boca, se afastando em seguida.   Dana: Não se atrase, você vai conhecer muita gente hoje, isso pode ser muito pra sua cabeça. Tente chegar antes da meia-noite. Só tenta não destruir minhas camisas. Passa na Target em Chicago, deve ter uma promoção lá.   * Dana sorri enquanto sai
   

A Despedida

  4 de Setembro de 1991, 18:40, Casa de Mina   Bess tenta passar na casa de Sophie Allison, mas lembra que ela trabalha até tarde. Seu destino passa a ser a casa de Mina e pega um táxi. Lá, chama por Mina, encontrando o espírito no quarto onde tudo aconteceu.  
Bess: Mina, eu fiz o que prometi.   Mina: Obrigada Bess!   Bess: Agora só preciso levar você...   Mina: Não precisa, já me enterraram.   Bess: O quê?   Mina: Aquela policial que veio aqui chamou outras pessoas. Eles nos encontraram e nos levaram. Já estamos enterrados.   Bess: Então, acabou?   Mina: Sim, eu finalmente posso ir. Consegue ver?   *Mina aponta para a varanda   Mina: Meus pais estão dizendo obrigado e me chamando. Eu preciso ir. Bess, eu vou encontrá-la?   Bess: Eu... eu não sei...   Mina: Siga para a luz. Não se prenda aqui, é muito triste.   Bess: ...   Mina: Eu... eu deixei uma coisa pra você onde me enterraram, um presente.   *Mina abraça Bess e chora lágrimas de felicidade ao se despedirem.
  Porém, logo que Mina some em um facho de luz, Bess sente uma presença surgindo no lugar, como se saindo das sombras. E uma voz rasgada se faz ouvir de um homem com poucos fios de cabelo, pele toda enrugada, orelhas de abano, dentes tortos, aparência suja como se fosse marcado por gordura. Bess não aguenta e dá um grito.  
Homem: Ela já foi? Que pena... tantas perguntas...   Bess: Quem... quem é você?   Homem: Eu sou a mesma coisa que você, não consegue ver?   Bess: Nunca tinha visto alguém como você antes...   Homem: Hah, você é nova... Hehehe... Nunca viu um Nosferatu, né?   Bess: Já ouvi o nome, mas nunca imaginava que seria...   Homem: Feio? Pode falar, já tô há muito tempo nessa vida.   Bess: O que está fazendo aqui?   Homem: Queria falar com ela, mas ela já foi embora.   Bess: Consegue vê-la?   Homem: Consigo, consigo ver muita coisa, consigo ver que você está assustada, que tem a dor na alma de ter tirado uma vida, que está preocupada... Ahhh, essas veias na sua aura indicam que você realmente está preocupada com alguém que ama. Heh... Tente esconder esses pensamentos, eles podem ser usados contra você.   Bess: Aura? Você é o quê? Uma mago por acaso?   Homem: Heh... Você acabou de ver um fantasma, uma aparição, e duvida dessas coisas?   Bess: Há uma explicação lógica, eu provavelmente vi a notícia da morte dela e meu subconsciente...   Homem: Huh...   * Ele desaparece e Bess ouve uma voz atrás dela   Homem: Bu! Qual a explicação lógica para isso?   Bess: Existem animais muito rápidos e como o camaleão, conseguem se esconder se camuflando. Você deve ter alguma coisa disso em você.   Homem: E um camaleão consegue fazer isso?   * O homem do nada está com as feições de Bess   Bess: O que é isso???   Homem: Camaleão? Heh heh heh   Bess: Eu devo estar alucinando, não é possível!   Homem: Qual seu clã? Hummmm... Essa violência toda, as emoções fortes que emanam de você... Brujah?   Bess: Brujah.   Homem: E se me desculpa a indiscrição, quem te criou?   Bess: Mas eu nem te conheço, não sei seu nome...   Danov: Alexander Danov, ao seu dispor.   Bess: Você está afiliado a quem? Camarilla, comunistas... não... Anarquistas... Sabá?   Danov: Sabá... pessoas odiosas, não sabem se esconder e acham que devem destruir a todos. Muito enganados, se entregam à Besta e saem fazendo merda. Tiroreito de gangues no centro? Dedo do Sabá... Heh...   Bess: Então você tá com quem?   Danov: Com ninguém. Nem com a Camarilla, nem com os Anarquistas, nem com o Sabá.   Bess: Como isso é possível?   Danov: E depois de tudo que você viu aqui hoje, ainda duvida das possibilidades?   Bess: E o que você quer de mim? Eu não tenho nada, não tenho valor pra você...   Danov: De você não quero nada, mas dela... queria ter feito perguntas para ela... Não consigo mais enxergá-la por aqui, e tinha tanto para perguntar... Diga... Você matou uma pessoa. Como foi isso?   Bess: Eu... fiz um juramento... Não deveria ter feito isso.   Danov: Você é médica? Está confusa, sinto dor em você.   Bess: Ele tinha feito coisas horríveis, eu não conseguia pensar direito. Eu... não sou juiz, não deveria ter feito isso...   Danov: Ahhh, a Besta, você a deixou tomar o controle? Não estava enxergando nada na sua frente?   Bess: O que mais me assusta é que eu sabia o que estava fazendo.   Danov: Houve violência nesta casa. É por causa disso?   Bess: Por que você queria falar com a garota?   Danov: Ela está do outro lado, poderia responder tantas dúvidas minhas, mas agora vou ter que procurar outro espírito. Mas voltemos a você, sacie minha curiosidade.   Bess: Eu vou responder suas perguntas, mas gostaria de algo em retorno.   Danov: Mesmo uma neófita como você já sabe como o jogo dos vampiros funciona, quer favores em troca da informação. O que posso lhe oferecer?   Bess: Não deveria te contar coisas da minha vida, mas preciso de respostas. Preciso de informação e você parece saber bastante.   Danov: É isso que nós Nosferatu nos especializamos, podemos não ter uma carinha para telejornal, mas sabemos mais do que eles, pois é na escuridão que sabemos o que as pessoas escondem, olhando na alma descobrimos os segredos, assim como olhei na sua...   Bess: Eu gostaria de enter mais sobre nossa condição, como cientista, o que nosso sangue pode fazer, e acho que posso usar isso pra ajudar muita gente, mas quero saber no que to me metendo antes que machuque muita gente sem querer.   Danov: Garota, quem te criou que não ensinou nada disso? Quanto tempo você tem de não-vida?   Bess: Vou fazer uma semana.   Danov: Por Jesus, Maria e José! Você é muito nova mesmo! Diga, você vai hoje na festa do Modius?   Bess: Sim, fui convidada.   Danov: Heh, vai ser divertido ver você crescer esta noite então, aprender a se portar no meio dos outros e entrar no jogo político.   Bess: Eu não gosto de política, eu não gosto de ter que lidar com pessoas. Elas são traiçoeiras e vampiros ainda mais, mas eu não consigo atingir meu objetivo sem...   * Danov aponta o dedo para a testa de Bess   Danov: Isso é sabedoria. Pelo menos quem te Abraçou teve a oportunidade de pegar alguém com cérebro, e não alguém que apenas quer pegar um pedaço de pau e dar na cabeça dos outros. Para uma Brujah você é bem inteligente.   Bess: Onde consigo aprender mais sobre isso? Não quero depender só de favores, existe uma biblioteca, algum lugar que eu possa aprender?   Danov: Você acha que a gente tá há tanto tempo sem ser descoberto se publicássemos livros? Existem, mas são publicados a mão e deixado nas mãos apenas de Membros. Da minha cabeça eu posso lhe ensinar muita coisa, mas não vou me demorar muito em Gary, vou me apresentar a Modius e ir embora quando me encher desse lugar. Enquanto estiver aqui e você me entreter com o que aconteceu aqui, posso lhe ensinar o que não sabe.   Bess: Então temos um acordo?   * Danov estende sua mão torta e com várias verrugas para Bess   Danov: Acordo fechado. Me diga o que aconteceu.
  Bess conta para Danov o que aconteceu com Mina. Ele comenta que ela poderia ter se tornado um espírito muito violento. Bess conta do crucifixo, que as sombras se afastaram de Mina. Danov conta que ela deve ter sido uma pessoa de grande fé.  
Danov: Estou numa caminha para descobrir uma coisa maior.   Bess: Deus?   Danov: Quem sabe. Deus criou Caim e deu a ele sua maldição quando matou seu irmão Abel. E nós viemos de Caim. Por mais que a Camarilla esconda essas histórias, aceitam ser chamados de cainitas. Nosferatu descendem de Absimilliard, um dos "netos" de Caim, não propriamente neto, um vampiro de terceira geração, se podemos dizer que Caim é a primeira.
  Danov explica para Bess o conceito de gerações dos vampiros, a distância que os separa de Caim, o Grande Dilúvio, o que dá aos criadores dos clãs o nome de Antediluvianos. Ele diz que a interpretação bíblica diz que deus enviou o Grande Dilúvio para matar os gigantes, filhos de anjos com humanas, gigantes entre os homens, mas que era uma interpretação errada, e sim que o dilúvio foi para acabar com os vampiros que estavam Abraçando muito humanos. Os Antediluvianos seriam como deuses entre os mortais.   Bess estava perdida nas explicações, mas Danov a lembra que deve ir para a festa. Quando pergunta como poderá encontrá-lo novamente para saber mais, ele desaparece de sua frente, sorrindo enquanto some.   4 de Setembro de 1991, 20:00, Cemitério Oak Hill   Bess toma um táxi para o Cemitério Oak Hill, onde Mina foi enterrada com seus pais. Quando chega lá, precisa saltar sobre o muro, pois o cemitério já está fechado. Aquele lugar era assustador à noite, ainda mais em uma Gary abandonada. Nesse momento ela se dá conta do tamanho do lugar, com apenas a iluminação da Lua para guiá-la e sem saber onde que os Phillips foram enterrados.   Eis que Bess sente que está sendo vigiada. Ela percebe um homem alto, de cabelos na altura dos ombros, usando um terno que fica justo, como se não fosse dele, a observando atrás de uma árvore. Quando ele entende que foi notado, desvia o olhar dos olhos de Bess e desaparece. Bess corre atrás dele, chamando pelo homem que acabara de sumir, dizendo que estava perdida e precisava de ajuda. Ela continua correndo e ouve o barulho de algo quebrando.   Bess encontra o homem tentando colocar um pedaço quebrado de uma cruz de pedra no lugar, gemendo pedidos de desculpa, de que não queria ter feito aquilo. Ele se assusta quando Bess chega perto, pedindo para ela não machucá-lo. Bess explica que ela está perdida, procurando uma lápide para se despedir. Ele evita seu olhar, fitando os pés, passando a mão na cabeça e mexendo nos cabelos. Ela se lembra das aulas de psicologia e entende que aquele homem tem algum tipo de problema.  
Bess: Não se preocupe, acidentes acontecem. Então, você pode me ajudar? Eu tenho uma festa pra ir depois daqui.   Homem: Eu... eu também tenho uma festa... Não queria ir... Mas chamaram todos... Na casa grande.   * Bess começa a suspeitar que ele talvez seja um Cainita   Bess: Será que estamos indo pra mesma festa? Nós podemos ir juntos. O que você acha?   Homem: Eu já vou com alguém.   Bess: Tudo bem, se você puder me ajudar a encontrar essa lápide, eu serei eternamente grata.   Homem: Como que ela é?   Bess: Não pude vir durante o enterro, é uma lápide bem nova.   Homem: Da menina? Vem...   * Bess percebe que ele manca da perna esquerda
  Ele a leva para o local específico, as lápides de Mina e seus pais, com o crucifixo sobre a lápide da garota. Bess agradece e o homem se identifica como Michael. Ela se despede e promete vê-lo na festa. Conforme ele se afasta, Bess observa a mesma mulher que ela viu na noite anterior parada na entrada do cemitério. Ele se encontra com ela, ela põe a mão em seu rosto e saem andando dali.   Bess toca o crucifixo e pode ouvir em sua cabeça a voz de Mina.  
Mina: Muito obrigada por tudo que você fez por mim. Estou devolvendo o que você me deu. Espero que isso te proteja.
  Sem mais o que fazer ali, Bess só tem um destino nessa noite: a mansão de Modius. Ela demora para conseguir um táxi, havia pouco movimento na rua e quem passava pelo local evitava Bess, pois uma mulher pálida na noite em frente a um cemitério, só poderia ser uma aparição.   4 de Setembro de 1991, 21:00, Mansão de Modius   O táxi que Bess pega a leva pelas ruas de Gary enquanto ela descansa um pouco para pensar no que havia acontecido. Michael era um tipo peculiar, quem será que o teria Abraçado e por qual motivo? Quem faria isso com uma pessoa que aparenta ter necessidades especiais? Mas os pensamentos de Bess são interrompidos quando ela percebe que um carro a segue desde o cemitério.   Seria a policial que quase a encontrou duas vezes? Não, o carro era diferente. Fez questão de guardar mentalmente a placa. O modelo do carro ela tentaria se lembrar pela aparência, não era do tipo de pessoa que sabe diferenciar um Mazda de um Honda, qual o ano e o modelo. Mas antes que consiga raciocinar melhor, o carro desvia e toma outro rumo quando vão chegando perto da Mansão de Modius.

Campaign
Sangue Novo
Protagonists

Elizabeth Bennett

Brujah | 13 generation
Report Date
17 Jan 2021
Primary Location
Gary, Indiana
Secondary Location
Cemitério Oak Hill

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