Arcanismo
Tecnólogos e Magos definem o arcanismo como sendo a "influência entre uma concentração de arcanium e outra, produzindo resultados físicos, químicos e metafísicos nos ambientes que continham tal material influenciado". Já divinistas, dizem que o arcanismo é a "materialização da vontade dos deuses", e que portanto tal lei natural seria divina, intocável, pura. Até hoje, muitas comunidades religiosas reclamam o controle absoluto sobre a prática da magia, alegando que é seu dever espiritual regular e vigiar seus usuários. Historicamente isso já ocorreu de forma disseminada: dois grandes exemplos disso foram em 710 EL, quando a Igreja dos Justos categorizou o uso das magias e espalhou diretrizes de conduta e leis para as nações que adotavam o justianismo, banindo por exemplo a Necromancia e partes das escolas de Ilusionismo e Advinhação (restrições essas que perduram até hoje no Império de Merenot; e entre 1513 e 1762 EL, na região leste do continente de Avallonde, onde a Taumatoclastia é bastante expressiva, e a magia havia sido banida em sua completa extensão.
Não se sabe exatamente de onde surgiu o Arcanismo, ou quais são suas extensões de capacidade. Entretanto, sabe-se que está intimamente relacionado com as concentrações de um material "estranho" de cujo nome se deriva, o Arcanium, e com a chamada "força vital" dos praticantes, ou seja, com a aptidão mental, física e espiritual do usuário da magia.
Classificações
Os adeptos e estudiosos do arcanismo costumam classificá-lo de diferentes formas; eis algumas delas:
Quanto à fonte:
Magia Arcana: é dita daquela comum, adquirida das formas convencionais, por meio do estudo e dedicação, leitura de textos antigos e experimentação empírica. É a classificação mais ampla de todas, e engloba toda e qualquer magia praticada pelos magos e outros arcanistas "comuns";
Magia Divina: é aquela adquirida por um devoto a uma divindade, panteão, ou alguma outra fonte de autoridade sobrenatural. Essas magias costumam ter alguns pontos de interseção com a Arcana, porém também possui áreas próprias, muitas das quais envolvem o acesso ao poder bruto da entidade que as está concedendo. Tal magia é comumente usada por clérigos e druidas;
Magia Mística: é aquela que está além da compreensão sistematizada do arcanismo, porém também não advém de divindades ou panteões, mas de lugares mais "obscuros". É normalmente associada com o Mal, e muitos de seus praticantes são enxergados de acordo com isso. É utilizada amplamente por bruxos e feiticeiros.
Quanto a seus efeitos (Escolas):
Abjuração: Magias de abjuração são magias cujo os efeitos permitem proteger, bloquear ou banir, e são usadas em sua maior parte com efeitos defensivos, apesar de algumas exceções existirem de abjurações agressivas. O especialista nesse tipo de magia é chamado de Abjurador. Exemplos de magias de abjuração são: Escudo arcano, Aprisionamento e Banimento.
Advinhação: Magias de advinhação se tratam de magias cujo os efeitos permitem adivinhar ou perceber algo que estava oculto ou além da compreensão. Ela também se aplica em situações nas quais se adquire informações das quais não se teria acesso normalmente, como uma profecia, ou uma visão do passado distante. O especialista em magias de adivinhação é chamado de Adivinho. Exemplos de magias de adivinhação são: Ataque Certeiro, Compreender Idiomas, Detectar Magia.
Conjuração: São magias que envolvem o deslocamento de objetos e criaturas de um lugar para o outro. Muitas vezes se tratam de magias que permitem ao usuário invocar coisas ou traze-las de uma dimensão alternativa, como armas e criaturas. O especialista nessa magia é chamado de Conjurador. Exemplos de magias de conjuração são: Invocar familiar, Mãos Mágicas, Disco Flutuante.
Encantamento: Magias que fornecem uma condição ou qualidade ao que seja o alvo de tal magia, controlando seu comportamento, influenciando suas mentes ou seus sentidos. O especialista nessa magia é chamado de Encantador. Exemplos de magias de encantamento são: Amizade Animal, Heroísmo, Sono.
Evocação: Se tratam de magias que manipulam a matéria e a energia, criando efeitos a partir do nada, como por exemplo a criação de energia estática para gerar um relâmpago, ou a rápida expansão de moléculas para criar uma bola de fogo. O usuário dessa magia é chamado de Evocador. Exemplos de magias de evocação são: Onda Trovejante, Raio de Gelo, Bola de Fogo.
Ilusão (Misticismo, ou Arte das Trevas junto com a Necromancia): São magias que enganam os sentidos ou as mentes de outrem. Elas fazem com que as pessoas vejam coisas que não estão ali, não vejam as que estão, ou sintam e se lembrem de algo que nunca aconteceu. Podem ser direcionadas à mente de uma criatura, ou criadas no mundo físico, para que qualquer um possa ser confundido. O especialista nesse tipo de magia é chamado de Ilusionista. Exemplos de magias de ilusão são: Ilusão Menor, Invisibilidade, Montaria Fantasmagórica.
Necromancia (Misticismo, ou Arte das Trevas junto com o Ilusionismo): Magias desta escola manipulam as forças da vida, da morte e da não-morte. Tais efeitos podem conceder saúde a um indivíduo, drenar a vitalidade de outro, ressuscitar os mortos ou até mesmo aprisioná-los no meio do caminho. A Necromancia é muito mal vista entre a maioria das sociedades, e banida por muitas delas, porém nem todos seus praticantes a usam necessariamente para o mal. O especialista nesse tipo de magia é chamado de Necromante. Exemplos de magias de necromancia são: Vida Falsa, Animar Mortos, Ressurreição Verdadeira.
Transmutação (ou Alquimia): Se tratam de magias que transformam fisicamente o alvo ou mudam suas propriedades de forma sutil. Podem alterar a forma de um inimigo para a de uma criatura indefesa, aumentar a força de um aliado, ou fazer um objeto se mover a seu comando. Um especialista em Transmutação é chamado de Transmutador ou alquimista. Exemplos de magias de transmutação são: Chicote de Espinhos, Criar e Destruir Água, Alterar-se.
Observação: essas oito escolas de magia são as classificações mais aceitas entre a sociedade mágica nos últimos séculos desta ciência. Podem existir outras classificações mais abrangentes ou mais específicas, voltadas para estudos de escopos diferentes.
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