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Argos

Argos (grego: Άργος, Árgos (IPA: ˈarɣos) é uma cidade da Grécia, em Argólida, na península do Peloponeso. De acordo com Heródoto foi a primeira grande cidade grega a se destacar no comércio com o Mediterrâneo Oriental, particularmente a Fenícia (de acordo com fontes persas é o local de origem entre as primeiras rusgas entre Ocidente e Oriente, já que mesmo na altura de Heródoto ele ainda não tinha muita noção de o porquê de a Eurásia ter sido dividida em leste e oeste, o que mostra que na época dele era algo recente tal divisão e que só se consolidaria depois). É uma das cidades mais antigas continuadamente habitadas.

História

Argos antiga

  Uma aldeia neolítica localizava-se próxima ao santuário central da Argólida, cerca de 45 estádios de Argos, próxima a Micenas. O santuário foi dedicado à "Hera Argiva". O principal festival deste templo era a Hecatombe, um dos principais festivais da cidade. Walter Burkert associava o festival ao mito do assassinato de Argos Panoptes por Hermes. Especulou-se que o epíteto de Hermes, Argeifonte, traduzido há muito como "assassino de Argos", se relaciona na realidade com o adjetivo argós ("brilhante" ou "rápido", da raiz PIE arg-, daí também argyros, prata).   Argos foi um dos maiores centros da era micênica, e junto com as acrópoles vizinhas de Micenas e Tirinto foi ocupada desde muito cedo pela sua posição privilegiada no meio das planícies férteis da Argólida.

Argos mitológica

  Segundo Eusébio de Cesareia, a partir dos livros de Castor de Rodes, o primeiro rei de Argos foi Ínaco, que reinou por cinquenta anos, seguido por Foroneu, que reinou por sessenta anos. Baseando-se nestes números, Jerônimo de Estridão calcula o início do reinado de Ínaco em c. 1857 a.C.. Newton, em sua revisão da cronologia antiga, coloca a fundação de Argos bem mais tarde, em 1080 a.C., por Foroneu.   Na era homérica pertenceu a um súdito de Agamenon e deu nome ao distrito que a cerca; a Argólida, que os romanos conheciam como Argeia.   Alguns dos reis mitológicos de Argos foram: Ínaco, Foroneu, Argos, Agenor, Tríopa, Iaso, Crotopo, Estenelo, Pelasgo, Dânao, Linceu, Abas, Acrísio, Proteu, Megapentes, Perseu, Argeu, e Anaxágoras.   Posteriormente três reis passaram a governar Argos separadamente, os descendentes de Bias, Melampo e Anaxágoras. Melampo foi sucedido por seu filho Mâncio, depois Écles, Anfiarau, e a linhagem de Melampo durou até os irmãos Alcmeão e Anfíloco, que lutaram na Guerra de Troia. Já Bias teve como sucessor seu filho Talau, e depois o filho deste, Adrasto, que, juntamente com Anfiarau, liderou a desastrosa campanha dos sete contra Tebas. Anaxágoras foi sucedido por seu filho Aletor, depois por Ífis. Ífis deixou o reino para seu sobrinho, Estenelo, filho de seu irmão Capaneu. Esta linhagem durou mais do que as de Bias e Melampo, e eventualmente o reino foi reunido sob seu último membro, Cianipo.

Argos clássica

  A importância de Argos foi eclipsada pela proximidade de Esparta depois do século VI a.C..   Por sua recusa em lutar nas Guerras Médicas, a cidade foi isolada pela maioria das outras cidades-Estado. Argos permaneceu neutra ou aliada pouco importante de Atenas durante as guerras do século V a.C. entre Atenas e Esparta.

Tourism

A maioria dos monumentos históricos e arqueológicos de Argos estão atualmente sem uso, abandonados ou apenas parcialmente reformados:  
  • O castelo de Larissa, construído durante a pré-história, passou por vários reparos e ampliações desde a antiguidade e desempenhou um papel histórico significativo durante a dominação veneziana da Grécia e a Guerra da Independência Grega. Está localizado no topo do homônimo Cerro Larissa, que também constitui o ponto mais alto da cidade (289 m). Nos tempos antigos, um castelo também foi encontrado na vizinha Aspida Hill. Quando ligados por muralhas, estes dois castelos fortificavam a cidade das invasões inimigas.
  • O Teatro Antigo, construído no século III a.C. com capacidade para 20.000 espectadores, substituiu um antigo teatro vizinho do século V a.C. e se comunicava com a Ágora Antiga. Era visível de qualquer parte da cidade antiga e do golfo Argólico. Em 1829, foi usado por Ioannis Kapodistrias para a Quarta Assembleia Nacional do novo Estado Helénico. Hoje, eventos culturais são realizados em suas instalações durante os meses de verão.
  • A Ágora Antiga, adjacente ao Teatro Antigo, que se desenvolveu no século VI a.C., estava localizada na junção das antigas estradas que vinham de Corinto, Heraion e Tegea. Escavações na área descobriram um bouleuterion, construído em 460 a.C. quando Argos adotou o regime democrático, um Santuário de Apolo Liceu e uma palestra.
  • O "Critério" de Argos, um antigo monumento localizado no lado sudoeste da cidade, no sopé da colina de Larissa, que veio a ter sua estrutura atual durante o período do século VI a III aC. Inicialmente, serviu como corte da antiga Argos, semelhante ao Areópago de Atenas. Segundo a mitologia, foi nesta área que Hypermnestra, uma das 50 filhas de Danaus, o primeiro rei de Argos, foi julgada. Mais tarde, sob os reinados de Adriano, foi criada uma fonte para coletar e circular a água proveniente do aqueduto de Adriano localizado no norte de Argos. O local está conectado por um caminho pavimentado com o antigo teatro.
  • O Quartel de Kapodistrias, um edifício preservável com uma longa história. Construído na década de 1690 durante o domínio veneziano da Grécia, inicialmente serviu como um hospital administrado pelas Irmãs da Misericórdia. Durante a Tourkokratia, eles serviram como mercado e correios. Mais tarde, em 1829, danos significativos causados durante a revolução grega foram reparados por Kapodistrias que transformaram o edifício em quartel de cavalaria, escola (1893-1894), espaço de exposições (1899), abrigo para refugiados gregos deslocados durante a troca de população entre a Grécia e a Turquia (desde 1920) e um espaço de interrogatório e tortura (durante a ocupação alemã da Grécia). Em 1955–68, foi usado pelo exército pela última vez; agora acomoda o Museu Bizantino de Argos, corporações locais e também serve como espaço de exposição.
  • O edifício do Mercado Neoclássico Municipal (extraoficialmente os "Kamares", isto é, arcos, dos arcos que ostenta), construído em 1889, que se situa junto à praça Dimokratias, é um dos melhores exemplos da arquitectura magistral de Argos moderno, em Ernst Estilo Ziller. O edifício alongado, de dois corredores e que pode ser preservado acomoda pequenas lojas.
  • A escola Kapodistrian, no centro de Argos. Construído pelo arquiteto Labros Zavos em 1830, como parte dos esforços da Kapodistrias para fornecer locais de educação para o povo grego, podia acomodar até 300 alunos. No entanto, dificuldades técnicas levaram à sua decadência, tendo sido alvo de várias obras de restauro, a última das quais em 1932. Hoje é evidente o seu carácter neoclássico, com o edifício a albergar a 1.ª escola primária da vila.
  • A antiga Câmara Municipal, construída durante o tempo de Kapodistrias em 1830, que originalmente serviu como um juiz de paz, a Dimogerontia de Argos, um braço de carabineiros e uma prisão. De 1987 a 2012, abrigou a Câmara Municipal, que agora está localizada na rua Kapodistriou.
  • A Casa do fileleno Thomas Gordon, construída em 1829 que servia como escola só para raparigas, escola de dança e albergava o 4º Regimento de Artilharia Grego. Hoje acomoda o Instituto Francês de Atenas (Institut Français d' Athènes).
  • A Casa de Spyridon Trikoupis (construída em 1900), onde o político nasceu e passou a infância. Também localizada na propriedade, que não é aberta ao público, está a capela de São Charalambos, onde Trikoupis foi batizado.
  • A Casa do general Tsokris, importante combatente militar na revolução grega de 1821 e posteriormente deputado de Argos.
  • O templo de Agios Konstadinos, um dos poucos edifícios remanescentes em Argos, datado da era da Grécia otomana. Estima-se que tenha sido construída no período 1570-1600, tendo também existido um minarete nas suas instalações. Serviu como mesquita e cemitério otomano até 1871, quando foi declarado templo cristão.
  • Os túmulos com câmaras da colina Aspida.
  • A Pirâmide de Hellinikon. Datando do final do século 4 a.C., existem muitas teorias quanto ao propósito a que servia (tumulus, fortaleza). Juntamente com a cronologia científica amplamente aceita, há quem diga que foi construída logo após a tumba do Faraó, ou seja, a Grande Pirâmide de Gizé, portanto, um símbolo da excelente relação que os cidadãos de Argos tiveram com o Egito.
  Um grande número de achados arqueológicos, datados da pré-história, podem ser encontrados no museu Argos, instalado no antigo edifício de Dimitrios Kallergis na praça de São Pedro. De realçar também o aeroporto de Argos, localizado numa zona homónima (Aerodromio) na periferia da cidade. A área que abrange foi criada em 1916-1917 e foi muito utilizada durante a Guerra Greco-Italiana e para a formação de novos aviadores da escola Kaberos para a Academia Helénica da Força Aérea. Também constituiu uma importante referência na organização das forças aéreas gregas no sul da Grécia. Além disso, o aeroporto foi utilizado pelos alemães para a liberação de suas tropas aéreas durante a Batalha de Creta. Foi utilizado pela última vez como ponto de pouso/decolagem para aviões de pulverização (para fins agrícolas nas plantações de oliveiras) até 1985.
Tipo
Town

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