O Reino de Mitrânia
Aquele que mais se queixa da disciplina é sempre o que mais precisa dela.
Origens: O Príncipe da Luz
Primeiros Assentamentos (séculos I e II E.P.)
No início da Era Panteônica, os humanos estavam por conta própria no mundo. Ao contrário das antigas raças elementais, não tinham um reino para chamar de seu e não tinham um conjunto de valores e filosofias para canalizar sua força de vontade. Viviam como nômades entre terras alheias, lutando contra as adversidades do mundo e as forças do caos ao mesmo tempo. Mitra, o Príncipe da Luz, vê na fragilidade humana o potencial para realizar os desígnios de sua criadora e decide ser seu guia e protetor.
Os humanos que aceitaram o Avatar da Luz como seu salvador peregrinaram com Ele até a costa leste de Gondwana, na foz do Rio Cuanza, onde se iniciou a construção dos primeiro assentamentos que viriam a se tornar a Cidade Branca. Acredita-se que, ao final do século II E.P, já havia um nível de segurança alto o suficiente para atrair outros humanos ao local.
Mitra cria também, em algum momento entre os séculos II e III, uma espécie de Alto Conselho, composto pelos seus mais devotos e disciplinados seguidores, que acumulavam funções que seriam hoje dos Mestres Templários e Sumo Evocadores. Já havia alguma espécie de treinamento formal em magia branca, apesar de ainda não haver uma estrutura de noviciado como hoje.
Expansão Naval e domínio do sudoeste (séculos II a IV E.P.)
Depois de assegurar uma estrutura básica na cidade, Mitra redireciona seu conhecimento divino para a construção de barcos maiores e melhores para explorar o mar de Chai. Com um número razoável de acólitos dominando a magia branca, garantir a segurança da cidade ficava cada vez mais fácil, a população começa a crescer vertiginosamente, demandando acesso a novos recursos.
Enquanto na costa oeste os primeiros condes ainda faziam rudimentaresm barcos de pesca, os seguidores de Mitra já haviam navegado até a ilha de Hadassa e Jehu, onde seriam construídas as cidades de mesmo nome alguns séculos depois. Não era possível, no entanto, navegar Voragem adentro, pois nem mesmo todo o poder e conhecimento do Príncipe da Luz podera proteger os humanos dos horroes do Abismo.
O Decreto Trino (século V E.P.)
O pergaminho original que continha o Decreto Trino foi perdido há tempos. Mas há diversos registros na biblioteca da Cidade Branca que citam, mesmo que brevemente, o seus três objetivos principais:
Em todos os reinos, os poderes do Rei são absolutos. Em Mitrânia, porém, o Pontifex pode emitir anátema a qualquer pessoa, inclusive ao próprio Rei. Esse enorme poder tem origem no fato de que o cargo de Pontifex foi criado por Mitra para ser a ponte entre mortais e deuses, muito antes das primeiras linhagens reais surgirem em Gondwana.
Os limites dos domínios de Mitra já estavam quase idênticos aos de hoje. Suas frotas já navegavam por toda a costa leste e os povoados que se tornariam as cidades de Zyam e Kerenza já haviam jurado lealdade ao Príncipe da Luz e ao seu Decreto. Toda a região sudeste de Gondwana estava, segundo registros da época "sob a Luz de Kavya".
Casamento e construção da Cidade Branca (séculos V a VI E.P.)
As verdadeiras fundações da Cidade Branca começaram depois do casamento de Mitra, no final do século V E.P.. As pedras brancas e os círculos mágicos que hoje protegem a parte central da cidade foram feitas pelo Próprio Príncipe da Luz e seus seguidores, trazidas das ilhas já ocupadas pelas navegações de eras anteriores.
Registros indicam que Mitra não estava interessado em perpetuar sua linhagem no poder ou estabelecer uma dinastia. Mesmo depois de seu casamento ou do nascimento de sua filha, o cargo de "rei" não existia em seus domínios e a hereditariedade continuava irrelevante para escolha de novos membros do Alto Conselho.
A filha de Mitra, Niara, viu em sua infância a construção dos primeiros templos dedicados a Kavya e da Cidadela da Alvorada. Nessa época, já havia acordo formal de não agressão com os odarianos a oeste (cuja mata já avançara ao sul consideravelmente), e comércio com os anillas da Cordilheira das Auroras no extremo norte. Apesar de não haver um "reino" no estrito senso da palavra, qualquer mortal que entrasse nos domínios de Mitra perceberia claramente sua influência no local.
A Morte de Mitra (século VI E.P.)
Não tardou para que Raksas, O Primeiro Dragão, fosse atraído pela proliferação de vida e magia gerada na costa leste. Mitra e seu exército lutam bravamente contra a besta e conseguem vencer a batalha. Infelizmente a vitória custa a vida mais da metade dos seguidores do Príncipe da Luz. Mitra usa então toda a sua energia restante para reerguer cada um dos soldados caídos sem se preocupar em preservar forças para si mesmo, e morre dando a vida pelos humanos que escolhera proteger.
O cargo de Pontifex seria então ocupado por Hevel, escolhido por unanimidade pelos seus pares por sua virtude e força. Hevel passa a maior parte de seu pontificado reconstruindo casas, fazendas e portos em torno da Cidade branca, assim como criando as bases de suas famosas muralhas. As bases da Mitrânia que conhecemos hoje já estavam formadas.
O Primeiro Reinado: Aurora das Bestas
A estrutura de comando total nas mãos do Pontifex durou quase dois mil anos. Inúmeros homens e mulheres ocuparam o cargo e todos tiveram desempenho similar, com raríssimas exceções. Mitrânia já era conhecida pelos outros povos como um local estável, seguro e justo (ainda que excessivamente rígido na visão de alguns). Mas tudo mudo no período da Era Panteônica comumente chamada de Aurora das Bestas.
A Lótus Dourada de Mitrânia é um símbolo pouco conhecido fora do Reino, mas familiar para seus clérigos e paladinos. Derivado da antiga Lótus Dourada de Khávya, representa o fulgor, perfeição e brilho da energia radiante da Trindade Branca. Apesar de hoje a Chama Azul de Aurélia ser o símbolo mitraniano mais famoso no continente, a Lótus Dourada ainda consta oficialmente nos brasões do reino.
O Grande Salão da Cidadela da Alvorada é até hoje uma das mais belas construções de Gondwana. O nível de energia mágica dentro do local é tão forte que qualquer
Tipo
Geopolitical, Kingdom
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