Noite dos Seis Reflexos Military Conflict in Centúria | World Anvil
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Noite dos Seis Reflexos

O dia em que uma deusa morreu.

A Noite dos Seis Reflexos é, para muitos, o mais importante acontecimento da Interferência Divina, sendo um de seus catalizadores definitivos e, provavelmente, um dos fatores decisivos para a criação do Portão Divino.   Em 67 da 3E, numa agressiva escalada dos conflitos entre os Esclarecidos e os Fomorianos, a deusa apoteótica Irina do Halo Oculto, que traíra os primeiros, foi brutalmente assassinada e destruída em Sivarilém, que ficava na atual Grande Umbra. Foi a primeira e única vez que uma criatura apoteótica foi destruída. Seus seis algozes, todas mulheres, nunca mais foram vistas.  

História

  A história se divide em muitas versões. A mais bem estabelecida conta que Irina havia sido manipulada por Ishtar, Deusa da Dualidade para opor-se a Sarenrae, tendo orquestrado a armadilha para a deusa solar. Irina, cujo aspecto era dos Milagres e Feitiços Obscuros, estava em oposição cardial com Sarenrae, que possuída, dentre outros aspectos, o dos Milagres Radiantes. Ainda assim, nunca qualquer problema existira entre as duas e seus cultos.   Naquele ano, um fragmento do Aspecto da Morte fora roubado com sucesso por Filianore-a-Sonhar, aasimar que, segundo relatos, herdou uma das três lembranças de Sarenrae após esta ser partida em três pedaços no Lago Asta. Ainda que não pudesse ser destruída, um novo rito de Apoteósis era necessário para que alguém reconstruísse o véu do Aspecto e se tornasse a própria Sarenrae, reunindo seus pedaços. Filianore, que tinha dezenove anos, era uma das sacerdotisas de Irina e, por sorte ou azar, recebeu de Alaya um dos três pedaços à deriva da deusa solar: o brilho do sol que é refletido pela lua. Portanto, também era candidata a tornar-se a deusa solar.   Em segredo, Filianore já odiava a deusa Irina, por esta ter traído os valores que pregava. Filianor, então, traiu a Igreja de Irina e, como uma competente feiticeira, treinou seis discípulas tanto em Milagres Obscuros quanto Radiantes. Mas para matar uma deusa, isso não era o bastante. Então Filianore usou o fragmento roubado da Mãe dos Corvos para criar uma runa, que foi imbuída em sete adagas.   No último dia do ano de 67 da 3E, Irina do Halo Oculto estava em Siviralém, que havia caído sob domínio fomoriano, esperando que sua presença ajudasse a minimizar o tratamento dado aos prisioneiros do Culto de Edália, até então neutra no conflito. Ela foi emboscada pelos Reflexos de Filianore, ocultos entre as fileiras de seus seguidores pessoais, sendo esfaqueada diversas vezes. Seu sangue azul tingiu completamente o seu salão de rituais e, naquele dia, um deus morreu.   Pouco depois, Filianore tirou sua própria vida com a sétima adaga. O Aspecto de Sarenrae que estava com ela foi libertado e a Igreja de Irina se desmantelou quase completamente. Com isso, Filianore esperava ter pago a dívida gerada por sua antiga patrona, Irina. Rumores correm de que, ao invés de morrer, Filianore teve sua alma aprisionada a uma boneca de porcelana, como castigo por ter roubado a Mãe dos Corvos.  

Os Seis Reflexos de Filianore

  Pouco se sabe sobre os seguidores de Filianore, exceto pelo fato de que são todas mulheres versadas em milagres, uma técnica que evoca energia divina como feitiçaria. Elas sabem tanto milagres obscuros quanto radiantes, e são eficientes guerreiras corpo-a-corpo. Especula-se que Freya Abassalir, uma das Bruxas de Izalith, tenha sido uma dos Seis Reflexos antes de morrer na 2E. Elas também são chamadas de Adagas de Filianore. Os registros de sua estadia como membros da Igreja de Irina foram perdidos, o que é facilitado pela violenta dissolução da organização. Especula-se sobre como se as Adagas de Filianore tinham recebido divindade dela ou se só o fato de empunharem armas com a divindade dela foi o suficiente para o Nome da Morte afetar Irina.   Ainda que possuam uma arma capaz de ferir criaturas divinas mortalmente e que tenham sido treinadas como excelentes feiticeiras, os Reflexos ainda são mortais. É provável que a maioria ou todos eles já tenham falecido de causas naturais, uma possível exceção sendo Freya, que já teria reencarnado, mas sua participação é contestada. As Adagas da Filianore alcançaram reputação lendária e é improvável que seu feito volte a ser repetido pelo resto da história, visto que os deuses deixaram definitivamente os Planos Mortais.  

Conclusão

Tudo aconteceu muito rápido e os efeitos foram sentidos de forma diferente pelas duas facções. Foi difícil rastrear os responsáveis pelo acontecimento, mas os fomorianos imediatamente acusaram os esclarecidos, e vice-versa. Ionia, Amante do Saber chorou por dezenove dias, e daí surgiu o Choro da Arcanista. A Igreja de Irina, desmantelada, implodiu numa série de conflitos internos e destruiu-se por completo, sendo posteriormente declarada como herege pelo Império de Ceres. Milagres Obscuros caíram no esquecimento. Por fim, confirmou-se o que muitos apoteóticos suspeitavam: o Nome da Morte poderia ser manipulado por alguém com energia divina para matar definitivamente outra criatura divina.   Até então, imaginava-se que os apoteóticos eram imunes à morte. Não só Irina foi destruída, como seus Aspectos desapareceram e não puderam mais ser assumidos por qualquer um dos deuses. Os Nomes desses aspectos murcharam nas Raízes do Mundo. Tudo isso contribuiu para que a Mãe dos Corvos passasse a ser profundamente temida pelos demais apoteóticos, e levantou a questão: se ela tem esse poder, por que não o empunha?
Tipo
Assassinato   Data
67 da 3E (Interferência Divina)   Repercussão
 
  • Irina do Halo Oculto foi destruída.
  • Igreja de Irina desmantelada.
  • Milagres Obscuros caíram no esquecimento.
  • Deuses apoteóticos descobriram que não são invulneráveis.
  • Os Nomes associados a Irina se perdem.
  • Mãe dos Corvos passa a ser temida pelos demais apoteóticos.

Mensageira da Morte

  A Mensageira da Morte, conhecida também como Sussurro Final, é uma arma criada na 3E a partir de duas importantes partes.   A primeira é o Cabo da Morte Encarnada, uma relíquia dos Elfos Sangrentos de Linéa que remete ao tempo em que o Nome da Morte tinha apenas surgido, no raiar da 1E. O culto ao Célebre e seus rituais de sangue havia corrompido o Aspecto da Morte que a Mãe dos Corvos tomara para si, inserindo um novo conceito em seu rol: o da "vida-morta". Para evitar futuras corrupções, a Mãe dos Corvos removeu o Nome da Morte das Raízes do Mundo, selando-o em sua Sombra, o luperino Ahamad, que tornou-se a Morte Encarnada. Ele, entretanto, enlouqueceu imediatamente, tirando a própria vida. A Mãe dos Corvos, então, selou o Nome em seu próprio corpo. Este é o único Nome de Centúria que não está nas Raízes. Os elfos de Linéa encontraram e guardaram a lâmina que Ahamad usou para tirar a própria vida, na qual resquícios do Nome da Morte tremeluziam, mas apenas o cabo sobreviveu até a 3E.   A segunda parte é o Gume de Filianore, arma enferrujada que foi imbuída com a Runa da Morte, roubada da Mãe dos Corvos por Filianore-a-Sonhar para a fatídica Noite dos Seis Reflexos. Filianore tirou o fragmento deste Nome do corpo da própria Mãe dos Corvos — segundo alguns, arrancando uma de suas asas; segundo outros, após deitar-se com a deusa. As seis irmãs dessa adaga enferrujada foram as responsáveis pela morte de Irina do Halo Oculto, a primeira e única deusa apoteótica a ser definitivamente destruída, que se tenha conhecimento.   Alguém que evoque os resquícios do Nome da Morte que está nessa arma poderá, uma última vez — e possivelmente ao custo da própria vida — evocar a sua autoridade.

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