Jardins de Areia de Lémiere

Os campos de Óberon.

O Deserto de Lémiere, originalmente conhecido como Jardins de Óberon e, atualmente, como Jardins de Areia de Lèmiere, é um extenso campo localizado na Fiera Antiga, estendendo-se desde pouco a nordeste de Saran, na Bacia dos Corvos, até o Salar de Bavester. A região tem grande valor histórico e arqueológico devido às ruínas melhor preservadas do Império de Linéa, tendo sido também campo de uma das últimas batalhas entre as forças humanas e élficas durante o Grande Expurgo. As flores no deserto possuem uma característica cor magenta, avermelhada ou roxa-escura, em semelhança à uma importante flor mágica que nele existe.
Nos Jardins de Areia estão alguns notáveis locais de relevância arcana ou histórica, como uma das ruínas associadas ao primordial Círculo dos Doze, os Anéis de Latga, os Picos Duplos de Zalos, os Dentes de Askellad (onde o minério Esterina pode ser encontrado) e o Cume Vazio, antiga torre arruinada onde antigos rituais de sangue eram executados, que também serviu de campo para a batalha entre Cidália e Malacoda.

História

Até o romper do Calendário dos Deuses, a região era um grande campo florido cuidado por Óberon, um arquifada que era patrono dos elfos sangrentos antes da corrupção de sua fé. Durante o Grande Expurgo, o Rei das Fadas tomou o lado dos Humanos nas batalhas, garantindo a derrota élfica. Entretanto, também abriu um caminho para que os elfos sobreviventes fugissem para a Agrestia das Fadas, que alguns anos depois seria selada graças ao Portão Divino. Óberon, que foi esquecido da memória humana, continuou no plano material até ser gravemente ferido na Interferência Divina, recuando para a Agrestia e lá ficando trancado.
Em 230 da 3E, a ausência do senhor dos campos havia convertido a região num deserto arenoso com dunas. A pouca vegetação presente era semi-árida tropical (caatinga), e criaturas de toda sorte haviam se estabelecido ou adaptado magicamente à vida nas areias. Cidália lutou no deserto contra um Óberon corrompido pela Divergência, purificando sua essência. O arquifada optou por permanecer no Plano Material em uma forma enfraquecida, o que não evitou que os campos, aos poucos, se curassem.
Em 278 da 3E, o efeito mágico da presença de Óberon sobrepujou grande parte da geografia natural, tornando a região um espetáculo impossível de campos floridos a decorar tapetes de areia. As flores não possuem motivo aparente (além de mágico) para continuarem crescendo, já que a pluviosidade é baixa e o clima árido prevalece.

Figuras Notáveis

Uma linhagem de druidas que protegiam os campos em nome de Óberon persistiu mesmo após o desaparecimento do arquifada na Interferência Divina, seu último representante sendo Farengar Folha-Verde, que faleceu enquanto investigava a presença de ínferos no deserto durante a 3E. Farengar, que já estava muito velho, prendeu seu espírito a um signo arcano nos jardins ocultos de Zalos, e ensinou Cidália a extrair o óleo da Nunca-esqueça, permitindo que eles pudessem se proteger de Óberon após a derrota do grupo no primeiro encontro com o arquifada corrompido.
Yarissa Blackwood tornou-se a primeira bruxa de Óberon em quase seiscentos anos após a purificação do arquifada e confronto com Malacoda, o Primeiro Malabranche. É dito que a presença da tiefling na região faz com que as flores desabrochem com ainda mais facilidade que o normal. Uma memória de Yarissa foi necessária para forjar a arma que pôde livrar Óberon da influência alienígena em sua mente, o que também foi possível graças ao fantasma de Farengar, em adição às habilidades e sacrifícios do grupo.

Lama Roxa

Em porções de Lémiere onde há mais areia que campos floridos, é possível encontrar poças largas e espessas de uma lama arroxeada. Este é o excremento do Verme Púrpura que vive na região. Apesar de velho, esse predador ainda é formidável, e prefere caçar os dinossauros das regiões mais próximos ao Oásis de Zalos do que as caravanas fierardi. Na lama, tudo que não pôde ser digerido pode ser encontrado.

Nome(s) Alternativo(s)

Deserto (ou Jardim) de Óberon

Tipo

Desert

Localizado(a) sob

Fiera Antiga

Organização Proprietária

Círculo dos Doze

O Verme Púrpura

Apesar de muito velho, há na região um perigoso Verme Púrpura, um predador subterrâneo que ataca criaturas na superfície. Sua preferência é por regiões mais arenosas, onde dorme bem próximo à superfície para se aquecer, ainda que a arenosidade dificulte sua locomoção. É apenas em areias quentes que a criatura pode reforçar suas carapaças, que caem devido à sua avançada idade, o que explica a tendência do velho predador a colocar-se nessa posição de desvantagem.

Esterina

Nos Dentes de Askellad, uma zona termal, é possível encontrar um mineral conhecido como Esterina, cujo processamento rende enxofre em forma sólida. Alquimistas utilizam enxofre para uma variedade de objetivos, sendo sua aplicação ordinária mais comum a composição de tintas finas e fertilizantes de qualidade superior. Alquimistas experientes investigam maneiras de utilizar o enxofre para fortalecer a borracha, e alguns teorizam sua aplicação em processos explosivos, com aplicação em combate.

Tempestades Súbitas

No verão centuriano, o cair da noite na região de Lémiere geralmente une a ocorrência de dois fenômenos comuns nesse bioma misto: tempestades de areia e tempestades relampejantes, que duram a maior parte da noite. Isso faz com que, no verão, Lémiere seja um misto de rios de lama e tapetes floridos inundados. Com o passar do verão, geralmente a região experimenta uma extensão significativa de sua área florida. Caravanas fierardi costumam evitar a região durante o verão, já que a violência das tempestades destrói com facilidade os esforços de mercadores menos experientes.