Garganta do Mundo

O topo de Centúria.

A Garganta do Mundo, ou ainda Sopro de Tai'rad, é a mais alta montanha das Montanhas Silenciosas, considerada inalcançável e inóspita pelos povos centurianos. Seu pico é cercado por uma rígida e inexplicável tempestade gelada que afeta apenas ele dentre todos os outros da cordilheira, ainda que as montanhas vizinhas também sejam nevadas. Ele pode ser visto a cerca de 270km de distância e tem 3890m de altura¹. No meio da montanha há um característico impacto, às vezes chamado de Cratera Elevada. Justamente pelo pico ser considerado inalcançável, mitos e crenças religiosas atrelam-se a ele com alguma frequência. Quase toda etnia e cultura centuriana tem alguma história relacionada à Garganta. A crença mais generalizada é que tenha sido a primeira coisa das terras a serem criadas, um sopro de inspiração que veio dos primordiais em uma época em que o mundo era apenas céu. Com frequência é usado como sinônimo para a criação dos proto-elfos. Isso é reforçado pela recorrência, em várias e distintas culturas élficas, de um mito de migração a partir de uma torre de rocha fria que alcançava o céu. Outra candidata comum, mas improvável, é a Sancre Elionor.

Características Geográficas

Até certo ponto (cerca de 500m), existe no pico uma trilha de longas escadarias e pequenos assentamentos que funcionam como parada para peregrinos e clérigos. Na época anterior à Interferência Divina, era comum que clérigos e monges fizessem esse percurso na intenção de testar a própria fé e entrar em comunhão com os deuses. Toda peregrinação cessa na Parede Gelada, entretanto — uma tempestade de gelo inatural que cerca todo o topo do pico, impedindo o acesso ao cume. Vegetação tipicamente montanhosa é encontrada nas montanhas em pequenos bosques. Gigantes e meio-gigantes como os goliath costumam viver nessas regiões. Autoridades nortumbrianas desencorajam fortemente incursões a estes pequenos bosques na subida das motanhas, cientes de que seus moradores preferem viver no isolamento de suas pequenas comunidades e vidas. Outra região perigosa é o Mar de Árvores, uma floresta na porção oeste da base da montanha onde existem cavernas que não degelam, mesmo no verão. Essas cavernas foram inicialmente creditadas aos duergar de outrora, mas a crença mais comum na 3E é de que sejam resultado dos minotauros que vivem na floresta. Os túneis foram feitos para que estrangeiros fossem desencorajados a irem no lugar, e não representam qualquer impedimento aos minotauros, capazes de lembrar com perfeição o caminho tomado. Apesar disso, o Mar de Árvores é o caminho mais rápido para as trilhas superiores da Garganta, justamente através de seus túneis e cavernas que levam a caminhos no interior da montanha; além disso, os nortumbrianos popularizaram a ideia de que congelado nas cavernas estão depósitos de um ferro especial, que é capaz de desnortear bússolas e feitiços de direção. A partir dos 800m, a Garganta é considerável inóspita em decorrência da falta da vegetação e o frio sobrenatural que possui. Mais do que isso, as batalhas da Interferência Divina mancharam perpetuamente o centro da montanha com perigosas e instáveis energias arcanas. Acredita-se que o Cadáver de Ágatis resida no centro da característica cratera da Garganta, funda o suficiente para que nuvens se formem em seu interior, mas não o bastante para atravessar toda a sua espessura. O fato de ter sido palco de um dos embates da Interferência Divina fez com que a Garganta do Mundo ganhasse ainda mais atenção como local mitológico e de importância continental. Indivíduos que entram nessa "zona de perigo" sofrem anomalias arcanas e biológicas que incluem doenças incuráveis, loucura e, às vezes, deformações duradouras.