S01E06 - Assuntos inacabados Report | World Anvil | World Anvil

S01E06 - Assuntos inacabados

General Summary

Abertura

Como resolver problemas

  Terça-feira, 3 de Setembro de 1991. 22 horas.   Elizabeth Bennett e Dana estavam no refúgio. Bess havia acabado de contar o que tinha se passado em Chicago.  
Bess: O que você não está me contando sobe a minha morte?   Dana: O que você quer dizer com isso?   Bess: Viram o meu corpo ser enterrado.   Dana: Você tem certeza? Aconteceu uma explosão no laboratório, iam fazer velório de caixão aberto?   Bess: Eu... não tenho certeza. Mas disseram que viram.   Dana: Eu só fui impedir aqueles caras de destruir a pesquisa. Essa limpeza de provas não é comigo. Mas podem ter interferido nas investigações, manipulando radiografias da arcada dentária ou simplesmente mandando enterrarem qualquer indigente no seu lugar. Quem disse que te viu?   Bess: Foi a Harley. Acabei visitando Ben, mas nenhum dos dois sabe exatamente quem eu sou, só que estou "viva". Com medo da Harley ir atrás dele, deixei ele num motel aqui em Gary.   Dana: Merda... Você não deveria ter feito isso, falei pra não fazer. Agora você vai ter que dar um jeito nisso...   Bess: Mas como?   Dana: Ou você mata ele ou apaga sua mente.   Bess: Matar? Não! Isso não!   Dana: Você violou a Máscara! Caralho Bess! Eu avisei que havia consequências!   Bess: Tem como apagar o que aconteceu da cabeça dele? Ele vai ficar bem?   Dana: Eu não consigo fazer isso... Droga... Eu sei quem pode... Mas eu não queria... Eu não queria recorrer a essa pessoa... Não depois de tudo que ela fez comigo...   * Bess percebe o conflito de Dana e observa o sofrimento em sua voz   Bess: Não precisa... Deixa que eu resolvo isso...   Dana: Se ele ficar na dele e não der com a língua nos dentes...   Bess: Eu vou dar um jeito nisso.   Dana: Eu vou voltar pra Chicago, preciso ver o que vou fazer com essa informação sobre o Eric Hernandez.
  Bess pediu a Dana que a levasse até onde estava Ben. Ela mesma daria conta do que criou. A Senhora levou sua Cria até o local.

A Última Visita

  Terça-feira, 3 de Setembro de 1991. 22 horas e 30 minutos. Motel No-Tell.   Bess bateu à porta do quarto de Ben. Ele demorou um pouco pra atender, estava sem camisa, com uma cara de quem estava tentando dormir mas não conseguia. Quando Bess entrou, Dana acelerou com o carro e foi embora para Chicago.  
  Ben: Bess, o que você...   Bess: Ben, eu acabei te colocando em perigo aparecendo pra você. Eu nunca mais vou poder falar com você, porque você sempre estará correndo perigo por minha causa.   Ben: Mas eu não vou conseguir voltar para Chicago e viver minha vida sem saber se você está bem. Eu já perdi você uma vez, eu não quero perder de novo.   Bess: Ben, você precisa me prometer que não vai contar nada pra ninguém e que não vai chamar atenção para si. Eu preciso que você fique na sua, não fale disso pra mais ninguém.   Ben: Você é uma mulher-lagarto?   * Bess revira os olhos   Bess: É... E se você sair contando isso por aí, as pessoas-lagarto vão vir atrás da gente.   * Ben ri um pouco   Ben: Tá bem, mas você vai ficar bem? Eu fico preocupado com você, sozinha depois do que aconteceu, depois do que a Harley fez com você...   Bess: Eu vou dar meu jeito, eu sempre dei, sempre fui sozinha.   Ben: Mas não precisava ser assim. Você mudou depois que nos conheceu, as coisas melhoraram pra você, não foi? Eu admirei essa mudança, você se soltou mais, tinha alguém pra conversar, confiar... Como vai ser agora?   Bess: Tenho alguém pra poder entrar em contato com você, sem levantar suspeitas. Ben, eu preciso que você continue seu doutorado, seu trabalho é importante... E eu preciso de você dentro da Prometheus.   Ben: Droga Bess, não acredito que estou perdendo você de novo... Duas vezes... Depois que eu e a Harley terminamos e nos aproximamos eu... eu... Eu deveria ter tido a coragem de dizer isso naquela época. Eu fiquei devastado com a sua morte. E agora você está de volta, mas não posso vê-la... Eu tinha pensado em largar tudo.   * Bess olha para Ben de boca aberta, muitas coisas passam em sua cabeça. A lembrança daquela época, os sentimentos que ela desenvolveu por Ben... Ela achava que eles poderiam ter alguma coisa, que ela poderia com ele superar o trauma que sofrera, aquela dura lembrança vaga dos acontecimentos que a marcaram... Ela...   Ben: Eu te amo, Bess.
  Bess não aguentava mais aquela situação. Ben tinha aberto seu coração para ela. Ambos estavam devastados, poderia ser a última vez que eles se viam, se tudo o mais desse errado. Ela não pensou duas vezes e fez o que deveria ter feito da outra vez... Apagou a luz para que Ben não visse suas lágrimas de sangue e suas presas, que ela não estava mais conseguindo esconder.  

Um Encontro Inesperado

  Terça-feira, 3 de Setembro de 1991. 23 horas e 45 minutos.   Bess termina de se vestir e se despede de Ben, o último beijo entre eles tem um sabor agridoce, é um beijo triste, carregado de emoções e dúvidas sobre o futuro. Ela se certificou de que ele havia entendido o recado: não se expor, não revelar sua condição e, se ele entendeu as entrelinhas, se dedicar à sua pesquisa para terminar o doutorado e ser um ponto dentro da Prometheus Bio Tech que Bess possa usar.   Ela tentou esconder os pensamentos no fundo de sua alma, não poderia se distrair com isso agora, tinha feito tudo que podia para salvá-lo e tirá-lo dessa enrascada, tinha tido seu primeiro e talvez último contato com Ben, aquele a quem ela amou... que ainda ama... "Droga!", pensou Bess, cerrando suas presas e punhos, enquanto caminhava pelas ruas, procurando ver se estava sendo observada ou seguida.   Foi quando notou que um carro se aproximava lentamente e piscou os faróis para ela. Aquele carro não era estranho, ela o tinha visto há pouco tempo... Quando se aproximou do carro, suas suspeitas foram confirmadas: Detetive Stephens, o homem que ela encontrou nas docas procurando por Evelyn.  
Stephens: Ei boneca, sabia que ia encontrá-la. Entre no carro.
  Bess resolveu entrar no carro. O detetive aumentou o som do rádio, tocava um country, e fechou o vidro.  
Stephens: Você esteve nesse endereço recentemente?   * Era a casa de Mina.   Bess: Sim.   Stephens: Imaginei. Quando Renée Watson me ligou para contar o que ela tinha investigado sobre os Pollos Locos, liguei com você depois de sua ação no estaleiro. Esses caras saíram de Chicago por algum motivo e vieram para cá. É fora da minha jurisdição, mas Renée é uma boa policial e tem me passado tudo que acontece por aqui.   * Bess continuou silenciosa   Stephens: O legista trabalhou bem, melhor até que nos outros casos. Horrível o que fizeram com a garota e a família dela.   * Bess se lembrou das imagens que Mina havia passado em sua cabeça. Aquilo ainda não havia lhe descido pela garganta.   Stephens: Você não sabe nada mesmo sobre a Evelyn, não é?   Bess: Por acaso ela é morena, de olhos verdes, muito bonita e anda de moto?   * Stephens quase deixa o cigarro cair   Stephens: Onde você a viu?   Bess: Ela chegou lá atrás dos Pollos Locos.   Stephens: Então ela veio para Gary mesmo... Pois bem, você fez valer essa informação. To achando que você tem alguma coisa contra esses caras. A Renée vai investigar o esconderijo deles pra encontrar provas à meia-noite. Se quiser sua chance, chega antes.   Bess: O que ela é pra você?   Stephens: É minha irmã. Andou com gente errada, acabou assim, que nem você. Droga, realmente eu não me dou bem com vocês vampiros.   * Bess percebeu que o detetive mentia sobre essa última parte, ou pelo menos não estava sendo totalmente sincero.   Bess: Tem como me dar uma carona?
 

O Fim dos Pollos Locos

  Quarta-feira, 4 de Setembro de 1991. Meia-noite.   O detetive Stephens deixou Bess próximo ao armazém abandonado que os Pollos Locos estavam se escondendo em Gary. Ele disse para ela que não precisava se preocupar com ele enquanto estivesse do lado certo da lei.   A rua era mal iluminada, como a maior parte de Gary. A cidade que já tinha sido próspera era hoje um fantasma de sua velha forma, algo deplorável, entregue às gangues e sem perspectiva de vida para os que ficaram e não foram para outras cidades ao redor do lago Michigan. Bess viu que o lugar era protegido por um capanga, apenas um na porta da frente. Sorrateira como um gato, ela pulou a grade que dava acesso ao armazém e chegou por trás do bandido. Deu um tapa em seu ombro e com um soco o colocou ao chão. Estava vivo. Tirou dele a pistola e a chave da porta, com a qual abriu sorrateiramente.   O galpão também era mal iluminado, algumas lâmpadas estavam acesas e Bess pode entrar sem ser percebida. Ela viu nas prateleiras várias caixas da Farmácia Phillips e Morrison e podia ver mais ao fundo dois capangas dando cobertura enquanto outros três trabalhavam na produção do que ela percebeu serem drogas. Estavam começando uma operação narcotraficante em Gary, usando o material dos pais de Mina. No escritório do armazém, Bess pode ver um homem de cabelos curtos sentado em uma poltrona que não combinava com o local: Eric Hernandez.   Pegando uma latinha de comida jogada perto da porta e encostando a mesma sem ser percebida, ela a arremessou para atrair a atenção de um dos guardas. Ele foi investigar, enquanto os outros ficaram de olho. Quando o bandido se aproximou, chamando pelo guarda da porta, Bess puxou suas pernas com violência. Ele foi de cabeça ao chão, desmaiando com o baque. O som foi o suficiente para alertar os outros bandidos. Com um deles indo em sua direção de arma em punho, Bess pensou rápido, pegou uma garrafa de vidro vazia que estava na sujeira onde encontrou a lata e arremessou do outro lado. Porém, sua força não foi medida: a garrafa estourou na porta do escritório. Eric saiu xingando os capangas, que reclamaram que alguém deve ter invadido. O homem que se aproximava de Bess percebeu a garota e começou a disparar, fazendo com que os outros tomassem posição.   Bess sacou sua pistola e retribuiu os disparos, acertando o que se aproximava no peito. Ele ainda estava vivo e buscou cobertura. Dois estavam atirando usando as mesas onde preparavam as drogas como cobertura e o quarto ia pela esquerda de Bess, buscando uma posição melhor. Bess ficou um pouco assustada: ela tinha conseguido lidar com os homens de Eric nas docas, mas agora ela estava em terrível desvantagem e o mandante do assassinato de Mina estava lá. Ela não poderia deixá-lo fugir. Alguns tiros acertaram Bess, mas apenas deixaram hematomas e arruinaram a camisa do Motörhead que era de Dana.   Foi quando a porta se abriu. Bess olhou e viu Evelyn Stephens entrar. A mulher reconheceu Bess.  
Evelyn: Caralho, você? Por que você sempre chega antes?
  Os tiros voavam e Evelyn deu um disparo no homem que Bess feriu, acabando com sua vida. A mulher correu com uma rapidez sobrenatural até a mesa e chutou a cobertura de um dos atiradores. Bess atirou no homem que havia lhe atingido à esquerda, ceifando a vida do homem com um tiro no coração. Ela não acreditava, tinha ferido o Juramento de Hipócrates, mas era uma situação de vida ou morte, ela precisava sair de lá... sem ter sua Morte Final.   Eric saiu de seu esconderijo no escritório, ainda usando a porta como cobertura e alvejou Evelyn. O disparo a jogou no chão, mas sem matá-la. Vendo isso, o outro atirador correu com medo até Eric, que o empurrou e mandou criar cojones. Ele tentou pegar a posição do outro que tinha sido acertado por Bess, mas a garota acabou com ele. Evelyn atirava em Eric, mas ele conseguiu se safar com a cobertura. Bess também atirava no homem e sua bala o acertou no peito. Ela viu, porém, que ele usava um colete à prova de balas. Eric deu dois disparos contra Evelyn e a vampira foi ao chão, sem levantar novamente. Bess viu aquilo. O homem não ia parar, ele já estava mirando em sua direção. Eric atirou, a bala atingiu a costela de Bess. A dor foi forte, mas não ao ponto de deixá-la sem conseguir se mover, mas a camisa estava arrasada onde a munição da .50 penetrou.   O que ele faria com elas, se Bess caísse como Evelyn? Ela já tinha visto pelas memórias de Mina do que esse desgraçado era capaz. A cabeça de Bess estava há mil, os pensamentos não focavam direito, ela precisava agir rápido.  
  Bess correu na direção de Eric, com um só pensamento na cabeça. Correu rápido, mas de um jeito que só Dana e Evelyn haviam corrido antes. A velocidade foi tanta que Eric só conseguiu ver aquele borrão se aproximando, não conseguiu ver todo o ódio estampado no rosto de Bess, e mal teve tempo de se atirar ao chão para desviar do soco que levou. O murro de Bess o jogou na parede. Sangue caía de sua cabeça, seu corpo afundado no metal do armazém. Só conseguiu dizer "Como?" antes de cair desmaiado.   Bess viu muito dinheiro em sua mesa. Deixou ali, não queria aquele dinheiro que ele tinha tirado de pessoas inocentes. Ela olhou para Evelyn, ainda caída ao chão, e a colocou em seus ombos. Foi saindo do armazém que ouviu o carro chegando. Saltou a cerca carregando Evelyn, ainda sentindo as dores do disparo que pegou em suas costelas e viu a policial saindo do carro, a mesma que atendeu seu chamado na casa de Mina: a Renée que Stephens mencionou. Renée entrou no armazém de arma em punho, viu a cena e chamou reforços.   Dessa vez, Renée não percebeu as sombras que se moviam para longe dali.  
Encerramento

Campaign
Sangue Novo
Protagonists

Elizabeth Bennett

Brujah | 13 generation
Report Date
10 Jan 2021
Primary Location
Gary, Indiana
Secondary Location
Motel No-Tell

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