Vila de Montepasso

Montepasso é um vilarejo ao sul de Thaladon , nas terras de Sigmund de Kastedhras. Seus fundadores habitavam a vila de Rio da Foice antes da catástrofe que alagou a região. O povoado ergue-se às margens de um bosque de pinheiro negro, e foi construído ao longo de uma passagem nas colinas. Montepasso é a última parada antes das montanhas frias do sul.

Governo

Assim como nos demais vilarejos sob sua proteção, Sigmund permite que o povo de Montepasso cuide de seus assuntos por conta própria. A justiça é resolvida por mediação do Conselheiro, e apenas os crimes mais graves são levados a Sigmund para arbítrio. Sua interferência é garantida apenas duas vezes ao ano: uma para coletar os impostos, e a outra para recrutar homens para lutar em suas guerras. Dada a distância e o difícil acesso, mesmo estes casos costumam ser intermediados por sujeitos de confiança do senhor das terras, muitas vezes na figura de seu irmão, Sir Gerhardt.
As decisões que afetam todo o vilarejo são deliberadas por um grupo formado pelos patriarcas das famílias que habitam Montepasso, presidido pelo Conselheiro. O grupo se reúne uma vez ao mês para discutir eventos recentes, disputas entre famílias, produção das terras, estoques de alimentos, tamanho dos rebanhos, doenças e ameaças ao vilarejo.

Defesas

Montepasso é completamente envolvida por uma paliçada alta, sem passadiço. Os Portões de Cima e de Baixo são abrigados por casas de guarda, formadas por duas torres que flanqueiam a passagem e abrigam os defensores acima dela. As seções de paliçada à frente dos portões também são guardadas por fosso seco, obrigando o acesso aos portões através de estreitas pontes de madeira.

Uma torre de vigia foi erguida na parte mais alta, em uma dobra da paliçada próxima ao Portão de Cima, de onde é possível avistar toda a redondeza. Aqueles que sobem pela estrada em direção ao Portão de Baixo são facilmente avistados, porém o caminho que deixa o vilarejo em direção às montanhas perde-se de vista rapidamente.
A casa de guarda do Portão de Cima também serve de caserna para a pequena guarnição permanente de Montepasso e de prisão, nos raros casos em que é necessário. Raymond é o Capitão da Guarda do vilarejo, um homem da confiança de Sigmund que já serviu de soldado nas suas tropas e de sargento da guarnição de Kastedhras. No auge dos seus 40 anos, Raymond treina os jovens no caminho das armas, os ensina a defender o vilarejo e a si mesmos, e lidera a guarnição no dever de manter a paz e a ordem.

Indústria

Os habitantes do povoado cultivam hortas e criam porcos ou galinhas nos quintais de suas casas, e pastoreiam pequenos rebanhos de cabras e bodes nas colinas próximas. Queijos, presuntos e linguiças são produzidos para preservar o alimento. Quando o inverno chega e os animais são abatidos, muitas famílias recorrem a caçadas nos bosques gelados para suprir suas mesas de carne.
Montepasso fornece a madeira de melhor qualidade da região e seus artífices trabalham o pinheiro negro com maestria. Em troca de seus produtos, o vilarejo importa grãos das terras baixas e férteis ao norte, e é altamente dependente do excesso de produção de Valrubro.

Infraestrutura

Uma praça se interpõe entre o Portão de Baixo e o templo do povoado, uma grande capela de madeira no coração do vilarejo. A torre solitária é o marco de Montepasso, e o distingue dos outros vilarejos da região.
Os ritos religiosos são cumpridos pelo Irmão Gamélio, Discípulo da Fé de Uriel, o único habitante de Montepasso instruído na Fé. Apesar de ter sido iniciado e a pertencer à Fé de Uriel, Gamélio executa todos os ritos básicos da vida comum, incluindo os rituais do nascimento e da morte, as bençãos da colheita e da caçada, a purificação de ambientes e o expurgo de males e doenças. O discípulo também ensina as crianças do vilarejo na história e na Fé, e mantém um pequeno grupo de aprendizes que o ajudam no templo. Ele tem esperanças de enviar um sucessor para ser iniciado na Fé. Com o recente falecimento de seu irmão, Gamélio assumiu como patriarca de sua família.

Ativos

Além da igreja, Montepasso abriga também uma botica. Mestre Albretch, o Boticário, descobriu o vilarejo mais de uma década atrás e decidiu assentar. Desde então, os habitantes são gratos por terem um homem sábio a produzir poções e unguentos e capaz de examinar e tratar diversos males. Albretch é procurado por pessoas de toda a região, nobres e gente comum, em busca dos produtos de sua botica ou de seus serviços. O Boticário adotou um jovem do vilarejo como seu aprendiz recentemente.
Fora os estoques da botica, não há riqueza amontoada em Montepasso. Não há relíquias na igreja, nem se cria gado bovino nos pastos. Os únicos cavalos e mulas vistos no vilarejo são aqueles das caravanas em passagem. Não há comida em celeiro que exceda as necessidades do inverno. Ainda assim, as famílias conservam armas em suas casas, e poderiam, na adversidade de um ataque, armar dezenas de homens para defenderem seus lares.

Guildas e Facções

Quase todas as famílias que habitam o vilarejo descendem de seus fundadores, que abandonaram a Vila de Rio da Foice e se refugiaram nas terras mais altas. Essas famílias mantiveram sua tradição e são governadas por um patriarca ou, em raros casos, por uma matriarca que geralmente é o ancestral de maior idade. Muitos dos patriarcas vivenciaram a fundação de Montepasso e alguns ainda possuem memória da tragédia que os levaram às colinas.
Solomon é o mais velho e respeitado patriarca do vilarejo, e ocupa a cadeira de Conselheiro há mais de 20 anos. Seu bom senso e mente lúcida o fazem ser procurado para resolução de conflitos e disputas há muito tempo, e poucos são os casos em que sua mediação não termina em solução. Apesar de sua história brilhante, sua família foi acometida por graves infelicidades ao longo das décadas. Hoje restam poucos em seu lar e ninguém para assumir o legado.

Geografia

O local escolhido para o assentamento foi uma passagem nas colinas ao sul, o último antes de deixar as terras dos senhores de Kastedhras. Além dali, o passo leva a montanhas frias nas quais nenhuma floresta se ergue. Ocasionalmente, mercadores atravessam o vilarejo, por vezes chegando por vezes deixando o reino. Apesar de terem conhecimento da existência de um caminho por entre as montanhas, os habitantes de Montepasso tem pouco interesse em explorá-lo, e contentam-se em ouvir as histórias contadas pelos viajantes.
De nascente escondida nos bosques nas colinas altas, um córrego cruza o vilarejo e abastece a população. Um canal confina suas águas por baixo das paliçadas e as lança por uma fonte primitiva, onde são represadas por uma mureta de pedra. Apenas uma criança seria pequena o bastante para entrar ou deixar Montepasso pelo canal.

Recursos Naturais

Um grande bosque de pinheiro negro sombreia as colinas e margeia o vilarejo. Dele os habitantes extraem os recursos que garantem sua existência, seja na forma de lenha para aquecer os lares no inverno ou madeira para trabalhar, seja na forma de caça para peles e alimento ou ervas que se transformam em poções e unguentos que curam.
Este bosque é vigiado por um homem estranho ao vilarejo, que se identifica apenas como Halvar. O guardião habita entre as árvores, e é dito ser capaz de se comunicar com os animais e as aves, e até mesmo de comandar as serpentes. Apesar de raramente visto e mal compreendido, Halvar é respeitado em Montepasso por afastar feras selvagens, resgatar crianças perdidas na mata, e orientar a respeito da localização de ervas curativas. Raymond, o Capitão da Guarda, tem uma opinião mais prática sobre o guardião: ao identificar e enfrentar bandidos no bosque, Halvar é a primeira linha de defesa do vilarejo.

Tipo

Village

População

Menos de 300

Localizado(a) sob

Pântano da Foice

Dono/Governante

Sigmund de Kastedhras

Organização Proprietária

Reino de Thaladon

Terras de Sigmund de Kastedhras em 387 d.F.

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