Daln Aeratháin

Daln Aeratháin, um vasto reino de magia e beleza, isso se você ignorar o passado sangrento que transformou o lugar para sempre.
— Archbald von Scheffen, arquimago da Universidade Arcana

Com 3300 quilômetros de Norte a Sul e 3500 quilômetros de Leste a Oeste, Daln Aeratháin é a terra natal dos Edyr de Mardahar e foi palco de uma grande guerra entre os elfos. De um lado os Ailedyr comandando exércitos de Elfos do Sol, armas vivas criadas pelos próprio Elfos da Lua. Do outro, os Aledyr, lutando para manter sua influencia e domínio sobre as terras élficas. Após a conquista dos Ailedyr, Daln Aeratháin mudou para sempre: antes uma região gélida e banhada pelos climas extremos do norte, se tornou uma terra de um eterno verão, onde o clima é ameno como a Faéria. Afhbel se tornou a capital de Daln Aeratháin após seu aparecimento nos Vales do Luar, trazendo consigo a guerra dos Elfos da Lua.

Geografia

Daln Aeratháin, antes da vinda dos Elfos da Lua, era uma região fria e gélida como os reinos humanos a leste. Geleiras se estendiam no norte da grande ilha e no inverno formavam uma passagem entre as Geleiras Eternas e o reino élfico. Apesar do clima extremo, os alto elfos estavam acostumados a viver nesta região e desenvolveram técnicas para se manter aquecidos nos dias mais frios. Suas cidades eram banhadas em magia e formavam pequenos oásis quentes na imensidão branca da ilha. Suas cidades eram relativamente pequenas, mas belas e mantinham o povo élfico aquecido durante o inverno. Seus principais lagos eram cercados pelas mesmas magias de suas cidades, o que prevenia as águas de congelarem e impedir a pesca. Acredita-se que nesta época os elfos não se achavam tão diferentes das outras raças, apesar da obvia superioridade mágica.

Tudo mudou quando os elfos da lua chegaram com suas hordas de guerreiros extremamente bem treinados e sua magia superior à dos maiores magos élficos da época. Afhbel, A Jóia da Lua, apareceu nos Vales do Luar, trazendo consigo uma raça muito superior à dos alto elfos. Após a Grande Guerra Élfica e a vitória dos elfos da lua, uma poderosa magia foi lançada sobre a ilha, transformando-a para sempre. As geleiras do norte derreteram, formando vales profundos entre as cordilheiras da Costa de Normenor. O branco da neve deu lugar ao verde da relva e dos pinheiros acostumados com o peso da neve sobre suas folhas. Os lagos menores e menos importantes para os alto elfos derreteram e se encheram com a neve derretida das geleiras, formando rios, riachos e milhares de outros lagos entre os vales nortenhos.

Conforme se avança para o sul, as cadeias de montanhas e vales profundos dão lugar às planícies e prados que cercam o Lago de Cobalto, no centro de Daln Aeratháin, formando uma região rica e fértil. Antes uma planície branca e sem vida, agora uma região verde e cheia de grandes fazendas construídas após o degelo do Eterno Verão. Nestas planícies foram encontradas ruínas muito antigas que estavam escondidas sob as grandes camadas de gelo que cobriam a região. Tais ruínas possuíam uma arquitetura rica e rebuscada, até mesmo mais complexa que a dos próprios elfos da lua. Nenhum registro existe sobre tais ruinas ou o que elas representaram e eram usadas antes em toda a história dos Edyr em Mardahar. Os elfos da lua conduziram expedições e estudos para determinar a origem de tais ruínas, qual raça as construiu ou até mesmo a qual civilização tais locais pertenceram, mas nenhum resultado foi exposto ou compartilhado até o momento pelos mesmos. Até o momento, foram catalogadas mais de quinhentas ruínas de mesmo estilo só nas planícies que cercam o Lago de Cobalto, algumas vastas como cidades, outras pequenas como templos ou castelos. Apesar de não ser possível saber exatamente a que povo estas construções pertenceram, os elfos locais deram o nome aos responsáveis por erguer tais construções de Povo Alder. Muitos acreditam que eles foram ancestrais ainda mais antigos do elfos, outros acreditam terem sido uma raça totalmente diferente das residentes do continente de Mardahar atualmente.

Seguindo para o leste do Lago de Cobalto, as planícies dão lugar aos grandes planalto rochosos e florestas boreais que se estendem até a costa leste de Daln Aeratháin, terminando nos grandes Penhascos Brancos de Amarath, na costa leste. Esta região é rica em minérios a muito escondidos pela neve que cobria a região, sendo que após o degelo, inúmeras minas foram construídas pelos elfos para abastecer suas cidades de minérios nobres e mármore dos Penhascos de Amarath.

Seguindo a oeste do Lago de Cobalto, as planícies dão lugar às imensas Florestas de Loegeth. Após o degelo, tais florestas se encheram de vida, servindo de lar para inúmeras criaturas selvagens, tanto inofensivas quanto extremamente perigosas. É nestas florestas que se encontra a Corte de Loegeth, uma das ultimas cortes élficas a ceder às legiões dos elfos do sol durante a guerra. Acredita-se que a Corte de Loegeth é uma das mais antigas casas élficas do continente, sendo a primeira a chegar ao plano material vinda da Faéria. Loegeth é a deusa élfica das Florestas e uma das Doze Testemunhas do panteão élfico, sendo a patrona da vida selvagem e a deusa mais reverenciada pelos elfos da foresta. Daln Aeratháin é controlada pelos elfos da lua, mas as antigas Cortes dos alto elfos ainda mantém suas influências no reino. No norte, a Corte Branca controla a região antes tomada por geleiras, agora rica em vales, rios e cadeias de montanhas de picos nevados. Nas planícies centrais ao redor do Lago de Cobalto, a Corte Azul controla a região e mantém a ordem. No leste até os Penhascos Brancos de Amarath, a Corte Dourada reina sobre os planaltos e vales da região. E finalmente, a Corte Vermelha divide o poder sobre o sul do Lago de Cobalto com a Corte Breniril, a deusa dos Mares e Oceanos do panteão élfico.

Seguindo ao sul das planícies centrais, as Eternas Florestas boreais tomam conta da região até o Golfo de Rostril e a Costa da Espada no sul de Daln Aeratháin. O sul é considerado a região mais nobre e selvagem do reino élfico, abrigando inúmeras criaturas e formas de vida diferentes, assim como se acredita abrigar os Bosques da Faéria, um conjunto de clareiras e portais capazes de transportar qualquer um até o plano da Faéria. É também nesta região que está localizada as ruínas de uma grande cidade Alder conhecida como Fal’ratháiner ou A Capital Verde, traduzida na língua comum. Tais ruínas foram a muito tomadas pela mata ao seu redor, mas não perdeu o esplendor e magnificência típica de tais ruínas.

Ao leste dos domínios da Corte Dourada, a grande ilha de Thoronlad é uma das poucas regiões que são compartilhadas tanto pelos humanos quanto pelos elfos de Daln Aeratháin. O reino humano de Adrarien alega ter o direito de posse da ilha, enquanto os alto elfos alegam que ela faz parte do reino élfico, sendo sua por direito. Apesar dos dois lados opostos, os dois reinos resolveram dividir a ilha, principalmente após Adrarien presenciar a derrota rápida dos alto elfos para os elfos do sol durante a Segunda Era. As cidades gêmeas de Adrani, no lado élfico e Jocasta, no lado humano servem como símbolo da paz entre os dois reinos, apesar das tensões muitas vezes estourar, ocorrendo brigas e até mesmo assassinatos humanos e élficos em tais cidades.

Apesar da vitória esmagadora dos elfos do sol, uma parcela dos alto elfos e elfos da floresta da região se manteve rebelde e contra o domínio dos elfos da lua, nascendo assim a guerrilha conhecida como Ae’liren, ou Nunca Ajoelhados, traduzido na língua comum. Os Ae’liren cresceram com o passar dos anos, aumentando seus números e criando incursões contra as cidades Ailedyr. Apesar da magia e poder bélico dos elfos da lua e do sol, os guerrilheiros Ae’liren foram capazes de se manter e continuar sua luta até os dias de hoje. Acredita-se que Daln Aeratháin está a um passo de sofrer uma guerra civil e que talvez desta vez os elfos da lua não possuem a extrema vantagem de milhares de anos atrás.