Zippy Strapstringstarstrand Character in Torondor | World Anvil
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Zippy Strapstringstarstrand

Zippy Strapstringstarstrand

ZippyStrapStringStarStrand é uma artífice da guilda dos ferreiros de ThorGhorr, e abandonou seu título de Maga Mestre de Autômatos pela Escola Yridren de Magia para dedicar-se aos estudos da pólvora e do vapor. É filha de ZiggySwiftBrightDustingStreamStarStrand, e neta da Arquimaga TwiggyScrySignSightStarStrand.

Physical Description

Equipamento e Acessórios

Cabelo chamuscado, cheiro de queimado, foligem sobre rosto e armadura, tons de cobre em sobreposição ao linho cru. Assim se encontra Zippy em qualquer dia que ela não esteja toda engomada eu seu Coat do clã StarStrand para encontrar alguma figura importante. Seu escudo, com o brasão da família, sempre a acompanha, com um visor para proteger o rosto de explosões e pedaços de pergaminhos com coisas anotadas colados ao verso. O óculos de proteção de cobre alterna entre testa e pescoço, amarrado com tecido elástico. Kits de ferramentas estão por todo corpo, amarrados nos braços, cintura e bota. Seus antigos kilt, ceroulas e top ficaram para trás quando montou sua própria malha de escamas de metal, baseado no desenho que fez de Lyfa Tyra. A grade manopla no braço direito

Mental characteristics

Gender Identity

Feminino

Emprego

É Técnica de Aprimoramento de Qualidade de Fornos de Fundição da Guilda dos Ferreiros de Thor Gorr, tem menção honrosa como Maga Mestre de Autômatos da Escola Yridren e é filha do Ziggy. Em 4128, inicia, pelo Colégio de Yridren, o estudo de uma nova ciência meta-arcana: a Artificiaria.

Conquistas e Realizações

Foi graduada como Maga Mestre em menos de 3 anos pela Escola Yridren de Magia, seus avanços nas teorias de construção de autômatos se tornaram referência até para arquimagos do colégio, bem como suas formas alternativas de explodir coisas com magias aparentemente inofensivas.

Fracassos e Vergonhas

Já foi ameaçada de ser expulsa da guilda dos ferreiros diversas vezes, mas recebe vista grossa por ser filha de Ziggy

Traumas Mentais

Por mais que seu pai tenha lhe afirmado diversas vezes que não fora culpa de Zippy, ela ainda sente o peso da morte da mãe. Suas atitudes impulsivas já machucaram algumes amigues, então Zippy acaba ficando eufórica quando percebe que fez algo perigoso com aliades por perto. Por outro lado, tenta trazer para ela a dor dos outros sempre que possível, colocando de lado o auto-cuidado.

Personality Characteristics

Motivação

Curiosidade. Esse é o motor que move a mente flamejante da gnomina. Alguma coisa pode dar muito bem ou muito mal, mas se algo novo pode ser aprendido com a experiência, é esse o caminho que Zippy segue. Aprovação e atenção podem dar um gás para as suas invenções, mas, sem elas, a artífice engole o choro e continua tentando encontrar outras coisas interessantes para lhe inspirar.

Capacidades e Inaptidões

As habilidades sociais de Zippy deixam bastante a desejar, por outro lado, seu pensamento não convencional leva a descobertas que mais ninguém pensaria, bem como uma facilidade maior para se comunicar com crianças, animais e outros seres não humanos. Além de conhecer diversos dialetos, sabe tocar viola, gaita e tambor e é perita no manuseio de ferramentas de alquimia, carpintaria, costura, forja, latoaria e ladinagem. Embora seja conhecida por ser desastrada em quase todas. Seu déficit de atenção faz com que consiga manter atenção em não mais e não menos que duas coisas ao mesmo tempo. Se houver apenas uma, perde atenção para algo que passe por sua percepção passiva ou começa a investigar por alguma coisa. Se houver mais de duas, começa a misturar as coisas.

Gostos e Aversões

Zippy adora seu café bem adocicado e batatas bem tostadas e temperadas. Tomate, cebola, manjericão e pimenta desidratados estão entre seus itens favoritos para viagem, pois, de acordo com ela, combinam com qualquer coisa.

Virtudes e Qualidades de Caráter

Criativa e corajosa, dificilmente se apavora diante do perigo, principalmente quando curiosidade encontrar um motivo para continuar em frente.

Vícios e Falhas de Caráter

Um dia não começa sem um café e um descander não acontece sem álcool. Procura todas as oportunidades de pedir dinheiro e não gastá-lo, mas dificilmente consegue qualquer um dos dois. Coisas tendem a explodir e Zippy não se sente muito culpada se isso gerar conhecimento ou algo interessante.

Peculiaridades da Personalidade

Uma roupa ou armadura machucada não passa por Zippy sem que ela queira remendá-la. Uma máquina (como um forno metalúrgico, por exemplo) não pode passar sem ser verificado e, provavelmente, melhorado. Um dinheiro não pode ser gasto sem ser questionado. Banhos devem ser tomados e o coat da família deve estar intacto e brilhando.

Higiene

Banhos são sempre importantes, mas zippy tem uma atenção especial para o Coat da família StarStrand que ela usa em eventos sociais, o qual lava com misturas alquímicas secretas para continuar brilhando e perfumada.

Social

Laços Familiares

ZiggySwiftBrightDustingStreamStarStrand, seu tio, a adotou após sua mãe, TwinkleSteamStreamStarStrand, falecer por complicações no parto. Sua irmã gêmea Lazus Blackstar viveu com o pai biológico, Jareth Blackstar até sua morte, em 4124, quando foi morar com a avó TwiggyScrySignSightStarStrand.

Visão Religiosa

Apesar da afinidade com Kamill, patrono da guilda dos ferreiros e Yaratma, deuse da tecnologia, Zippy respeita a tradição dos Quatro Primordiais, comum na família StarStrand, mas evita falar sobre pela carga negativa associada a tradição.

Aptidão Social

A guilda dos ferreiros classifica Zippy como "Ranque D" na escala de acesso a materiais para venda, apesar de estar em "Ranque S" para acesso a clientes exóticos.

Fala

Pela criação em Thor Gorr, seus idiomas nativos são Nânico e Órquico. Aprendeu Gnômico e Comum com seu pai. Teve os primeiros contatos com Élfico e Dracônico em Yridren. Devido as raízes, seu sotaque tende a ser mais pesado e grave, facilmente notado em línguas mais suaves, como o Élfico.

Riqueza e Situação Financeira

Mula chamada Dom.

Zippy Strapstringstarstrand, filha de Ziggy Swiftbrightdustingstreamstarstrand, Descendente de Twinkle Steamstreamstarstrand

View Character Profile
Títulos Honorários e Ocupacionais
Fixadora da Alma Escarlate pela Escola Yridren; A Explode-Fornos pela Guilda dos Ferreiros; Mascote Flamejante pela Irmandade do Chifre Carmim.
Date of Birth
29 de Elent de 4076
Local de Nascimento
Dhum Khaldur - Thor Gorr
Children
Residência Atual
Quarto 27 da ala Topázio em Yridren
Olhos
Verdes
Cabelo
Escarlates
Cor da Pele
"Rosê"
Altura
89 cm
Peso
12 kg
Citações e Frases de Efeito
Posso tentar não explodir, dessa vez; Depende, quanto custa?; Posso botar fogo nisso?; Haja como um Anão!; Eu podia ter inventado isso; Por que a gente não explode isso de uma vez?; CIÊNCIA!; Desculpa?

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Aquele dia em que o narrador não apareceu - Parte II
23 de Elyonue de 4126

Diário de viagem de Zipper Strapongstringstarsquirt 26 de Helionir de 4126 - Outonil Olho o contador de slots no meu antebraço, com esse são só mais 2 Shields e 1 rolagem de sorte, não sei mais quantas horas podemos aguentar. Abóboras queimam como sopa perto de Lyf em sua forma elemental, Malachiah só aumenta esse fogo com suas explosões selvagens, os mais rápidos que passam pelo turbilhão do casal encontram as flechas explosivas de Onno ou tem seu trágico fim no escudo supremo de Ryka. Não é nem um pouco difícil para os Esperados lidarem com criaturas épicas, o difícil é manter o combate por dois dias seguidos sem nenhum short rest. Uma abóbora escapa pelas defesas, indo direto para o núcleo do RainbowUnicorn MK XIX. Suspiro enquanto me preparo para gastar o último slot de sexto nível para explodi-la, mas paro pra perceber ela explodindo sozinha. Antes que eu possa ver o raio todo de 1000 feet do nosso campo de batalha, as abóboras começam a explodir mais rápido. Saltando de uma explosão para outra, vejo uma mancha azul diabólica bem conhecida. Hank chega trazendo o brilho d´Os Protetores. Logo atrás dele, ondas gigantes controladas por Nierson varrem diversos monstros, dardos que parecem brotar do vazio provavelmente estão sendo lançados pelas sombras por Efuro, enquanto a maior de todas as abóboras simplesmente é partida pelas mãos nuas de Luigi. Tomando conta do que vinha, os meros 6 segundos de um turno não são suficientes para eu me preparar. Campo de batalha limpo, a canção toma-o, levando embora todas as feridas dos protetores e todo o fôlego do meu pulmão. A melodia refrescante a ponto de resfriar um Erin só aumenta o fogo em mim. Avyen chega. E minhas palavras se vão. “Quem diria? Encontrar vocês por aqui!” Ele fala. Cada letra dessa síntese atravessando minha CA e qualquer redução de dano. Ryka nota que estou completamente sem condições de negociar e toma a frente. “Protetores, são vocês? Eu sou Ryka Wemann e nós somos os Heróis Esperados. Me admira não estarem nos esperando” Ela segura o riso e olha para Onno, que revira os olhos. “Vem cá! Cê fica com essas formalidades babacas e a gente que tem que ouvir piada idiota de princesinha” intervém Hank, no seu habitual tom sarcástico. “Hank, você é só um menino, não fala essas coisas, e-e-ela não fe-fez por mal” comunica um arbusto levemente envergonhado, que deve estar escondendo Efuro. “Shhh! Não provoca se não ela arranca mais um olho seu!” comunica o pirata com um olho de esfinge de um lado do rosto e um tapa olho do outro. “Mas eaí! Qual o lance?” exclama Luigi, e então morde o lábio. “Não há tempo para explicar!” Tento me recompor ”Eu achei que não iria dar problema botar fogo na forja” Lyf continua “Mas eles estavam atrás de nos, então não tinhamos muito o que fazer” Malachiah solta um gemido “Então Martha morreu!” Ryka complementa “E aí a gente tem que achar esse tal de Matheus e” Onno corta “Só nos deem a coroa que está com vocês, a gente explica no caminho”. “E o que a gente ganha com isso?” reclama Hank. Luigi vira a cabeça do tiefling para o lado do horizonte do qual uma onda vem lentamente desintegrando tudo que há em Torondor. “Tá. E o que mais?” murmura Hank.

Aquele dia em que o narrador não apareceu - Parte I
23 de Elyonue de 4126

Diário de viagem de Zipper Strapongstringstarsquirt 23 de Helionir de 4126 "Malachiah! Mantenha o forno aquecido! Lyf! Pedale mais rápido, o motor não pode parar!” Eu, o grande Zipper Strapongstringstarsquirt exclamo enquanto saio correndo pela sala de máquinas do RainbowUnicorn MK XIX. Parece que o calor que anda crescendo entre a linda feiticeira e o druida bestial vai manter as coisas funcionando por aqui, desde que eles não se distraiam com as respectivas belezas (que, devo admitir, me custam alguns saves de willpower). Falando em distração, me flagro completamente paralizada enquanto perco meu foco no que estava fazendo para admirar Onno na sala de controle. Aquela mão comprida e morena deslizando pelos controles do RUMKXIX não fez apenas eu perder o equilibrio. Do lado de fora, Ryka rola pela lataria. Já é o terceiro dragão ancião que nos ataca, não sei quantos mais ela segura sem precisar usar da violência. O foco de ambos me deixa perplexa, como conseguem seguir com tanto afinco tendo de deixar Kayla e a tia Bailous para trás? “Foco, Zipper, foco!” falo para mim mesmo. Já estamos a meio caminho para Outonil, onde devemos encontrar Os Protetores. Só precisamos que o propulsor de explosão heólica experimental de RUMKXI aguente até lá e, principalmente, o paradoxo não nos devore. “Capitão! Acho que estamos chegando!” Aponta Onno “Por que acha isso, RangerWarrior?” Comunico, tentando demonstrar profissionalismo perante aqueles olhos que parecem ter nascido da explosão do encontro de duas bags of holding “Porque a encrenca está chegando em nós” Dessa vez apontando com uma daquelas mãos que eu falei anteriormente. Depois de conseguir manter o foco em olhar para onde ele estava apontando ao invés de seus dedos, me arrependo de não continuar com os olhos em algo mais agradável. Do lado de fora, os dragões se afastam de medo, Ryka toma mais um fôlego porque o verdadeiro perigo vem pelo horizonte. Abóboras mimicas gigantes. “Bem, parece que o festival de abóboras de Outonil saiu um pouco do controle esse ano” Tento fazer Onno rir, mas aquela sua frieza só me faz ficar mais sem jeito perto dele. Tiro a Thunderbolt do meu inventário enquanto minha SplintMail +3 se fecha ao redor de meu corpo. “Parece que Ryka vai precisar de assistência contra esses” é o que falo antes de saltar para fora da sala de controle.

Aquele dia da festa
12 de Elyonue de 4126

Diário de viagem de Zippy StrapStringStarStrand Entre 9 e 10 de Elyonue de 4126   A história começa com Anna me negando a cerveja, e minhas mãos, treinadas na arte anã, recuperando-a. Essa parte eu lembro bem, principalmente da cara da elfa. No futuro, iriamos saber que nossas ações desencadeariam em uma descoberta bem interessante para ela, mas, na hora fiquei preocupada em ter estragado mais alguma coisa. Virei o caneco e continuei dançando pela mesa. Entre canecos e bifes e pratos e facas, outros pés encontram os meus sobre a bancada. Felpudos e bufantes, deslizam ao meu redor, enquanto, acima deles, um corpo rechonchudo e um sorriso embriagante de uma linda halfling acompanham a dança. Algumas mesas depois, saltamos para as almofadas junto a trupe de bardos que parecia ter nos puxado para lá com sua música alegre. Não tão hábil como a Halfling em seus pés macios, perco o equilíbrio e despenco sobre ela, rolando pelas almofadas. Ela solta mais uma risada candida e me ajuda a levantar. Logo atrás dela há outro com o mesmo tamanho e pés felpudos, rosto corado e um tanto cheio de feições parecidas, com uma das mãos segurando uma flauta de pan e a outra extendida oferecendo apoio. A primeira halfling apenas faz reverência puxando o vestido com uma das mãos e volta a rodopiar ao redor da banda. Não levou muito tempo para que eu conhecesse todos: Ervina, a halfling de antes dança e as vezes toca a pandeirola, seu meio-irmão, Pinas, fica na flauta, Liv toca o alaúde, enquanto Aném adiciona efeito místico de instrumentos élficos e o líder, Peter, canta e tenta uns instrumentos experimentais. Vejo a festa seguir, Thomas sai carregando Lucas dormindo em seus braços, um rato mais tenaz que os outros deve ser Lifa partindo, Malaquias, mais sóbrio que um anão em dia de velório segue reto para porta principal, enquanto Anna mostra suas habilidades de furtividade embriagada não chamando tanta atenção quanto sai de fininho com o Tio Beilous. A parte triste de inventarem uma magia pra curar embriaguês é você poder passar duas vezes pela parte da bêbada melancólica no mesmo dia. Me sento num canto sentindo que deixei mais um grupo ir embora. Até a mão rechonchuda de Ervina aparecer para me puxar pra cima. Peter está recebendo os dividendos da festa enquanto os outros vão juntando seus apetrechos e fazendo-os desaparecer em sua bolsa de carga. Acompanho-os madrugada adentro pelas ruas de Ardmoor, a Halfling continua saltidando e dançando como se algum deus impedisse-a de cansar, seu meio-irmão suspira ao lado. “E seu grupo, menina?” pergunta ele. Suspiro também. Qual grupo? Esse grupo ou os outros grupos que larguei por aí? Penso. Junto as palavras e sorrio: “Vai bem, sim, obrigada!” “Se vai bem, por que andas conosco, criança?” Foram as primeiras palavras que ouvi da boca de Aném. Fico sem jeito e murmuro algumas coisas que espero não terem feito sentido. Peter gargalha e, com uma grande mobilidade, alcança minhas costas para dar um tapinha. “Talvez você precise de um tempo com a gente então” ele diz, alegremente. Esse tempo passa enquanto vou conhecendo-os melhor. Aném cansou de 200 anos de intrigas políticas como diplomata e resolveu usar seus talentos para alegrar pessoas, Liv não teve uma vida muito fácil na periferia, mas encontrou apoio no grupo, já Peter é herdeiro de nobres adeptos de Yaratma e deveria seguir os passos como paladino, Ervina sempre soube da sua vocação como barda enquanto Pinas tem um amor platônico pela meio-irmã. Sentindo-me num bom instante de embriaguez, começo a contar da minha breve vida aprendendo os dotes de barda com o grupo de Ziggy e o trágico fim dessa curta saga. Escuto minha voz contando: “Lembro dos tempos de estudo em Yridren, da pirralha minúscula que sonhava em criar gigantes da colina, gigantes da forja, gigantes andarilhos dos sonhos. Mas essas coisas demoram. Quando meu pai diz que está velho demais eu percebo que não dá tempo pra tudo na vida. Talvez minha aventura nesse mundo acabe antes mesmo que eu comece meu primeiro gigante. Talvez seja um bom momento pra abraçar o momento, as coisas pequenas. Aproveitar um pouco a vida dessas criaturas que vivem tão rápido, mesmo que eu não consiga acompanhar o ritmo delas.” Peter solta sua habitual gargalhada. “Por que não faz isso então?” “Verdade, dane-se tudo isso! Danem-se os planos, tenho um plano!” eu exalto. E levo o grupo para a oficina. Chegando lá, mostro a armação da Pesadelo Marco 8, tão desgostosa quanto uma deusa que criou um povo que só dá trabalho. Então exclamo: “Me ajudem aqui, vamos nos livrar disso! Conheço alguém que estaria disposto a receber essa lata-velha mesmo no meio da madrugada”. Como esperado, o senhor Conrado estava lá na metalúrgica, lidando com sua insônia, e ficou bem feliz em trocar minha cria por algumas peças de ouro. Igualmente fácil foi trocar essas peças por engradados de vinho nobre de origem duvidosa que alguém estava tentando se livrar no porto. O sol já quase nascia quando Pinas finalmente tomou a iniciativa de se declarar para Ervina enquanto eu, dom e a elfa silenciosa apenas assistíamos com nossos canecos na mão. A porta bate com os golpes de Peter e Liv, que, no momento, notei que já haviam sumido há algum tempo. Suas mãos estão ocupadas com o que parece ser uma armadura… uma armadura de cavalo de guerra. Sinto o baque na minha cabeça por levantar rápido demais e cambaleio. “Que isso, rapaz?” eu acho que exclamei (apesar de que eu acho que nunca chamei alguém de rapaz). “Uma boa bebida por um bom cavalo! Nunca ouviu esse ditado?” ele exclama. Eu imagino que não consigo lembrar por estar longe, mas a cara perplexa de Aném confirma que provavelmente não ouvira um ditado parecido em 200 anos. O garoto louro larga a armadura sobre as marcas de roda de onde ficava a Pesadelo. “Novos projetos pedem novas peças. Essa é a armadura que meus velhos esperavam que fosse colocar um dia no meu cavalo, mas não vi égua mais atraente pra usar essa armadura até agora que sua Pesadelo” E soltou mais uma gargalhada alegre. “Seu tempo nesse grupo acaba logo, porque você claramente ainda tem outro grupo para chamar de seu agora.”. Nessa hora, ele tira meu diário do bolso e joga para mim. “Relaxe, você me emprestou ele espontâneamente, os seus segredos estão seguros comigo.” Eu fico sem palavras… e, provavelmente a ausência de palavras vira outros murmuros sem sentido. Aném me ajuda a levantar e vai observar a armadura comigo. Parando no brasão com a runa de Yr sobre uma placa prateada. “Yaratma, deidade das ideias”, pronuncia ela, privando-nos rapidamente de sua voz mágica mais uma vez. “Yep! Parece que esse bardo aqui não vai trazer muitas inovações para sua divindade sem seu corcel, mas seu grupo parece que vai fazer muito mais pelo mundo ainda.” Foi a fala de Peter antes de sua habitual gargalhada. Eu me pasmo, gaguejo, imagino a sobreposição do rosê da minha pele com o vermelho da embriaguês com o corado de vergonha e não acho tom para me descrever. “Mas, acabamos de vender a pesadelo!” Eu acho que junto as palavras para dizer. Mais uma gargalhada do rapaz: “Então temos que pegar de volta, mas, primeiro, vamos aproveitar esse vinho um pouco mais, beba” E bebemos um pouco mais, enquanto assistimos os halfings dando adeus a qualquer conceito de privacidade ditado pela sociedade humana. Então leio meu diário e percebo cada memória queria que começava a se formar nesse grupo, agora eu era também... uma Heroína Inesperada.

Desejos Inesperados: O templo de sangue
4 de Elyonue de 4126

Qualquer semelhança com criaturas, lugares e cultos é mera coincidência.   O céu estava escuro, mas eu, Zipper StrapOnGStringStarSquirt sabia exatamente o caminho. A brisa fria passa por meus cabelos rubros como o fogo enquanto os braços fortes de Lyf envolvem meu pequeno corpo jovial. O draconato, refletindo o branco suave da luz de Calindhor nas suas escamas rijas, corre veloz pela noite de Ardmoor. Vindo logo atrás de nós, as curvas da voluptosa Malachiah parecem o dançar de chamas que atrairiam até a criatura mais casta sem se importar se seria queimada viva enquanto apenas rápidos reflexos do cabelo rubro e dos olhos frios e assassinos de Onno apareciam por vez ou outra entre as sombras.   Malachiah foi a primeira a entrar, em passos provocantes, na catedral abandonada, vilipendiosa, como se quisesse que os deuses soubessem que aquele não era mais o seu lugar. Logo após, a aura da natureza parecia trazer vida novamente àquele lugar ao caminhar de Lyf, com suas patas grandes, ecoando o titilar de suas garras batendo no chão frio de pedra enquanto sua voz rouca chama seres do mundo feérico para iluminar o caminho de Onno, que, com seus olhos, profundos como a morte, rapidamente percebe o alçapão escondido. Com movimentos complexos de seus dedos compridos e cheios de nós, os mecanismos rapidamente cedem e abrem-se para que prossigamos.   Descendo pela passagem, seguir pelos corredores escuros e apertados tira meu fôlego, a proximidade com aqueles três é inebriante, o cheiro forte realça seus feromônios, minhas pernas ficam bambas e minha mente parece balançar. Sem perder foco na busca, Onno para e os outros entendem a mensagem de seu olhar semi-cerrado. Malachiah toma a frente e atravessa uma parede falsa ao lado, tendo seu corpo rápidamente rodeado por chamas de uma armadilha que claramente não tem vez contra o calor de seu belo corpo de súcubo. Adiante, o portão para um templo do deus do Sangue. Que permite nossa entrada ao perceber o pulsar fervilhante de nossas veias. Notando minha vertigem diante de tamanha embriaguês, as garras proeminentes de Lyf me abraçam novamente, colocando-me sobre seus ombros delgados. Pobre de mim, alucino ainda mais sentindo o calor frio de suas escamas roçando nas minhas pernas enquanto seu aroma de uma fria floresta nas montanhas me lembra de outros amores. Sempre frio e hábil, Onno se coloca à frente novamente, adentrando o lar dos algozes como se fosse sua morada. Sua pele, escura como mogno sumindo pelas sombras novamente. Quando dou por mim, estava remexendo as escamas do draconato e montando pequenos berloques, ele vira seu rosto para mim e sorri, mostrando suas grandes presas prateadas. Sem muito pensar, desperto os pequenos como um enxame de escamas e cobre. Sua voz suave atravessa meu corpo trêmulo - São como filhos nossos - ele diz. E minha mente foge de mim por um tempo infinito de uns prováveis 30 segundos até o barulho de baixo nos lembrar do que tinhamos que fazer.   Lá em baixo, Onno dança como o vento, cercado de muitos inimigos, matando um atrás do outro, ignorando a dor das lâminas que vão de encontro ao seu corpo esguio, abrindo brexas em seu corselete, dando amostras de seu abdômen tonificado e suas costas desenhadas em cicatrizes de quem já passou por muitas noites intensas. Um frenesi intenso corta minha mente quando Malachiah rompe o manto trazendo os piores pesadelos a mente daqueles que rodeiam o meio-elfo. Muitos caem com seus narizes sangrando ou gritando palavras de delírio. As pontas sólidas do tridente de Lyf chegam logo depois, penetrando a carne daqueles que tentam nos atocaiar. Demônios irrompem de um rasgo na realidade, trazidos por uma feiticeira escondida nas sombras. Que logo é trespassada pelos dardos de Onno. Diante de tudo, só consigo reagir com um movimento, estilhaçando a mente da gnoma antes que conseguisse se levantar novamente. Ela cai com seus ouvidos sangrando. O ar rubro, cheirando a ferro, atinge as narinas da tiefling, que, de olhos flamejando, desfila por entre o campo de batalha deixando suas coxas rosadas dançarem para fora de seu robe. Com suas mãos cheias de jóias ímpias e longas unhas vermelho-sangue, levanta um dos sobreviventes pelo rosto e começa a lhe queimar, trazendo para perto de sua face lasciva, abrindo seus lábios vermelhos para lhe sugar a alma em meio a gritos desvairantes. Onno e Lyf encaram a atitude de Malachiah, enquanto ela larga o corpo murcho ao chão e continua a aladear-se rumo ao próximo andar.  
  • LYF! - O gemido inconfundível de Ryka anuncia que encontramos a princesa paladina que viemos resgatar. Por entre a nuvem de fumaça de Onno, salta o draconato argênteo, patas ficando ainda maiores, pelos crescendo sobre suas costas e sob minhas mãos, seguro firme como se fosse a última vez que sentiria o calor de Lyf. Ele rasga a pele de demônios como um urso, sangue negro espirrando em nossos rostos. Sei que não posso fazer muito, mas meu corpo sabe como se mover no meio de muitos. Eles vem de todos os lados na minha direção e eu contorno-os, mantendo-os em meu domínio até que o tempo congela por instantes.
  • Calor e chamas ofuscantes esguicham do corpo quente de Malachiah, extasiada a ponto de querer nos consumir. Sinto o ardor, mas não paro, continuo segurando o tumulto ao meu redor enquanto meu couro aguentar. Quando dou por mim, meu corpo cansado, suado e sujo, vejo os braços opulentos de Lyf envolvendo Malachiah entre os mortos. A chama de seus olhos agora brilhando serenas, alguma coisa mudou. Seus chifres longos, eretos em curvas majestosas golpearam minha mente tão forte quanto seu rabo imenso fugindo pelo seu robe, dançando como um serpente.   Chegando exausto na mansão da Madame Burns, deitei sem dormir, perdida em delírios da noite anterior, o toque e o cheiro deles por meu corpo. Pela manhã, sentei-me a mesa de café, Ryka surge, cheia de pureza e comenta algumas coisas que não consigo entender. Minha mente está em outro lugar, apenas sinto, dentro de mim, um chamado. Digo que esqueci algo no meu quarto e corro para o quarto de Onno. Pela porta levemente encostada, escuto mais de uma respiração e aquele inconfundível perfume de inverno junto ao calor de uma fogueira. Abro a porta e o meio-elfo, entre as cobertas de uma cama muito grande, senta-se e olha para mim. Ao seu lado, os membros largos do draconato, como habitual, envolvendo a pele nua e chamuscada da tiefling. A voz provocante de Onno toma comando de meus sentidos - Ei, o que está aí olhando? - ele sussurra. E a porta atrás de mim se fecha.

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