Poderoso Mikko Prose in Storevender | World Anvil
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Poderoso Mikko

A história de um pobre lenhador e um raposo agradecido Era uma vez um velho lenhador e sua esposa, que só tiveram um filho, chamado Mikko. Quando a mãe estava morrendo, o jovem chorou com amargura.   — Quando você se for, minha querida mãe – disse ele —, não haverá mais ninguém para pensar em mim.   A pobre mulher o consolou da melhor maneira possível e lhe disse:   — Você ainda vai ter o seu pai.   Pouco depois da morte da mulher, o velho também adoeceu.   Agora, de fato, serei deixado desolado e sozinho, pensou Mikko, sentado ao lado do leito do pai e vendo-o ficar cada vez mais fraco.   — Meu menino – disse o velho, pouco antes de morrer —, não tenho nada para lhe deixar além das três armadilhas com as quais, durante muitos anos, capturei animais selvagens. Essas armadilhas agora pertencem a você. Quando eu morrer, vá até o bosque e, se encontrar uma criatura selvagem presa em alguma delas, liberte-a com delicadeza e a traga viva para casa.   Depois da morte do pai, Mikko se lembrou das armadilhas e foi até o bosque para vê-las. A primeira estava vazia, e a segunda também, mas na terceira encontrou um pequeno Raposo vermelho. Ele levantou a mola que havia se fechado sobre o pé do Raposo e carregou a pequena criatura para casa nos braços. Compartilhou o jantar com o animal e, quando se deitou para dormir, o Raposo se encolheu nos pés dele. Os dois moraram juntos por um tempo, até que se tornaram amigos próximos.   — Mikko – disse o Raposo, certo dia —, por que você está tão triste?   — Porque estou solitário.   — Pfff! – disse o Raposo. — Isso não é jeito de um jovem falar! Você devia se casar! Assim não vai se sentir solitário. — Casar! – repetiu Mikko. — Como posso me casar? Não posso me casar com uma moça pobre porque também sou pobre, e uma moça rica não se casaria comigo.   — Bobagem! – disse o Raposo. — Você é um jovem belo e bem estabelecido, e é delicado e gentil. O que mais uma princesa iria querer?   Mikko riu ao pensar em uma princesa querendo se casar com ele.   — Estou falando sério! – insistiu o Raposo. — Pense na sua Princesa atual. O que você acharia de se casar com ela?   Mikko riu mais alto do que antes.   — Ouvi dizer – comentou — que é a princesa mais linda do mundo! Qualquer homem ficaria feliz de se casar com ela!   — Muito bem – disse o Raposo —, se você se sente assim em relação a ela, vou providenciar o casamento.   Com isso, o pequeno Raposo realmente foi até o castelo real e conseguiu uma audiência com o Rei.   — Meu mestre envia seus cumprimentos – disse o Raposo — e implora que o senhor lhe empreste seu medidor de alqueires.   — Meu medidor de alqueires! – repetiu o Rei, surpreso. — Quem é seu mestre e por que ele quer meu medidor de alqueires?   — Shhh! – sussurrou o Raposo, como se não quisesse que os cortesãos ouvissem o que estava dizendo. Em seguida, se aproximando muito do Rei, murmurou no seu ouvido:   — Claro que você já ouviu falar de Mikko, não é? Poderoso Mikko, como é chamado.   O Rei nunca tinha ouvido falar de nenhum Mikko que fosse conhecido como Poderoso Mikko. Porém, pensando que talvez devesse ter ouvido falar dele, balançou a cabeça e murmurou:   — Hum! Mikko! Poderoso Mikko! Ah, com certeza! Sim, sim, claro.   — Meu mestre está prestes a partir em uma jornada e precisa de um medidor de alqueires por um motivo muito específico.   — Entendo! Entendo! – disse o Rei, embora não entendesse de jeito nenhum, e deu ordens para que o medidor de alqueires que eles usavam no depósito do castelo fosse trazido e dado ao Raposo. O Raposo carregou o medidor e o escondeu no bosque. Em seguida, correu por todos os tipos de esconderijos e fendas onde as pessoas escondiam suas economias e pegou uma moeda de ouro aqui e uma de prata ali, até estar com um punhado delas. Em seguida, voltou para o bosque e enfiou as diversas moedas nas rachaduras do medidor. No dia seguinte, voltou ao Rei.   — Meu mestre, Poderoso Mikko – disse —, envia seus agradecimentos, ó, Rei, pelo uso do seu medidor de alqueires.   O Rei estendeu a mão e, quando o Raposo lhe entregou o medidor, ele espiou lá dentro para ver se, por acaso, continha algum traço do que havia sido medido. Evidentemente, seu olhar captou de imediato o brilho das moedas de ouro e prata alojadas nas fendas.   — Ah! – disse ele, pensando que Mikko devia de fato ser um lorde muito poderoso para ser tão descuidado com sua riqueza. — Eu gostaria de conhecer o seu mestre. Por que você e ele não vem me visitar?   Era isso que o Raposo queria que o Rei dissesse, mas fingiu hesitar.   — Agradeço a Vossa majestade pelo convite gentil – disse —, mas temo que meu mestre não possa aceitá-lo neste momento. Ele quer se casar em breve, e estamos prestes a dar início a uma longa jornada para analisar inúmeras princesas estrangeiras.   Isso deixou o Rei ainda mais ansioso para que Mikko o visitasse de imediato, pois pensava que, se Mikko visse sua filha antes dessas princesas estrangeiras, ele poderia se apaixonar e se casar com ela. Então disse ao Raposo:   — Meu querido camarada, você precisa convencer o seu mestre a me fazer uma visita antes de começar suas viagens! Você vai fazer isso, não é?   O Raposo olhou para ele como se estivesse envergonhado demais para falar.   — Vossa majestade – disse finalmente —, peço que perdoe minha franqueza. A verdade é que o senhor não é rico o suficiente para entreter o meu mestre, e seu castelo não é grande o suficiente para abrigar o imenso séquito que sempre o acompanha.   O Rei, que, neste momento, estava louco para ver Mikko, perdeu totalmente a cabeça. — Meu querido Raposo – disse ele —, eu lhe dou qualquer coisa no mundo se você convencer o seu mestre a me visitar imediatamente! Você não pode convencê-lo a viajar com um séquito modesto desta vez?   O Raposo balançou a cabeça.   — Não. A regra dele é viajar com um séquito grandioso ou seguir a pé, disfarçado como lenhador pobre, apenas comigo.   — Você não pode convencê-lo a vir a mim disfarçado como lenhador pobre? – implorou o Rei. — Quando ele chegar aqui, posso colocar roupas maravilhosas à disposição dele.   Mas o Raposo balançou a cabeça de novo.   — Temo que o guarda-roupa de Vossa Majestade não contenha o tipo de roupa a que meu mestre está acostumado.   — Garanto a você que tenho roupas muito boas – disse o Rei. — Venha neste minuto e vamos vê-las, e tenho certeza que você vai encontrar alguma que seu mestre vestiria.   E assim eles foram até um quarto que era como um guarda-roupa grande, com centenas e centenas de cabides onde estavam pendurados centenas de casacos e calças e camisas bordadas. O Rei ordenou aos criados que tirassem as roupas uma por uma e colocassem diante do Raposo.   Começaram com roupas mais simples.   — Boas o suficiente para a maioria das pessoas – disse o Raposo —, mas não para o meu mestre.   Então pegaram vestimentas mais finas.   — Sinto dizer que vocês estão se incomodando tanto por nada – disse o Raposo. — Francamente, vocês não percebem que o meu mestre jamais poderia usar nenhuma dessas coisas!   O Rei, que esperava guardar para si as roupas mais maravilhosas de todas, agora ordenou que estas fossem mostradas.   O Raposo olhou para elas de esguelha, farejou-as de um jeito crítico e finalmente disse:   — Bem, talvez o meu mestre concorde em usar essas por alguns dias. Não são o que ele está acostumado a vestir, mas vou dizer uma coisa: ele não é orgulhoso.   O Rei ficou radiante.   — Muito bem, meu querido Raposo, vou mandar preparar os aposentos de hóspedes para a visita do seu mestre e vou pedir para deixarem essas roupas, minhas melhores, à disposição dele. Você não vai me decepcionar, vai? — Vou fazer o possível – prometeu o Raposo.   Com isso, ele desejou educadamente um bom dia ao Rei e correu para a casa de Mikko.   No dia seguinte, quando a Princesa estava espiando por uma janela alta do castelo, viu um jovem lenhador se aproximando acompanhado de um Raposo. Era um belo jovem robusto, e a Princesa, que sabia, pela presença do Raposo, que aquele devia ser Mikko, deu um suspiro demorado e confidenciou à sua criada:   — Acho que eu poderia me apaixonar por aquele jovem mesmo que ele fosse apenas um lenhador!   Mais tarde, quando o viu usando as melhores roupas do pai – que caíram tão bem em Mikko que ninguém sequer as reconheceu como sendo do Rei –, ela perdeu o coração completamente, e quando Mikko lhe foi apresentado, ela corou e tremeu como qualquer moça comum faria diante de um belo jovem.   Toda a Corte ficou igualmente encantada com Mikko. As senhoras ficaram extasiadas com seu jeito modesto, sua bela forma e a grandiosidade das suas roupas, e os velhos Conselheiros barbados, assentindo em aprovação, diziam uns aos outros:   — Não há nada de arrogância nesse jovem! Apesar de sua grande riqueza, veja como ele nos escuta educadamente quando falamos!   No dia seguinte, o Raposo foi até o Rei em segredo e disse:   — Meu mestre é um homem de poucas palavras e de julgamento rápido. Ele me pediu para lhe dizer que sua filha, a Princesa, lhe agrada muito e que, com sua aprovação, ele vai fazer o pedido a ela imediatamente.   O Rei ficou muito agitado e começou:   — Meu querido Raposo...   Mas o Raposo o interrompeu para dizer:   — Pense com carinho no assunto e me dê sua decisão amanhã.   Então o Rei consultou a Princesa e os Conselheiros e, em pouco tempo, o casamento foi arranjado e a cerimônia foi realizada! — Não falei? – disse o Raposo, quando ele e Mikko estavam sozinhos, depois do casamento.   — É – reconheceu Mikko —, você realmente prometeu que eu me casaria com a Princesa. Mas, me diga, agora que estou casado, o que devo fazer? Não posso morar aqui para sempre com a minha esposa.   — Acalme sua mente – disse o Raposo. — Já pensei em tudo. Faça o que eu digo e não vai ter nada do que se arrepender. Hoje à noite, diga ao Rei: “Agora é adequado que você me visite e veja por conta própria o castelo do qual sua filha será senhora daqui em diante”.   Quando Mikko disse isso ao Rei, este ficou encantado, pois agora que o casamento tinha acontecido, ele estava se perguntando se talvez não tivesse sido um pouco apressado. As palavras de Mikko o tranquilizaram, e ele aceitou avidamente o convite.   Pela manhã, o Raposo disse a Mikko:   — Agora eu vou na frente e arrumo as coisas para você.   — Mas aonde você vai? – perguntou Mikko, assustado com a ideia de ser abandonado pelo pequeno amigo.   O Raposo levou Mikko para um canto e sussurrou baixinho:   — A poucos dias de caminhada daqui há um castelo muito vistoso que pertence a um velho dragão malvado, conhecido como Verme. Acho que o castelo do Verme seria adequado para você.   — Tenho certeza que sim – concordou Mikko. — Mas como vamos tirá-lo do Verme?   — Confie em mim – disse o Raposo. — Tudo que você precisa fazer é o seguinte: leve o Rei e seus cortesãos pela estrada principal até que, amanhã, perto da metade do dia, você vai chegar a uma encruzilhada. Vire à esquerda e siga em frente até ver a torre do castelo do Verme. Se encontrar algum homem na beira da estrada, pastores ou coisa assim, pergunte a quem eles são subordinados e não demonstre surpresa com a resposta. Então, agora, querido mestre, adeus até nos encontrarmos de novo no seu belo castelo.   O pequeno Raposo saiu trotando em ritmo acelerado, e Mikko e a Princesa e o Rei, acompanhados por toda a Corte, o seguiram de modo mais vagaroso.   O pequeno Raposo, quando saiu da estrada principal na encruzilhada, logo encontrou dez lenhadores com machados nos ombros. Estavam todos vestindo uniformes azuis com o mesmo corte. — Bom dia – disse o Raposo educadamente. — A quem vocês são subordinados?   — Nosso mestre é conhecido como o Verme – responderam os lenhadores.   — Meus pobres, pobres rapazes! – disse o Raposo, balançando a cabeça com tristeza.   — Qual é o problema? – perguntaram os lenhadores.   Por alguns instantes, o Raposo fingiu estar emocionado demais para falar. Depois, disse:   — Meus pobres rapazes, vocês não sabem que o Rei está vindo com uma grande força para destruir o Verme e todo o seu povo?   Os lenhadores eram pessoas simples, e essa notícia os deixou muito consternados.   — Não há como escaparmos? – perguntaram.   O Raposo colocou a pata na cabeça e pensou.   — Bem – disse por fim —, tem um jeito de vocês escaparem, e é dizendo a todos que perguntarem que vocês são homens do Poderoso Mikko. Mas, se vocês valorizam a própria vida, nunca mais digam que seu mestre é o Verme.   — Somos homens do Poderoso Mikko! – os lenhadores começaram a repetir várias vezes. — Somos homens do Poderoso Mikko!   Um pouco mais adiante na estrada, o Raposo encontrou vinte cavalariços usando o mesmo uniforme azul e que estavam cuidando de uma centena de belos cavalos. O Raposo falou com os vinte cavalariços como tinha falado com os lenhadores e, antes de ir embora, eles também estavam gritando:   — Somos homens do Poderoso Mikko!   Em seguida, o Raposo encontrou um enorme rebanho de mil carneiros cuidados por trinta pastores vestidos com o uniforme azul do Verme. Ele parou e falou com eles até estarem todos gritando:   — Somos homens do Poderoso Mikko!   Então o Raposo trotou até chegar ao castelo do Verme. Encontrou o próprio Verme lá dentro, relaxando preguiçosamente. Era um dragão enorme e tinha sido um grande guerreiro no seu tempo. Na verdade, seu castelo e suas terras e seus criados e suas posses, tudo tinha sido conquistado em batalha. Mas agora, depois muitos anos, ninguém se importava de lutar contra ele, que ficou gordo e preguiçoso. — Bom dia – disse o Raposo, fingindo estar muito ofegante e assustado. — Você é o Verme, não é?   — Sou – disse o dragão, prepotente —, sou o grande Verme!   O Raposo fingiu ficar mais agitado.   — Meu pobre camarada, sinto muito por você! Mas é claro que nenhum de nós pode esperar viver para sempre. Bem, preciso correr. Achei que devia simplesmente parar e me despedir.   Desconfortável com as palavras do Raposo, o Verme gritou:   — Espere um minuto! O que está acontecendo?   O Raposo já estava na porta, mas, diante da súplica do Verme, parou e disse por sobre o ombro:   — Ora, meu pobre camarada, você certamente sabe que o Rei está vindo com uma grande força para destruir você e todo o seu povo!   — O quê? – ofegou o Verme, ficando de um tom nojento de verde pelo medo. Ele sabia que estava gordo e inútil e que jamais poderia lutar como em tempos passados.   — Não vá ainda! – implorou ao Raposo. — Quando é que o Rei vem?   — Ele está na estrada agora mesmo! É por isso que preciso ir embora! Adeus!   — Meu querido Raposo, fique só por um instante e eu vou recompensá-lo ricamente! Me ajude a me esconder para que o Rei não me encontre! Que tal o abrigo onde armazenamos o linho? Posso me esconder embaixo do linho e, se você trancar a porta por fora, o Rei nunca vai conseguir me encontrar.   — Muito bem – concordou o Raposo —, mas precisamos ser rápidos!   E assim eles correram para o abrigo lá fora, onde o linho era guardado, e o Verme se escondeu embaixo do linho. O Raposo trancou a porta, depois ateou fogo ao abrigo, e logo não havia mais nada daquele velho dragão malvado, o Verme, exceto um punhado de cinzas.   O Raposo chamou os criados da casa do dragão e conversou com eles sobre Mikko, como tinha feito com os lenhadores e os cavalariços e os pastores. Enquanto isso, o Rei e seu séquito estavam seguindo lentamente pelo caminho por onde o Raposo tinha passado com tanta rapidez. Quando chegaram aos dez lenhadores usando uniformes azuis, o Rei indagou:   — De quem serão esses lenhadores?   Um de seus criados perguntou aos lenhadores, e os dez gritaram com força total dos pulmões:   — Somos homens do Poderoso Mikko!   Mikko não disse nada, e o Rei e toda a Corte ficaram novamente impressionados com sua modéstia.   Um pouco mais além eles encontraram os vinte cavalariços com os cem cavalos empinados. Quando os cavalariços foram questionados, responderam com um grito:   — Somos homens do Poderoso Mikko!   O Raposo certamente disse a verdade, pensou o Rei consigo mesmo, quando me falou das riquezas de Mikko!   Um pouco depois, os trinta pastores, quando questionados, responderam em um coro ensurdecedor:   — Somos homens do Poderoso Mikko!   A visão dos mil carneiros que pertenciam ao seu genro fez o Rei se sentir pobre e humilhado em comparação, e os cortesãos sussurraram entre si:   — Com esses modos simples, o Poderoso Mikko deve ser um lorde mais rico e mais poderoso que o próprio Rei! Na verdade, apenas um lorde muito grandioso pode ser tão simples!   Eles por fim chegaram ao castelo que, pelos soldados de uniforme azul que protegiam o portão, sabiam que pertencia a Mikko. O Raposo saiu para dar as boas-vindas ao séquito do Rei e, atrás dele, em duas fileiras, estavam todos os criados da casa. Ao sinal do Raposo, todos gritaram em uníssono:   — Somos homens do Poderoso Mikko!   Então, Mikko, do mesmo jeito simples que teria usado na pequena cabana do pai no bosque, deu as boas-vindas ao Rei e seus seguidores, e todos entraram no castelo, onde viram que um grande banquete já estava preparado e esperando por eles.   O Rei ficou lá por vários dias e, quanto mais via de Mikko, mais ficava feliz por tê-lo como genro.   Quando estava indo embora, ele disse a Mikko:   — Seu castelo é tão maior que o meu que hesito em convidá-lo a voltar para me visitar. Mas Mikko tranquilizou o Rei dizendo com sinceridade:   — Meu querido sogro, quando entrei pela primeira vez em seu castelo, achei que era o castelo mais lindo do mundo!   O Rei ficou lisonjeado, e os cortesãos sussurraram entre si:   — Que adorável ele dizer isso quando sabe muito bem como o castelo dele é muito maior!   Quando o Rei e seus seguidores estavam longe, o pequeno Raposo vermelho foi até Mikko e disse:   — Agora, meu mestre, você não tem motivo para se sentir triste e solitário. Você é o senhor do castelo mais lindo do mundo e tem como esposa uma doce e adorável Princesa. Você não precisa mais de mim, por isso vou me despedir.   Mikko agradeceu ao pequeno Raposo por tudo que ele tinha feito, e o pequeno Raposo saiu trotando para o bosque.   Assim você vê que o pobre e velho pai de Mikko, embora não tivesse nenhuma riqueza para deixar para o filho, foi realmente a causa de toda a boa fortuna de Mikko, pois foi ele que disse a Mikko para levar para casa qualquer coisa que encontrasse presa nas armadilhas.

Escrito por Grimra Brandhjal


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