Ato - 15 - O devorador de ondas in Mundo de Consilium | World Anvil
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Ato - 15 - O devorador de ondas

  • 14/06/842 – 09:04
  • Na ferraria dos Morigak. Aswad limpou o suor da testa e sorriu, havia terminado sua nova adaga. Uma lâmina nas cores azul e laranja provenientes das duas joias que ele havia encontrado no baú do esgoto. O punhal era pequeno, mas cabia perfeitamente na mão do tiefling. O mais importante, as cinzas de Gudzal Morigak estavam ali, ele usaria ela em sua vingança de Caedes, mas primeiro, precisava lidar com Valendra.
  • O tiefling foi então até o mercado central de Irëng comprar suprimentos, tentaria entrar clandestinamente em um barco, viajaria para Motto e conseguiria o amuleto de volta, custasse o que custasse.
  • 14/06/842 – 22:00
  • Fararëyn foi ao encontro de Wrainn Wackmauul, o draconato estava apoiado na parede do beco escuro fumando seu usual cigarro. O monge se aproximou, tirou da mão dele e deu uma traga.
  • —Você sabe que vai morrer disso um dia?
  • —O meu pulmão… Enfim, por que me chamou?
  • —Você pediu que eu encontrasse alguém para ajudar no trabalho certo? Pois bem! eu achei três pessoas. O único problema é que eles pediram pra se encontrarem com o mago durante a batalha, me disseram que ele tinha um segredo muito grande. Você sabe algo sobre isso?
  • — A ordem veio do mais alto que ela poderia vir, então eu não tive como negar nem questionar, mas talvez, como vamos estar em alto mar, ninguém vai saber se batermos um papinho com ele antes. Quem são as pessoas?
  • Yella Hoppa e mais dois conhecidos dela.
  • Yella… Acho que já ouvi falar, é uma phuman-tiefling, não? Não devo ter problemas em encontrá-la.
  • —Pelo que eu entendi, o que esse mago sabe pode valer muito dinheiro, pra mim e pra você. Eu sei que esse trabalho na guarda não te paga tanto. Não é à toa que está com esses cigarros de segunda linha.
  • —Quem sabe o que pode ser… — O draconato deu uma pequena risada. — Bom, o navio já está quase pronto e como ainda temos que ir para Anater, se prepare para sair amanhã.
  • —Não terei problemas.
  • —Ok, qualquer coisa, sabe como me contatar.
  • Fararëyn se despediu e foi para casa pensando sobre como prosseguiria no dia seguinte e durante o ataque ao barco do mago.
  • 14/06/842 – 10:31
  • Yella foi até a casa do monge e ele abriu a porta para que ela entrasse.
  • —Quer um café? — Perguntou Fararëyn.
  • — Aceito. — Disse ela enquanto se sentava no sofá esburacado com Urka voando ao seu redor. — Wrainn me mandou avisar para que saíssemos em grupos separados para não sermos reconhecido, mas você pode vir comigo e com meus companheiros, temos um lopoqui sobrando. Obrigado pelo favor, a propósito.
  • —Tudo bem já estou de saco cheio dessa cidade, só preciso resolver umas coisas no trabalho antes.
  • —Ok, te espero no portão oeste da cidade. — Ela terminou de beber o café, agradeceu e saiu.
  • Fararëyn foi até a sonho do anão e procurou por seu melhor amigo lá, Imraul Ilza.
  • Ilza, eu vou passar alguns dias fora no meu segundo emprego e preciso que você me cubra por um tempo.
  • Sergei… Dessa vez não vou ter como, arrumei um trabalho por fora que pode render um dinheiro bom, saio hoje mesmo, não vou ter como. Eu pediria aos meus irmãos, mas eles morreram trabalhando na guarda do castelo durante a celebração. — Ele começou a contar a história de como eles morreram, algo sobre um tiefling nos esgotos.
  • O monge se despediu da forma mais educada que conseguiu pensar e foi atrás de Ygor. Encontrou o garoto ruivo correndo pelo mercado.
  • Ygor, preciso que você me cubra na sonho do anão.
  • —Quanto tempo você vai ficar fora?
  • —Perguntou ele já fazendo as contas de quanto custaria.
  • —Queria eu saber.
  • —Olha, eu posso cobrir por umas duas semanas, depois disso não tenho mais como garantir, e nesse caos todo vai custar mais que o normal.
  • —Ótimo, já venho falar com você de novo.
  • Fararëyn correu de volta para a estalagem e foi falar com Marlena Flower a dona do local. Entrou apressado na sala dela e gritou:
  • Marlena! — Ele sentou na cadeira da frente dela sem esperar uma resposta.
  • —Você… — Ela olhou com um tom de desprezo. — Trabalha aqui não é?
  • —Eu sou a pessoa que mais ganha dinheiro pra você aqui. — Falou confiante apesar de não ter certeza da informação.
  • —Ok, Ok, só abaixa o tom da voz. — Ela mexeu em um vaso de flores sobre a mesa e fez sinal para que o anão acorrentado e amordaçado no canto da sala não fizesse barulho.
  • —Então, eu tenho algo muito sério para fazer e sem enrolação, eu preciso passar um tempo fora. Arranjei alguém que pode me cobrir por duas semanas. Vim botar as cartas na mesa, preciso saber o que você acha da situação.
  • —Eu posso te dar um dia a mais de folga. — Disse Marlena friamente.
  • — Que pena, eu vi aquele seu amigo amarrado ali e sabe, anões podem ser muito divertidos, mas não podem te entregar toda a… fantasia, algo que eu posso. Mas, eu preciso resolver essa situação antes.
  • —Hm… — Ela sorriu. — Tudo bem, vou esperar que você volte, não se preocupe com o emprego, posso arranjar alguém. — Antes que ele saísse do aposento ela ainda disse. — Quando você voltar, resolvemos o preço. — Fararëyn pegou uma das flores espalhadas pelo local, mordeu uma pétala e assoprou o resto em sua direção.
  • Aswad foi atrás de Sergei na "Sonho do Anão" e viu quando ele desceu dos aposentos de Marlena limpando a boca. O ladrão chamou o assassino para perto e falou:
  • Sergei, estou indo para Motto, se quiser comprar alguma arma vê hoje mesmo porque a partir de amanhã a loja já vai estar fechada. — Fararëyn apenas assentiu, não chamaria o ladrão para o navio.
  • Aswad saiu da estalagem e foi arrumar seus pertences. Fararëyn se despediu de Imraul e disse para Ygor que não precisaria mais de sua ajuda antes de se encontrar com Yella do lado de fora de Irëng.
  • A híbrida apresentou seus outros dois companheiros, um psearen chamado Alre que não falava muito, tinha cicatrizes por toda sua pele azul, orelhas pontudas e era forte como um touro. Ele ajeitou o grande moicano roxo e a maça de ferro que carregava quando cumprimentou o monge. O outro companheiro se apresentou sozinho, seu nome era Marcello Gill, ele era um humano, magrelo de cabelos lisos loiros e olhos azuis. Estava animado para a missão e disse que era um mago.
  • Eles não perderam muito tempo e subiram nos lopoquis em direção ao norte do continente.
  • 14/06/842 – 21:19
  • Aswad terminou de arrumar sua mochila e saiu para procurar uma caravana para a cidade portuária de Anater. Decidiu que talvez não houvesse necessidade de se infiltrar em uma e encontrou um grupo de anões saindo com uma carroça com vinhos em direção à cidade portuária.
  • O ladino em um raro momento de consciência se ofereceu para pagar pelo transporte, mas os anões já meio bêbados falaram que ele poderia entrar sem pagar nada, havia espaço e mais um companheiro era sempre bem-vindo. Aswad não estava acostumado com aquele tipo de empatia, principalmente por ser um tiefling, mas entrou mesmo assim.
  • 16/06/842 – 05:42
  • As duas viagens foram tranquilas e o monge chegou primeiro na cidade portuária. Não havia muito ali, um mercado onde ele comprou uma dúzia de dardos e algumas casas de pescadores.
  • Eles foram logo em direção ao porto, era com certeza a parte mais bem feita do local e além de várias embarcações pequenas, havia um único grande navio. Com dois mastros, grandes velas brancas, e uma cabine observatória no alto do maior mastro. Ainda assim, o que mais chamava atenção era a grande boca desenhada na frente da embarcação. Na lateral o monge conseguiu ler “O devorador de Ondas” Provavelmente o nome do navio.
  • Fararëyn subiu pela escada apoiada na lateral do navio e ao chegar no convés se deparou com Wrainn dando ordens para outros marinheiros, haviam dois golias, um deles era magrelo para o porte usual da raça e se chamava Yhorr Mokk. A outra era Mievna, sua irmã mais velha, forte e animada ela seguia as ordens do capitão. Havia também um homem pássaro com uma rapieira que ele reconheceu dos esgotos, ambos se encaram, mas preferiram não conversar.
  • Ele apoiou sua mochila no chão de madeira da embarcação a tempo de ver Imraul chegando. — Bom te ver aqui. — Disse para o anão que abriu um sorriso sob a barba loira em resposta e o abraçou.
  • 16/06/842 – 18:24
  • Aswad chegou em Anater, se despediu dos anões e ganhou um pote de vinho como presente. Viu os vários barcos no porto e sem pensar muito a respeito foi em direção ao grande.
  • —Onde pensa que está indo? — Perguntou Wrainn ao tiefling.
  • —Pro barco.
  • —Você foi chamado por acaso?
  • —Fui. — Respondeu sem pestanejar.
  • —Não… Eu chamei todos aqui. — Wrainn tirou um cigarro do paletó e começou a fumar.
  • —Isso pode fazer mal para os seus pulmões. — Falou Aswad tentando se esgueirar ao redor do draconato enquanto pensava em um plano.
  • —Já me falaram isso.
  • —Olha… Que tal se você me deixar entrar no barco, devem estar indo para Motto, certo? Eu posso te dar esse delicioso vinho, sente só o cheiro…
  • —Não. Esse barco é para pessoas sérias. — Disse ele encarando o ladrão, nesse instante Imraul e Marcello começaram a rir de algo no convés. — Quase todas. — Completou ele.
  • —Você sabe que isso vai te matar um dia né? — Disse Fararëyn ao se aproximar de Wrainn e tirar o cigarro dele. Ele olhou para Aswad. Se ele já estava ali, devia ter sido chamado pelo draconato ou algo do gênero. — Bem-vindo. — Disse o monge. Em seguida bateu no ombro do capitão e voltou para o navio. Aswad deu um sorriso e passou pelo draconato e também deu um tapinha em suas costas. A tripulação do Devorador de ondas saiu no mesmo dia do porto com o propósito de matar Muhammed Cooke.

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