Ato - 13 - A jornada da paladina in Mundo de Consilium | World Anvil
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Ato - 13 - A jornada da paladina

  • 12/06/842 – 23:45
  • A paladina encontrou Murmus dando ordens para alguns dos guardas anões da cidade, algo sobre reunir rações para os feridos e os artefatos necessários para o juramento dos paladinos. Kalö esperou até que Murmus terminasse o que estava fazendo e foi até ele.
  • Murmus, conversei com Jonathan e sabendo da situação dele eu sei que o que ele fala é real, mas eu também sei como essas jogadas de corte podem ser complicadas e suspeito que Admond e toda a história sobre o veneno sejam apenas algo político para tirar o Jonathan da linha de sucessão.
  • —Não tema minha jovem, eu agradeço a informação e confio em seu julgamento quanto à índole dos outros, farei o que estiver ao meu alcance para proteger seu aliado.
  • —Como um favor especial… — Kalö não tinha certeza se deveria pedir mais ainda, mas o mestre paladino parecia ser sua única opção. — Eu gostaria que você conseguisse que Admond tomasse o veneno antes para provar que funciona. Confio no poder que você tem sobre a cidade nesse momento caótico Murmus e sei que você pode conseguir isso… é o único favor que lhe peço.
  • —Sem problemas, minha cara — Disse ele sorrindo. — Mas você está pronta para fazer seu juramento de paladina? Já se decidiu?
  • —Sim, Murmus. — Disse Kalö confiante. — Irei fazer o juramento dos anciões.
  • O juramento dos anciões era tão antigo quanto a raça dos dragões e os rituais dos druidas, algumas vezes, chamados de cavaleiros feéricos, cavaleiros verdejantes ou cavaleiros dos chifres, paladinos que faziam esse juramento, lançavam sua sorte com o lado da luz na batalha cósmica contra as trevas, pois amavam as coisas belas e vivificantes do mundo, não necessariamente por acreditarem em princípios de honra, coragem e justiça. Eles adornavam suas armaduras e roupas com imagens de coisas que crescem — folhas, galhadas ou flores — para refletir seu comprometimento em preservar a vida e a luz no mundo. Os pretendentes à paladinos ficaram enfileirados no templo de Ofna, não eram muitos, mas eram poderosos. Murmus começou falando com Kalö .
  • —Os dogmas do Juramento dos Anciões tem sido preservados por incontáveis séculos. Esse juramento enfatiza os princípios do bem acima de qualquer interesse de ordem ou caos. Seus quatro princípios centrais são simples. Repita comigo. Kalö. — Ele olhou para a paladina ajoelhada perante ele e continuou. — Acenda a Luz, através dos seus atos de misericórdia, gentileza e piedade, acenda a luz da esperança no mundo, afastando o desespero. Abrigue a Luz. Onde houver bem, beleza, amor e riso no mundo, mantenha-se contra a maldade que pode engolir isso. Onde a vida floresce, mantenha-se contra as forças que podem torná-la estéril. Preserve Sua Própria Luz. Deleite-se com música e risadas, beleza e arte. Se você permitir que a luz morra em seu coração, você não poderá preservá-la no mundo. — Murmus parou para observá-la nesse momento, sabia que para Kalö preservar sua própria luz seria o mais difícil, em seguida continuou. — Seja a Luz. Seja uma gloriosa guia para todos que vivem em desespero. Deixe a luz da sua alegria e coragem brilhar através de todos os seus feitos. Você aceita?
  • —Sim. — Disse a paladina decidida. Murmus colocou a mão sobre seus chifres e deles uma luz branca e pura brilhou iluminando o local. A tiefling olhou seu mestre e uma única lágrima escorreu de seu rosto.
  • Antes de ir dormir Kalö fez a tatuagem do símbolo de Uan, deusa da natureza a palma de sua mão e ganhou um diadema com o mesmo símbolo.
  • 13/06/842 – 10:21
  • Kalö acordou no dia seguinte e foi até ferraria dos Morigak, mas a mesma estava fechada, ela xingou Aswad mentalmente, mas ficou pensando nos acontecimentos no Castelo Krause, pensou sobre como era bom ter alguém com quem contar em situações assim e não apenas armas boas, mas, levando em consideração os dois com quem tinha interagido, talvez pessoas não fossem tão confiáveis assim. A paladina então decidiu procurar por um companheiro animal.
  • Andando pelas ruas de Irëng ela ouviu rumores sobre um bando selvagem de lobos na Floresta de Cherno . “Animais hein, me pergunto qual seria a melhor companhia, qual poderia aguentar quase tudo ao meu lado, qual que, friamente pensando, seria o mais útil?” — A tiefling andou refletindo pela cidade “Bom dizem que os cães são os melhores amigos dos homens, mas me pergunto se podem ser de um ser como eu também ou se eu os assustaria. Talvez esse bando selvagem seja durão o suficiente para aguentar o tranco”.
  • Kalö esperou até o anoitecer para ir para o sul em direção à floresta em busca do bando de lobos selvagens que tinha ouvido falar. “Nade de bom vem sem sacrifício” — Pensou ela.
  • A primeira metade do caminho era uma trilha repleta de restos de árvores já cortadas, a madeira negra das árvores dessa floresta era uma das principais fontes de rendas de Irëng e o que dava o apelido de cidade negra para o local. Ainda assim, quando os últimos raios de sol sumiram do céu, ela chegou até a parte onde a floresta realmente começava. Apesar de enxergar bem no escuro ela levou uma lamparina consigo.
  • A floresta era antiga, escura e espaçosa. O tronco das árvores, negro como a noite e a pouca luz da lua minguante no céu não seria o suficiente para iluminar o caminho de um humano. O rugido da correnteza de um rio próximo e o som dos insetos comprovava que ela estava no caminho certo, mas se não fosse pela visão no escuro ela não enxergaria absolutamente nada.
  • Depois de algum tempo caminhando ela escutou um uivo ao leste, na direção do rio. A paladina se agachou e foi furtivamente em direção ao barulho com a faca em mãos. Chegou até uma distância segura e viu sete lobos atacando um goblin.
  • Kalö não queria interferir num ataque de matilha sozinha, mas o goblin estava indefeso e ela não poderia abandoná-lo. Ela guardou a faca e sacou a alabarda. A paladina se aproximou a bateu com a extremidade da arma no chão assustando cinco dos animais, dois deles por outro lado correram em sua direção.
  • Ela girou a alabarda e rangeu os dentes para afastá-los, ainda assim um deles correu até sua perna e mordeu a armadura, sem causar dano real. Um dos lobos latiu e outros dois correram para morder a armadura da paladina, Kalö sentiu uma pontada quando um deles conseguiu atravessar um pouco da armadura com os dentes. Os outros avançaram para cima do goblin.
  • Kalö se concentrou e usou uma de suas magias, destruição queimante, porém ao invés de atear fogo na arma ela ateou em seus próprios chifres, não a machucaria, já que fogo era ineficaz contra tieflings graças à sua herança demoníaca.
  • Tanto os lobos quanto o goblin olharam assustados para a mulher tiefling que iluminava tudo ao seu redor com o fogo que brilhava em seus chifres. Um dos animais fugiu de medo e um conseguiu morder o braço da paladina, outro correu e pulou em direção ao rosto de Kalö que se defendeu com os chifres, ateando, sem querer, fogo no animal e terminando a magia.
  • Enquanto isso, o goblin conseguiu espantar outro dos lobos com pedras. Kalö correu até o cachorro em chamas no chão e apagou o fogo que estava nele, antes que eles pudessem reagir ela deitou de barriga pra cima como sinal de submissão. Funcionou e a matilha não atacou ela, o goblin rapidamente imitou a Kalö.
  • Os lobos foram embora com exceção de um que era maior que os outros, ele parou e foi cheirar o goblin que tremia de medo no chão. A paladina conjurou a magia falar com animais e ouviu o cão falando.
  • —Nossa, que fracote. — Sua voz era rouca e mostrava desprezo.
  • —Teria alguma chance de vocês deixarem ele e procurarem algo realmente desafiador? — Perguntou Kalö chamando a atenção do animal. — Que mereça realmente morrer?
  • —Como você humana? — Respondeu ele, ainda que tenha parecido apenas um rosnado.
  • — Não sou humana, sou algo pior se não percebeu os chifres, mas lá fora existem seres realmente terríveis, mais terríveis que eu e sem dúvida piores que esse goblin. Acham realmente que uma matilha de sete deve ser desperdiçada procurando bichinhos para brincar? Ou podem fazer algo realmente… — O grande lobo rosnou e se aproximou. — Útil.
  • —O que você quer? — Ele latiu.
  • —Eu queria ajuda, queria companhia para seguir uma jornada que levasse a morte de todos esses seres ruins. Que envenenam nossas terras aos poucos, que não respeitam nada, que querem dominar tudo e se eu não conseguir uma companhia… Bom, pelo menos eu quero avisar vocês que se preparem, parem de perder tempo com pequenas presas. Se unam com outros e protejam as terras de vocês, pois algo muito terrível está vindo e sinceramente, simpatizo mais com vocês do que com humanos, seus castelos e riquezas.
  • —Você acha que sabe de algo? Vivendo em tocas de madeira e pedra e se escondendo do mundo. — Rosnou o animal. Nesse ponto o goblin já havia fugido.
  • —Acredite, eu já fui sem teto e já lutei por tempo suficiente pra dizer que não estou me escondendo do mundo, ainda mais agora que não pretendo fazer nada além de ir em busca do que gera esse mal e erradicá-lo… Mas respeito suas vontades e seus motivos, só de avisá-los valeu a pena sangrar tanto, façam o que lhe der paz.
  • —Agradeço o aviso. — Dizendo isso o lobo fugiu para a escuridão da floresta.
  • 14/06/842 – 03:37
  • Kalö estava no caminho voltando para casa, exausta e sem nenhum companheiro quando uma flecha cortou o ar à sua frente e se prendeu em uma árvore ao lado da estrada. Na direção de onde a flecha veio alguém correu para longe, e preso na flecha estava uma sacola com uma carta, um pedaço de pergaminho mal escrito.
  • “Obrigado pela ajuda Um presente de Bobin, o Goblin”.
  • Dentro da sacola haviam 40 Parcos de ouro e uma poção sem rótulo.
  • Kalö não conseguiu seu lobo, mas pelo menos não saiu de mãos vazias, já era de manhã e ela voltou para a cidade para pegar sua corrente com Aswad.
  • Aswad estava na ferraria dos Morigak e sem falar nada entregou a arma para a paladina, ela checou se tudo estava nos conformes, agradeceu pelo bom trabalho e pagou. Kalö usou o dinheiro que ganhou de Bobin  para comprar o veneno e o óleo que havia planejado usar em seu chicote. A paladina já havia ouvido falar que toda boa arma tem um nome e resolveu nomear sua nova arma de “Inquisitor”.
  • 14/06/842 – 09:04
  • Kalö acordou, arrumou seus itens, preparou suas magias e foi até o mais famoso criador de lopoquis de Irëng, Bhaldan Puckhipp, o anão mais velho de Irëng com 340 anos e dono da Taverna “Vinhos de lopoqui”, atrás de uma montaria para seguir em direção à Balts.
  • O velho de barba branca espessa e cabelos jogados para trás dormia antes que conseguisse completar uma frase sequer, mas tentou falar algo sobre “Falar a língua do lopoquis” ou que “Fazer vinho de lopoquis era uma arte nobre”.
  • Ao final, Kalö escolheu uma lopoqui com chamado Felicity Spice e após gastar o resto de seu dinheiro alugando-o ela checou mais uma vez o caminho de Irëng para Balts  e em pouco minutos já estava se afastando da cidade.
  • Desde seu nascimento, ela nunca havia se afastado tanto do lugar, passara a vida inteira ali, mas havia chegado o momento, e se fosse por Murmus , com certeza a tiefling não via problemas.
  • Enquanto atravessava a Floresta de Cherno o lobo com quem havia conversando se aproximou. Ele rosnou de leve para a paladina e ela respondeu com um gesto de cabeça?
  • —Você vem? — Perguntou a paladina já sabendo que não receberia nada além de um rosnado.
  • Ele apenas bufou e a seguiu de perto. Ambos seguiram em direção a cidade dos magos, no sul do Reino de Cam.
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