O Livro Perdido #3 – Reflexões in Glærün | World Anvil
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O Livro Perdido #3 – Reflexões

Alguns dias se passaram sem nenhum acontecimento anormal ou diferente, mas Zyn não conseguia esquecer aquela noite. Enquanto vagava por estradas vazias ou mesmo em pequena vilas sua mente sempre voltava para aquela clareira, para Nisa e principalmente para aquele livro.   Enquanto se esforçava para esquecer e deixar passar, ele se preocupava em sobreviver. Estava agora numa pequena cidade ao norte da clareira onde havia encontrado Nisa. Ele se esgueirava por becos e fazia o possível para permanecer desapercebido pelos moradores da cidade a qual ele não se preocupava em descobrir o nome.   Não é fácil ser um drow na superfície, a luz do sol o incomoda profundamente e os habitantes são extremamente inóspitos e agressivos quando descobrem o que ele é. Tudo por conta do passado de sua raça e a associação que as pessoas fazem dela com o maligno. É bem verdade que seus semelhantes realmente possuem motivações questionáveis, mas ele não se sente assim, ele não é assim.   Sempre que pode parar para descansar as mesmas reflexões e memórias vêem à sua mente, mas agora elas são interrompidas por uma voz calma e profunda. “Você não parece ter afinidade pelo mal” ele escuta Nisa dizer dentro de sua cabeça.   Será que fez a escolha certa? Será que deveria ter ido embora? Por onde será que ela anda? Será que foi atacada novamente?   Sua mente é inundada por perguntas e um sentimento de remorso, pois para muitas delas ele sabe a resposta. E uma nova pergunta surge:   “O que eu vou fazer agora?”   Enquanto Zyn se confronta em seus pensamentos, ele é surpreendido por um barulho muito Alto, seguido de enorme gritaria ele observa a rua principal a frente de onde se escondia enquanto diversas pessoas passavam correndo desesperadamente. Curioso ele se desloca silenciosamente para mais perto da entrada do beco em que estava e procura ver o que acontece na rua. Porém o cenário que encontra não é nada agradável.   Em meio à multidão correndo ele consegue ver pequenas criaturas flutuando. Ele rapidamente às reconhece como diabretes, pequenas criaturas infernais de pele vermelha e asas reptilianas. Os diabretes avançam em meio a multidão mordendo e arranhando todos que alcançam. Muitas pessoas caem em meio ao caos e são prontamente assassinadas. Ao ver aquilo um único sentimento de desespero percorre o corpo de Zyn.   Enquanto ele observa das sombras uma criança humana passa correndo por ele, logo atrás dela um diabrete voa em sua perseguição. A criança corre o máximo que pode, mas é alcançada pelo diabrete, que se prepara para abocanhar o pescoço de sua vítima quanto é subitamente atingido por uma adaga em sua cabeça. A criatura se contorce e por fim emite um gemido agudo caindo sem vida no chão. Zyn salta das sobras onde se escondia e corre em direção à criança, mas havia pouco tempo.   O grito final do diabrete abatido chamou a atenção das demais criaturas que agora avançavam em direção à criança. Zyn a alcança rapidamente recolhendo-a em seu braço esquerdo enquanto recuperava sua adaga com a mão direita, mas a situação não é boa e o número de criaturas é extenso. Os diabrete começam a contornar Zyn, voando em círculos ao seu redor, mas por algum motivo não o atacam, até que ele ouve um barulho alto de asas batendo, e um estrondo como se algo pesado tivesse caído no chão.   Os diabrete param de voar em círculos e abrem caminho para uma criatura que Zyn nunca havia visto. Ela tinha forma humanoide, com a pele recoberta por escamas de coloração vermelha, asas reptilianas e a cabeça que lhe lembrava a de um dragão. “Dragões não andam em duas patas” ele pensou. A criatura para de andar em sua direção e diz com uma voz grave, ao mesmo tempo calma e apavorante.   “Quem é você que está atrapalhando o jantar dos meus subordinados?”

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