Aninmorf

A partir da magia de transmutação e baseada na variedade dos animais que já existiam graças a ela mesma, Dooini criou a raça dos Aninmorfs. A mais criativa mente divina não baseou a sua raça nos Humanos e gerou algo magnífico e exclusivo. Um único progenitor gerava por gemiparidade todos os Aninmorfs, que brotariam juntos em uma única gerada, que ocorreria em média a cada seis anos. Ao nascer, todos seriam muito parecidos, com diferenças somente na tonalidade de cinza e nas manchas de seus pelos macios. Não teriam mais que trinta centímetros de diâmetro no início da vida e raramente cresceriam um metro a mais até o fim dela. Pernas, asas e braços bem pequenos praticamente se esconderiam na pelugem densa quando filhotes, assim como a maior parte do rosto afável desses seres inteligentes, mas visualmente animalescos. Grandes, expressivos e curiosos olhos, que observavam com atenção tudo que se movia além da caverna onde nasciam, e a cauda, que direcionava suas aventuras além do ninho, seriam as únicas partes que destacariam naquele corpo que pareceria uma bola de pelo macia. Graças a essa intrigante observação e momentânea limitação, os Aninmorfs evoluíam, pois, buscando liberdade de locomoção, descobririam a capacidade de alterar todo o seu corpo limitado, bastando apenas desejar ter as formas dos animais que observavam pelo mundo para que a magia de transmutação gerasse uma transformação completa, realizando seus desejos. Para se aperfeiçoar na transformação e conhecer animais raros pelo mundo, os Aninmorfs teriam normalmente em torno de seis séculos de vida, já que a cada dezesseis geradas de seu pai, um chifre nasceria costas acima, sendo que o sexto romperia pela nuca e atravessaria de forma fatal sua cabeça. Vestígios das características de cada animal transformado pela vida ficariam gravados na aparência de cada Aninmorf, sendo esses revelados quando eles desmutassem e voltassem à forma natural, tornando-os seres únicos e fascinantes à medida que transmutassem e evoluíssem.