Tenebris, a lâmina sem sangue Myth in Solis | World Anvil
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Tenebris, a lâmina sem sangue

"Valgria foi grande antes dos anos de gelo, talvez até grande demais. Era muito poder, pouca consequência. Muito foi feito apenas pela possibilidade de se fazer. É difícil imaginar onde estaríamos se tivéssemos todo o conhecimento de Válgria em nossas mãos. Os relatos são tão impressionantes que é difícil distinguir fato de lenda. Antay não passava de uma lenda até ser encontrada do outro lado do mar de Aster. A tecnologia de magigramas passou mais de 800 anos perdida, apenas referenciada em documentos descobertos, até ser redescoberta por Maethr Sol. Tenebris hoje é uma lenda, mas amanhã pode se provar tão real quanto eu ou você."
  • A Redescoberta de Solis, por Gasan Briel.
  • Summary

    Tenebris, também conhecida como "a lâmina sem sangue" ou "A terra negra", é uma espada que supostamente teria sido feita em Valgria no período anterior aos anos de gelo. Sua lâmina negra, feita de um material mágico desconhecido, transformaria aos poucos o sangue daqueles que fossem cortados por ela em ferro em pó, matando os oponentes de forma lenta e dolorosa. A espada teria sido dada de presente à Teara, a rainha dos albarenos e, durante os anos de gelo, teria sido roubada por saqueadores e passado de mão em mão entre bandidos e aventureiros, até ter seu paradeiro completamente perdido. Volta e meia surgem histórias sobre um espadachim que brande uma lâmina que deixa a terra negra ao cortar seus inimigos. Nestas lendas, a arma ganhou o nome popular de Tenebris, a espada sem sangue.

    Historical Basis

    Quando o aço ondulado foi descoberto (chamado inicialmente de coraxina) não se considerou a hipótese de ser um material para produzir lâminas. Em 851 a.b Guibalt, conselheiro real de Santo Cabo estudou o estranho fenômeno de veios de ferro negros, ao invés do característico vermelho enferrujado, que apareciam nas minas próximas a Albária. Após muito estudo se descobriu que misturado neste ferro existia uma substância metálica com a capacidade de desoxidar o oxido de ferro, por isso a coloração negra dos veios. Foi apenas 400 anos depois que uma equipe da universidade de Valgria composta de 6 estudantes de mestrado em Arcanogeologia, dois alquimistas vindos de Ondu e o mestre ferreiro da universidade, Humberto Halager, conseguiu extrair e refinar quantidade suficiente deste metal para se produzir uma peça. Após deliberação entre os membros da equipe foi decidido. Seria feita uma espada. A lâmina de tamanho médio, reta e fina, apresentava um belo padrão de ondas em tons escuros e azulados. Esta aparência da arma durou apenas até ela ser testada. Quando atingia as carcaças de animais, do corte vertia apenas um pó extremamente fino e escuro. Após poucos testes, a lamina e as vestes dos estudiosos estavam completamente negras. Este era o efeito de desoxidação do ferro presente no sangue. Este ferro se fixava à espada, obrigando o usuário a afia-la constantemente, processo que, mesmo sendo repetido diversas vezes, jamais diminuiu a maça da arma. De fato os estudiosos haviam feito uma lâmina eterna. O ferro cobria suas falhas e a regenerava naturalmente. A espada foi roubada durante o grande saque que Valgria sofreu durante os anos de gelo, e desde então jaz desaparecida. Os arqueólogos e estudiosos da antiga Valgria buscam a quase quinhentos anos as relíquias perdidas durante os tempos de barbárie, e Tenebris é uma delas. A arma é o símbolo desta busca pelo passado e é buscada com afinco, tanto pelos historiadores tanto por aqueles que apenas desejam brandir uma lenda.

    Spread

    A lenda de Tenebris sempre foi contada e recontada entre os estudiosos e pesquisadores da antiga Valgria, mas apenas ganhou as dimensões atuais em 1381 d.b, após aparecer nos romances de Anir Linnel. O que era antes uma anedota acadêmica e um conto do interior da União acabou tomando todo o continente de Eros e Talvez seja uma das armas mais conhecidas da história. Por consequência desta popularização, nos anos seguintes muitos historiadores, arqueólogos e curiosos voltaram novamente sua atenção ao artefato, este que, hoje ainda desaparecido, é uma das causas mais financiadas por nobres e governos Eranos no campo da arqueologia.

    Cultural Reception

    Eros em geral tem Tenebris como uma figura comum em seu imaginário e, tirando talvez os povos antigos, quase todos os hábitantes do continente já ouviram seu nome e acreditam em certo grau em sua existência. A lenda já chegou em Antay, mas apenas pelos eranos que vieram a viver por lá. No continente existe uma forte corrente de pensamento de que a arma poderia ter ido parar lá nos últimos anos por conta do grande fluxo de aventureiros que tem ido a Antay. Em Odu a lenda não teve a mesma força que em Eros. É de Odu que vieram os documentos que corroboram a existência da arma, afinal, seus alquimistas teriam trabalhado na mesma, e os anos de gelo não castigaram tanto as terras ao sul como fizeram no norte. Os habitantes locais não parecem ter grande interesse na espada em especial, mas os que já ouviram seu nome não tem dúvida de sua existência.

    In Literature

    Em 1381 d.b Anir Linnel lançou sua trilogia de romances "A mão que corta a noite", na qual o protagonista recebe Tenebris como presente de um espírito das estrelas, este que a teria encontrado nos montes astrais. O romance foi extremamente influente e aclamado pelo público, e a partir deste, o nome da espada foi popularizado. Anir teria ouvido sobre a lâmina em Ternia quando viajava com o também escritor Gasan Briel, conhecido por suas obras históricas. Anir teria modificado a lenda para caber em sua trama, mas ainda trouxe elementos verdadeiros, o que confundiu o público e irritou os pesquisadores mais ferrenhos. Estima-se que centenas de pessoas teriam perdido suas vidas buscando a espada nos montes astrais no local que a autora detalhara no livro. A espada veio a aparecer em muitos romances literários nas próximas décadas, cada vez com maior poder e importância, o que ajudou a tirar a atenção da obra de Anir. Quase cem anos se passaram até a lenda tomar os moldes conhecidos atualmente, estes cada vez mais fantasiosos e com menos fundo de verdade, para o desgosto de acadêmicos e estudiosos que lutam para divulgar a versão real da lenda e evitar desastres causados pela ignorância.
    Date of First Recording
    851 a.b (segundo documentos encontrados em Odu)

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