A História de Dreherr Conti Character in Glærün | World Anvil
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A História de Dreherr Conti

Dreherr Conti é um felino de quase 40 anos (ele não sabe exatamente), que nasceu em Korotaon, no continente de Phameron, uma pequena cidade fértil à beira do deserto de Brahmskkol.   Família e o Começo de Tudo   Seu pai era Kash’Ass Forti, um felino robusto e um carinhoso pai de meia-idade, suposto vendedor de especiarias e temperos da região. Kash’ass escondeu de sua família que era um veterano assassino e imigrante das províncias do Sul, onde realizou trabalhos excepcionais para uma organização chamada Moskkovi que encarregava-se das execuções de alvos dos líderes da Tribo Holgamör de Meio-Orcs da cidade de Vynn Obrankk. Sua mãe, Umssake Comlima, era quem tocava o negócio com a ajuda do marido. Felina forte e de temperamento ardido, Umssake viveu a vida toda na cidade e conhecia cada vizinho e cada viela. Umssake produzia grande parte dos produtos que comercializava e sua força e resistência provinham da vida agreste que levava. Por diversas vezes fez por merecer o título de “A Foice”, como era sempre chamada pelos grandes lenhadores de Katua Baah, selvagem árvore de casca muito resistente que cresce na região árida da cidade. A Foice levava a metade do tempo para carregar o dobro de lascas de casca que os lenhadores e consiste em um dos ingredientes essenciais ao preparo seus melhores temperos. Durante a Grande Fome dos 13 Anos, surgiram diversos grupos de vigaristas e traficantes de escravos, que sequestravam famílias pobres para serem comercializada. Na época, Dreherr era um jovem adulto, não muito útil em negociações mas razoável burro de carga e bastante perspicaz no preparo de temperos mistos, infusões e remédios caseiros. Uma noite, um grupo de traficantes invadiu a casa da família na tentativa de levar sua mãe como escrava para trabalhar nas fazendas do Norte. Kash’Ass conseguiu, um a um, encurralá-los e assassiná-los antes que conseguissem levar Umssake, contudo sofreu uma séria lesão na perna direita. Ainda durante sua recuperação, Kash’Ass foi surpreendido por um assassino experiente da própria organização para a qual prestou serviços no passado. Enviado e acompanhado pelos contrabandistas, o mercenário matou o felino diante de Dreherr, que foi rapidamente nocauteado. Ao acordar, sua mãe havia sido levada e seu pai ainda estava deitado ao seu lado. O assassino, cujo rosto Dreherr ainda vê por aí em espelhos e sombras, era Rumm, o mesmo que por vezes visitava seu pai na mudança da estação e tocava uma ou outra música na flauta de folha de Hisza para o jovem. Dreherr não soube a razão daquilo até ter ele próprio se tornado o sucessor de seu pai. Acontece, no entanto, que não havia nenhuma razão em especial: Rumm nunca fora um amigo, o código devia ser respeitado e bons assassinos não tem empatia. Por essa e outras razões, Dreherr Conti não era um bom assassino. Ao menos não bom o suficiente para nutrir vingança ou ansiar fama. O que sucedeu a morte de seu pai e o sequestro de sua mãe foram anos de tentativas malsucedidas de achar o rumo que deveria tomar com sua vida. Aprendeu diversas coisas nas ruas e algumas em lugares realmente piores. Dentre outras coisas, aprendeu a improvisar uma cama ao relento, a roubar por necessidade e a beber por gosto. Com o tempo aprendeu também a beber por necessidade, mas entrou em coma pouco tempo depois e, aos poucos, recalcou os traumas com fortes doses de bebida. Frequentemente, Dreherr usa seu alcoolismo como causa das dores internas que sente – segundo ele, no fígado. Chegou a achar que a mãe havia morrido, por diversas vezes. Chegou a esquecer seu nome e a quanto tempo sobrevivia apesar do desgosto que tinha de viver. Chegou até a se casar, mas durou apenas algumas horas e é história para outro momento. Aconteceu uma vez, durante uma empreitada terrivelmente mal calculada de roubar as joias de um alto elfo nobre que visitava o porto, que Dreherr foi perseguido por caminhos tortuosos que o levaram às Docas de Kaiser. A região costumava ser tão mal frequentada como seu nome sugere, e quem realmente conhecia o local sabia que era onde os leilões de escravos aconteciam. A sorte é, infelizmente, implacável. Neste dia, navios do oeste acabavam de chegar trazendo “mercadoria” e alguns escravos para revender. Umssake teve a sorte de estar entre esses escravos, uma vez que seu bom trabalho a recompensara com a chance de ser revendida para os grandes donos de fazendas de Vriseon. Os vigaristas que a trouxeram tiveram a sorte de encontrar compradores generosos e facilmente manipuláveis, que pagaram uma soma considerável pela resiliente felina, dada a aparência ainda mais selvagem de Umssake. E Dreherr, por sua vez, teve a sorte de escorregar em uma telha solta de uma pequena construção abandonada e cair para a face leste do prédio, em uma pilha asquerosa de entulho e vegetais podres, o que lhe garantiu esconderijo e visão segura de sua mãe, viva, sendo levada. Curiosamente, se tivesse evitado a telha, seu peso teria condenado a viga que sustentava a parede e sua queda seria um pequeno espetáculo para os compradores de escravos. Conseguiu infiltrar-se no navio que levaria sua mãe para as ilhas comerciais mas, apesar de suas tentativas, não conseguiu libertá-la. Ao aportarem, separaram-se e muito tempo se passou até que ele a reencontrasse. Tempo o suficiente para que Dreherr encontrasse a guilda local de mercenários e assassinos, onde aprendeu sobre a arte de seu pai e como honrá-lo, sobre o respeito ao código daqueles que carregam a morte consigo e sobre seu medo de tornar-se aquele cujo rosto jamais superou. Assassinou por experiência e por dinheiro, sem pensar contudo na dor que causou à ninguém: era egoísta o suficiente por precisar fazer aquilo por sua mãe, afinal precisava ser bom. Conseguiu armas, preparou alguns venenos e, como planejado, invadiu a pequena mansão que observava há algumas semanas. Após dar cabo de alguns algozes e guardas, reencontrou a mãe e um companheiro na casa dos fundos, onde alguns escravos dormiam. A fuga foi um sucesso, para Umssake, que chorou de alegria por horas enquanto seguia o precário mapa preparado por Dreherr para guiá-los ao estábulo onde um cavalo selado a aguardava. O jovem, contudo, era impulsivo. Numa tentativa impensada de assassinar também a dona dos escravos, foi surpreendido por sua guarda pessoal e, durante sua fuga, sofreu uma queimadura mágica nas costelas que o atormentam frequentemente – de tempos em tempos novos cuidados são necessários. A mãe e o homem, um humano chamado Cinzano Barreiro, conseguiram atravessar o oceano e hoje vivem juntos em um vilarejo próximo ao litoral de Vriseon, chamado Chimichuri.   Quem é Dreherr?   Além dos problemas com a bebida e os traumas do período das ruas, Dreherr estabeleceu-se por um tempo na cidade de Kimono, em Vriseon. Acabou por aceitar a vida que escolheu e continuou atuando como assassino por anos, o que lhe rendeu alguma experiência mas não muitos amigos. A verdade é que o medo de criar laços provinha da forma como o pai fora traído por um suposto amigo, e a desconfiança predominou a maior parte de suas relações. Seu humor, contudo, melhorou bastante. Era natural dos felinos serem intensos e não esconderem as emoções, algo que aflorou em Dreherr quando passou algum tempo com sua mãe, agora em segurança. Ele é teimoso e está constantemente insatisfeito, provavelmente porque no fundo sentia-se culpado por suas vítimas, mas enganava-se pensando que seus alvos lhe eram determinados muito bem e que, de fato, todos mereciam morrer. O primeiro amigo de verdade surgiu de forma bastante inusitada. Já pelos 30 e poucos anos (provavelmente), Dreherr trabalhava para uma guilda de assassinos poderosa e influente, cujos alvos variavam de oponentes políticos a demônios encarnados e líderes religiosos. Por um lado, pagavam bem; contudo, por outro, a dúvida de que a guilda em si estava determinando os alvos e não seus clientes pairava na mente do assassino. Estaria ele fazendo o serviço sujo de um grupo malintencionado? Foi quando recebeu a pétala de um lírio com o nome de um bardo escrito em sangue que teve a certeza de que não seria capaz de concluir o trabalho desta vez. Passou os dias seguintes de tocaia, observando o comportamento do bardo, como era de costume, mas não encontrou justificativa para a encomenda de sua morte. Não parecia ter inimigos e parecia realmente boa gente. A música, no entanto, era a centelha do medo. Rumm era, de certa forma, músico e traumas são difíceis de superar, quem dirá controlar.   Henrique “Afro” Marques
Year of Birth
1330 a.I. 3040 Years old
Children

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