Disse David Mitchell em entrevista ao conversar sobre sua obra Cloud Atlas. Mitchell se referia especialmente ao fato de que escritores decidem um mito de origem, uma narrativa bem montada de fatos algumas vezes desprovidos de relações casuísticas.
A de Ília começa em Bjerk, ou Beisf, fatos agora tão distantes da realidade de apenas dois meses depois, que não se tem mais como saber quem veio antes ou depois.
O fato é que foi contratada como guarda-costas do arrogante comerciante Arryn Rubi, junto com a elfa estrelada Valante. Atacados na estrada, Ília e Valante sobreviveram, mas o resto do grupo não teve a mesma sorte. Sem muito ligar para o comerciante morto, Ília investigou sua carga e encontrou máscaras de mil olhos e armas, todos em grandes quantidades.
Também é fato que Ília foi parar num templo no meio daquela mesma floresta e deu de cara com um grupo de aventureiros que o investigava. Uniu-se a eles com a promessa de dividir seus espólios e descobriu que se tratava de um culto, o mesmo culto das armas que acabara de achar nas carroças de Arryn.
Traída pelo grupo, que deixou a ela e Valante para morrer, Ília ficou presa logo após matar junto ao grupo uma aranha gigante de um ritual mal-sucedido. Esperta, avisou ao grupo que tinha sido prometida uma grande soma de dinheiro na direção oposta à que o grupo também teria sido, se conseguisse escapar, talvez até os alcançasse. Mas, sem forças e com uma Valante envenenada e ferida, não parecia haver saída.
Até que Ragnar, o bárbaro, surgiu, do outro lado da porta. Ília não sabia de quem se tratava, mas se até mesmo um inimigo pudesse livrá-la daquela prisão, era preferível a morrer de fome lentamente.
Ragnar escutou o barulho que a mulher produzia e com toda sua força, e esperteza de Ília, conseguiram abrir a porta que trancava as moças.
Prometendo parte do tesouro que tinha sido prometida a Ragnar, conseguiu que o homem a ajudasse a carregar Valante até a cidade de Bjerk
Na cidade de Bjerk, uma antiga inimiga não reconheccu o rosto de Ília sob a máscara, e ajudou a tratar Valante. Enquanto isso, Ília foi até a Mestre da Guarda Iohara Nules e reivindicou para si a recompensa que ela havia oferecido ao grupo de aventureiros do qual ela disse fazer parte. Como prova, deu todas as informações que obteve, inclusive mostrou-lhe a máscara que havia recuperado, falando da ligação de Arryn Rubi com o culto.
Iohara acreditou na moça e deu-lhe a recompensa que seria do grupo. Também pediu que fosse com ela informar os fatos ao Mestre da Lei Guilli Loris e ao Barão de Bjerk. Antes disso, porém, havia ainda algo que precisava ser investigado, um assassinato, e para tal missão, Ília seria acompanhada de Artur Abacaxi, que já estava envolvido com o caso.
Na floresta próxima a Bjerk, os dois investigaram um assentamento goblin que parecia ter ligações com o local do crime. Limpando a caverna, Ília e Abacaxi descobriram que os goblins apenas pegaram o corpo morto do homem para se alimentar. A morte tinha sido causada por uma flecha da Legião (Companhia de Prata).
De volta a Bjerk, Ília mostrou a flecha à Iohara. Juntos foram informar dos fatos aos governantes de Bjerk. Estranhamente, o Mestre da lei não pareceu dar muita atenção, mas ainda assim, pediu a Iohara que encaminhasse os aventureiros ao Mestre da Guarda em Sargis
Lá, Ília e Abacaxi mais uma vez relataram ao Mestre da Guarda dos fatos. Dussa Henri era amigo de Iohara e pareceu muito mais preocupado com a situação.
Ília precisou resolver sua situação com Brumi das Quatro canecas, com quem havia combinado de roubar Arryn, se os planos não tivessem sido interrompidos pelo súbito ataque por um terceiro grupo. Brumi acreditava ter sido traído por Ília, mas foi apaziguado por uma soma de dinheiro que a mulher lhe deu.
Na cidade, Ília reencontrou o grupo do qual se separara, presos por causarem uma comoção junto ao mago mais poderoso de Sargis. Em troca de permanecerem confinados, ao grupo e a Ília foi oferecido o serviço de investigar o sumiço de um batalhão da Legião no Bosque de Lency.
Bosque adentro a vegetação começou a falhar e o verde virou cinza. O grupo encontrou mortos muitos dos soldados da legião. No lugar de um totem um distúrbio mágico suga a a energia ao redor e as bestas e criaturas da natureza pareciam hipnotizados e agressivos. Enfrentando batalhas árduas, os aventureiros retornaram à Sargis apenas para serem intimados a um julgamento, sendo acusados de matar Arryn e guardar informações sobre o culto que investigavam em nome da coroa.
Um bardo ofendido atacou o Mestre da lei e todos foram presos por desacato.
No dia seguinte, salvos por um jogo político, o Mestre da Guarda os colocou sob as ordens do Véu de Orion para continuar a investigar o Culto dos Cem olhos. A caminho de sua nova missão, descobrem um esconderijo do culto e o bardo caótico Gregorovich, convenceu a escola de magia de Sargis a atacar o culto. Pressionado, o sarcedote conseguiu realizar um ritual de conjuração antes que Ília conseguisse chegar até ele e monstors ínferos começaram a surgir por toda Sargis.
Em desespero e num último esforço para destruir os cultistas, Ília e Gregorovich tocam fogo no esconderijo, mas a natureza inflamatória do fogo-vigo era maior do que o esperado e as chamas se espalham muito além do que o desejado.
O grupo é ordenado retornar ao forte para alarmar o mestre da lei apenas para descobrir que ele fugira e tinha também laços com o culto.
Ília e Abacaxi fugiram para um lado e o resto do grupo para o outro. Depois de semanas em corrida contra as sombras, a ladina e o mago encontram o paladino Ered, juntos fugiram mais uma vez, depois que um ataque de zumbis e um incêndio sem origem definida começou a destruir Stoneset.
Uma meia-elfa chorando ajoelhada e rodeada por seres infernais e um possante ser com três chifres giratórios foi a última visão que Ília teve antes de abandonar a cidade a caminho de Enari, sem saber que pouco antes também fugiam dali Aredhel e Darieth.
Foram esses os fatos imediatamente anteriores ao início dessa história. Da história de Ília e sua jornada na Cidália.